Um chefe irritante e irresistível (Celia Oliveira) romance Capítulo 47

Ainda sem saber o que responder à mãe, Marina continua em silêncio, sentindo que qualquer palavra que saia de sua boca seria trêmula e denunciaria o nervosismo que a domina. Seu coração b**e forte, o desconforto da situação é evidente. O silêncio entre ela e sua mãe na chamada de vídeo fica cada vez mais pesado, até que Daniela, do outro lado, perde a paciência.

— Marina, diga logo o que está acontecendo! — A voz de Daniela é firme e alterada, transbordando preocupação. — Você está no mesmo quarto que o seu chefe? Ou pior, você e ele estão dormindo juntos?

— Não, mãe, não é isso — responde rapidamente, com a voz reprimida, tentando controlar o nervosismo. — Não é o que a senhora está pensando, tudo bem? Acredita em mim, é uma longa história, mas juro que não é nada do que está imaginando — explica, agora com a voz ainda mais trêmula.

Daniela, claramente insatisfeita com a explicação, solta um suspiro irritado.

— Nem queira saber o que estou pensando, Dona Marina!

Marina tenta manter a calma, mas sente o pânico se instalando. Ela sabe que sua mãe tem uma imaginação fértil.

— Olha, mãe, eu preciso sair agora porque o Victor precisa usar o banheiro e nós temos que nos apressar para o tribunal, mas prometo que vou te explicar tudo com calma quando tiver um tempo. — Marina fala rápido, tentando encerrar a conversa antes que sua mãe a bombardeasse com mais perguntas.

— Vai mesmo desligar o telefone e me deixar com um monte de dúvidas? — Daniela retruca, ainda com a voz alterada, o tom claro de alguém que se sente traída.

— Confia em mim, mãe… — Marina suplica, com os olhos cheios de culpa. — Eu não estou fazendo nada de errado.

Do outro lado, Daniela tenta se acalmar. O rosto da filha, visivelmente perturbado, a faz repensar sua abordagem.

— Tudo bem, eu não vou contar nada ao seu pai até que você me ligue e esclareça o que está acontecendo, mas fique ciente de uma coisa, Marina — Daniela faz uma pausa, deixando as palavras pesarem. — Eu não gostei nada do que vi, está me ouvindo? É melhor ter uma boa explicação quando me ligar — ela finaliza, desligando a chamada antes que Marina pudesse responder.

Marina solta um longo suspiro ao ver a tela do celular apagar. Ela sabia que tinha deixado sua mãe ainda mais desconfiada, mas como poderia explicar toda aquela situação de forma que fizesse sentido? Sua cabeça estava a mil.

Tentando recuperar o fôlego e a calma, ela caminha até a porta do banheiro e a abre devagar, com a mente ainda confusa pelas palavras da mãe.

Quando volta ao quarto, se depara com Victor sentado na cama, ainda de cueca, sem nenhuma preocupação visível em seu semblante. Ele a observa e um leve sorriso sarcástico brinca em seus lábios.

— Foi mal, loirinha — declara, sem conseguir esconder o tom de deboche.

— Você não sabe bater na porta? — ela questiona, se irritando ao perceber a ironia estampada no rosto dele.

— Me desculpa — responde ele, com a voz relaxada. — Eu não sabia que estava numa chamada de vídeo. — O tom de voz de Victor é casual, como se a situação toda não fosse nada preocupante.

Marina sente a raiva crescer.

— Sabe o tamanho da confusão que você me colocou? Minha mãe desligou o telefone furiosa comigo! — Ela cruza os braços, tentando manter a seriedade enquanto encara o homem à sua frente.

— Se quiser, posso ligar para ela e explicar que dormimos juntos. Simples assim. — Victor se levanta da cama e se aproxima com um sorriso provocador.

Marina se afasta, sentindo o nervosismo crescendo com a proximidade dele.

— Você está louco? O que minha mãe pensaria de mim? — Ela pergunta, com a voz trêmula, enquanto tenta controlar o pânico que surge com o olhar penetrante de Victor.

— Pensaria o óbvio — ele diz, sem rodeios. — Não aja como se fosse uma garotinha de oito anos, Marina. Você já tem vinte e dois anos nas costas, isso é a coisa mais comum do mundo.

— Você não sabe o que está falando! — protesta, pegando suas roupas da mala com gestos rápidos, tentando evitar o olhar dele. A proximidade de Victor e a tensão que está em alta indicam que ela está prestes a entrar em colapso.

47: O corpo não mente 1

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