Um chefe irritante e irresistível (Celia Oliveira) romance Capítulo 49

Quando Marina chega ao hotel, já é noite. Seu corpo está tenso, e tudo ao seu redor parece mais complicado do que antes. No celular, há algumas mensagens de sua mãe, pedindo que ligue assim que ficasse desocupada. Embora quisesse resolver o mal-entendido, ela não sabia o que dizer. Por mais que, em algumas situações, não confiasse completamente em Victor, no fundo, ela esperava que ele pudesse ajudá-la a sair desse problema.

Depois de um longo suspiro, decide tomar um banho para tentar relaxar. A água quente escorre sobre sua pele, mas não consegue lavar o nervosismo que toma conta de sua mente. Ao sair, sentindo-se um pouco mais leve, ela pede o jantar, mas acaba comendo sozinha.

A ausência de Victor é estranha, e ela imagina que ele esteja comemorando a vitória do caso com Raul. As horas passam, e a pressão das mensagens de sua mãe só aumenta. Sem conseguir ignorar, ela decide que não pode esperar mais.

Sentada aos pés da cama, Marina pega o celular, pronta para ligar para a mãe. No entanto, justo quando está prestes a apertar o botão de chamada, a porta do quarto se abre e Victor entra. Ele parece cansado, mas também relaxado, como se tivesse resolvido tudo que precisava.

— Demorei? — pergunta ele, afrouxando a gravata e se sentando no chão ao lado dela, de uma maneira tão natural que a proximidade entre os dois parece parte do cotidiano.

Marina se surpreende com a intimidade casual daquele gesto.

— Um pouco — responde, hesitante. — Mas imaginei que estivesse resolvendo as coisas com Raul ou comemorando a vitória.

— Sim, Raul quis comemorar — diz ele, enquanto se inclina para trás, apoiando a cabeça na cama. — Mas não foi isso que me atrasou. Fui fazer compras — revela, sem dar muita importância.

— Compras? — Marina repete, confusa.

— É, sempre que ganho um caso importante, me dou um presente — ele comenta, com um meio sorriso, que parece mais para si do que para ela.

— Uau… — diz ela, tentando sorrir apesar da surpresa que sente. — Talvez eu adote isso quando me tornar uma advogada de sucesso.

Victor a observa por um momento, então sua expressão se suaviza, ficando um pouco mais séria.

— Você deveria começar agora. Sua ajuda foi essencial para a vitória de hoje. Sem você, o desfecho poderia ter sido diferente.

Marina fica surpresa com o elogio. Não esperava ouvir algo assim de Victor, ainda mais tão diretamente. Ela tenta manter a compostura.

— Só fiz o meu trabalho — responde, sem jeito.

— Não precisa ser tão modesta, loirinha — retruca, dando uma risadinha.

Ela ri suavemente, mas logo a tensão volta. Victor a observa por um segundo antes de perguntar:

— Já falou com sua mãe?

Marina suspira, endireitando-se.

— Ia fazer isso agora, mas aí você chegou — ela responde, um pouco nervosa.

— E não ia me esperar? — Victor a olha com uma expressão mista de surpresa e reprovação brincalhona.

— Não sabia quando você voltaria, e... o que você diria para a minha mãe? — Marina pergunta, mais séria. — Ela está furiosa, Victor. Viu você entrando no banheiro de cueca e acha que dormimos juntos. E para ela, isso é um escândalo.

— E não dormimos juntos? — ele provoca, com um sorriso travesso.

— Não se faça de idiota — Marina rebate, sentindo as bochechas corarem. — Sabe muito bem do que estou falando.

Victor suspira, sem tirar o sorriso do rosto.

— Relaxa. Não aconteceu nada. Além disso, você tem 22 anos, já é adulta. Não há nada de errado se tivesse acontecido algo, mas no caso, não aconteceu. Então, por que tanto drama? — diz ele, com naturalidade.

— Não é tão simples assim, Victor — ela responde, agora claramente nervosa. — Minha mãe não vê as coisas dessa forma. Preciso dar uma explicação convincente.

— Tudo bem, tudo bem. Dá o celular aqui — diz ele, estendendo a mão.

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