Um chefe irritante e irresistível (Celia Oliveira) romance Capítulo 51

Marina suspira, ainda sem saber se ri da situação ou se se sente intimidada pelo gesto extravagante. Mas, no fundo, ela sabe que não é só sobre o sapato. O presente representa muito mais do que isso: é um reconhecimento, um gesto de gratidão que, vindo de Victor, é algo raro.

— Bem, se for por isso, eu aceito e agradeço mesmo por ter a atenção de comprá-los para mim — declara, deixando um leve sorriso brotar, tentando esconder o misto de emoções que sente.

— Parece que combinam com você — diz ele, satisfeito ao ver o brilho nos olhos dela. — Elegantes, fortes… e irresistíveis…

Marina engole em seco, sem saber como reagir às palavras de Victor. Ele se aproxima, deixando o espaço entre eles decrescente, e, de repente, fica de joelhos diante dela.

Aquela cena a deixa completamente desconcertada. Ver Victor Ferraz, um homem sempre tão dominador e seguro, de joelhos à sua frente, é algo que ela nunca imaginou presenciar. Ele pega os sapatos e, sem dizer mais nada, calça os pés dela com uma habilidade surpreendente.

Seus dedos tocam levemente a pele dela enquanto ajustam os sapatos, e o contato faz o corpo de Marina arrepiar.

— Como eu esperava — comenta ele, ao notar que os sapatos ficam perfeitos nos pés dela.

Ele se levanta, sem pressa, e faz com que ela também se levante. Com os saltos altos, Marina quase chega à altura de Victor. Ele a segura pela cintura, o toque é firme e, ao mesmo tempo, gentil, como se quisesse deixá-la ciente de que ele está no controle daquele momento. Os olhos de ambos se encontram e Victor, aproveitando a proximidade, inclina-se um pouco mais, aproximando os lábios dos dela.

— Não faça isso, Victor — pede Marina, sua voz fica trêmula, tentando se afastar, mas ele a impede, segurando sua cintura com mais firmeza, sem ser agressivo, mas deixando claro que não queria que ela saísse.

— Por que não? — indaga, com a voz baixa e rouca, carregada de desejo.

— Já te disse que não quero mais — ela insiste, mas percebe que sua voz não soa tão convincente quanto gostaria.

— Para com isso, loirinha, você quer tanto quanto eu. Vamos aproveitar essa noite e tirar todo o estresse que passamos nesses últimos dias — diz ele, beijando suavemente o pescoço dela. — Prometo que você vai gostar.

O toque dos lábios de Victor sobre sua pele faz Marina estremecer. Ela sente o calor irradiando do corpo dele, e sua mente se enche de dúvidas.

— Você tem razão quando diz que nossa semana foi muito estressante — fala, com a respiração um pouco entrecortada, enquanto sente os lábios quentes dele sobre seu pescoço. — Mas não é assim que quero me acalmar, Victor. Para você, isso é bem casual, mas para mim… precisa ter algum sentimento — revela, com sinceridade.

Victor para de beijá-la, levantando o rosto para encará-la. Seus olhos a analisam profundamente, mas ele não se afasta.

— Quer sentimento maior do que o desejo que estamos sentindo agora? — questiona, a voz rouca é carregada de intensidade. — Isso é mais forte do que qualquer coisa, loirinha.

Os lábios dele se aproximam novamente dos dela, e Marina sente que seus pensamentos estão a um passo de perder o controle. Mas antes que ele a beije, um barulho na porta os tira daquele transe.

— Quem diabos será? — questiona Victor, frustrado, se afastando com uma expressão nada agradável. — Você pediu alguma coisa? — pergunta, enquanto caminha em direção à porta.

— Não, eu não pedi nada — responde Marina, ainda tentando recuperar o fôlego.

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