Um chefe irritante e irresistível (Celia Oliveira) romance Capítulo 53

Victor percorre os corredores do hotel com passos rápidos e firmes, sentindo o desconforto crescente em seu peito ao perceber que Marina estava demorando muito para voltar ao quarto.

O desconforto se transforma em um leve nervosismo, algo que ele raramente sente. Ele passa pelos elegantes e silenciosos corredores, com suas mãos nos bolsos da calça, enquanto seus olhos escaneiam o local à procura de qualquer sinal dela.

Conforme desce até o lobby, começa a perguntar aos funcionários que encontra pelo caminho se viram Marina. A descrição dela — jovem, loira, bonita, usando sapatos Louboutin — faz com que todos logo a reconheçam. Após ser questionado, um dos atendentes apontou para a área da piscina e disse que a viu passar por ali há algum tempo.

Victor segue para a área da piscina, suas emoções estão num turbilhão dentro de si. Ele não sabe ao certo o que o incomoda mais: o fato de Marina ter saído abruptamente ou o desconforto que sentiu quando Rebecca invadiu seu espaço sem permissão. O fato de ter sido pego de surpresa o irrita, e ele não gosta da sensação de estar fora de controle — algo que parece acontecer com frequência ultimamente quando Marina está por perto.

Quando chega à área da piscina, o ambiente é calmo e silencioso, iluminado apenas pelas luzes suaves refletindo na água. O som da água batendo gentilmente nas bordas da piscina é quase hipnótico. Victor respira fundo, aliviado ao avistar Marina deitada numa espreguiçadeira à beira da piscina.

A luz fraca do ambiente realça seus traços delicados e suaves, seu cabelo loiro está solto, caindo sobre os ombros de forma despreocupada. Ela parece estar em paz, um contraste com a confusão que ele sabe estar presente na cabeça dela desde o ocorrido no quarto.

Victor se aproxima devagar, observando-a com mais atenção. E então percebe que ela está dormindo, com a respiração tranquila e o corpo imóvel. Com certeza, o cansaço dos últimos dias e as noites mal dormidas finalmente a derrubaram. Victor engole em seco, quando o seu olhar fixa em Marina. Ele sente algo inexplicável no peito, uma sensação que não consegue definir naquele momento, mas que o perturba. Algo suave e, ao mesmo tempo, avassalador, que faz seu coração acelerar descontroladamente.

Por um momento, apenas fica ali, observando-a dormir. Os traços delicados do rosto de Marina parecem ainda mais serenos sob a luz suave da piscina. Os longos cílios descansam sobre suas bochechas e os lábios estão levemente entreabertos, exalando tranquilidade. Victor fecha os olhos por um segundo, tentando ignorar o desejo de simplesmente tocá-la, de sentir sua pele sob na ponta dos dedos. Mas o sentimento dentro dele vai além do desejo físico — é algo que ele não entende completamente, mas que o faz sentir uma conexão estranha e inegável.

— O que está acontecendo comigo? — se questiona num sussurro inaudível até para ele.

Sem conseguir resistir, ele se deita ao lado dela, na espreguiçadeira. O sereno da noite começa a cair e o ar fica frio, mas Victor não se importa. Ele apenas quer ficar ali, perto dela, em silêncio, enquanto ela dorme.

Horas passam e, por algum motivo que não consegue explicar, ele também se permite fechar os olhos e relaxar ao lado dela, absorvendo a tranquilidade que o sono de Marina parece transmitir. O barulho suave da piscina o embala, mas, diferente de Marina, ele não dorme profundamente; está apenas relaxando, sentindo uma proximidade que jamais admitiria em voz alta…

Quando Marina finalmente acorda, confusa com a luz fraca ao seu redor, a primeira coisa que vê é Victor deitado ao seu lado, com a cabeça apoiada relaxadamente e os olhos fechados. O choque a invade por um segundo, e ela sente seu coração acelerar. Não era isso que esperava ao acordar. Na verdade, achava que ele ainda estaria no quarto com Rebecca, aquela mulher que entrou de forma tão arrogante e inesperada, querendo de uma forma sútil lhe colocar para baixo.

Ela pisca várias vezes, tentando processar a imagem à sua frente.

“O que ele está fazendo aqui?” pensa. A confusão a invade, especialmente porque, mesmo estando irritada com Victor por sua atitude anterior, a visão dele ali, ao seu lado, parece despertá-la de uma forma diferente. Por um momento, ela se permite observá-lo com as sobrancelhas franzidas com a inquietação que sente. Victor parece vulnerável de alguma forma, algo que ela nunca havia visto nele antes.

Dormindo, sem a máscara de frieza que ele sempre exibe, ele parece mais humano, mais acessível. E por um segundo, ela sente uma vontade intensa de estender a mão e tocar seu rosto, sentir sua pele, ver se ele é realmente feito de carne e osso como ela.

53: Dormindo no sereno 1

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