Joana retorna à mesa, tentando manter a compostura e disfarçar a tensão que sente. Assim que ela se senta, Rodrigo a observa atentamente, buscando sinais de qualquer avanço na conversa com Victor.
— E aí, conseguiu alguma coisa? — pergunta, esperançoso, enquanto nota a expressão preocupada da mãe.
Joana suspira com o olhar distante enquanto organiza os próprios pensamentos antes de responder.
— Victor está nervoso — diz ela, tentando escolher as palavras certas. — E parece que o motivo é bem específico. Eu diria que se trata de uma mulher.
Rodrigo franze a testa, intrigado. Ele pensa nas possibilidades, relembrando os acontecimentos recentes e os dias que o irmão passou no Rio de Janeiro.
— Uma mulher? — ele repete, refletindo e começando a sorrir. — Acha mesmo que o Victor ficaria assim por conta de uma mulher?
— Talvez ele esteja com alguma em mente e não queira nos contar, ainda mais após termos pressionado-o agora a pouco.
— Duvido muito — rebate Rodrigo, duvidando que aquele seria mesmo o motivo da irritação do irmão.
Joana aproveita a deixa e, com um tom inquisitivo, pergunta:
— Com quem ele esteve no Rio de Janeiro, Rodrigo?
— Ele estava com Marina — responde, sem hesitação. — A minha assistente.
— Marina? — Joana repete o nome com um toque de desprezo na voz. — Aquela assistente abusada?
Rodrigo imediatamente adota uma postura defensiva, incomodado com o tom da mãe.
— Marina não é abusada, mãe. Pelo contrário, ela se mostrou muito competente e ajudou bastante o Victor no caso que estavam resolvendo. Aliás, se não fosse por ela, as coisas poderiam ter dado muito errado.
Joana revira os olhos, impaciente.
— Competente ou não, ela ainda é jovem e cheia de ambições. Não me surpreenderia se estivesse se aproximando de Victor por interesse — comenta com frieza. — Você sabe como algumas garotas podem ser.
— Não fale assim dela, mãe.
— Por que a defende? Em primeiro lugar, eu não gostei nada dela, há algo naquela garota que não me desce de modo algum. Por que ela estava com o seu irmão se trabalha para você?
— A assistente do Victor está prestes a dar à luz e ele não poderia arriscar a levá-la na viagem.
— E por isso a tal Marina se prontificou a se voluntariar a ir com ele?
— Não, mãe, foi o Victor que me pediu para liberá-la — explica.
— Acha mesmo que acredito nisso? Pelo amor de Deus, Rodrigo, o próprio Victor me disse que não a suporta e que já te pediu diversas vezes para mandá-la embora por ela ser muito abusada.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Um chefe irritante e irresistível (Celia Oliveira)
Muito chateada comprei as moedas , desconta mas não desbloqueia os capítulos, alguém sabe me dizer se o site é sério?...