Um chefe irritante e irresistível (Celia Oliveira) romance Capítulo 61

Marina suspira profundamente, hesitando antes de responder à pergunta provocativa de Andressa. Sua mente trabalha em um turbilhão de pensamentos enquanto tenta encontrar as palavras certas.

— Que pergunta nada a ver. Você sabe que gosto do Sávio há muito tempo — responde, tentando parecer firme, embora a insegurança transpareça em sua voz.

Andressa arqueia uma sobrancelha, e um sorriso surge em seus lábios.

— E resolveu dar uma chance para ele só agora? Após passar uma semana nos amassos com o seu chefe? — provoca, com o tom de deboche inconfundível.

— Fala baixo, Andressa! — Marina pede, olhando para a porta com medo de que alguém de sua casa ouvisse a conversa.

Andressa dá uma risadinha, notando o nervosismo de Marina.

— Eu decidi aceitar porque o Sávio provou para mim que me ama de verdade. Vi o quanto ele está disposto a mudar de vida do mesmo modo que quero mudar — afirma Marina, com um brilho nos olhos.

Andressa se aproxima da amiga, segurando sua mão com firmeza, e a encara com uma expressão séria, o que a faz ficar sem jeito.

— Mari, em que mundo você vive? — sua voz é baixa, quase um sussurro. — Se ficar com o Victor, pode conseguir tudo o que deseja de um modo mais rápido. Além disso, mesmo que o Sávio trabalhe para o resto da vida, ele nunca conseguirá… — Ela faz uma pausa e observa o rosto de Marina atentamente, buscando qualquer sinal de dúvida. — Nunca conseguirá te dar o tipo de vida que o Victor pode te proporcionar — completa com firmeza. — E você sabe disso, Mari. Sabe muito bem.

Marina sente o sangue subir à cabeça. Puxa a mão de volta e se afasta da amiga, com os olhos faiscando de raiva e descrença.

— Não acredito que esteja dizendo isso, Andressa! Desde quando a minha vida se baseia no que alguém pode me dar? — rebate, tentando controlar o tom da voz, que fica mais alto do que gostaria. — Eu não estou à venda! Não importa o que o Victor tenha ou possa oferecer, não é isso que busco em um relacionamento.

Andressa revira os olhos e solta um suspiro impaciente, balançando a cabeça como se a amiga fosse ingênua.

— Claro, eu entendo que você queira acreditar nisso, Mari. Mas a realidade é que estar com alguém como o Victor pode te abrir portas que o Sávio jamais conseguirá. Não estou dizendo para você se vender, estou dizendo para ser inteligente — argumenta com firmeza, seus olhos se fixam nos de Marina, sem dar espaço para a amiga desviar o olhar. — Você mesma me disse que quer mudar de vida, ter sucesso. E o Victor é um atalho para isso.

— Um atalho? — Marina balança a cabeça em negação, sua voz sai embargada de frustração. — Não quero um atalho, Andressa. Quero conquistar minhas coisas com meu próprio esforço, e não porque estou com um homem poderoso.

— Tudo bem, princesa — responde Andressa, com um toque de sarcasmo. — Continue se enganando. Mas não venha me dizer depois que o Sávio não é capaz de te dar o que você quer. Você sabe que estou falando a verdade.

O rosto de Marina esquenta ainda mais e ela sente a pressão de um turbilhão de emoções se acumulando em seu peito. Olhando novamente para a porta, teme que alguém tenha ouvido o que foi dito. Seus olhos voltam a Andressa, que mantém a postura confiante e desafiadora.

— Já disse que o Sávio é uma boa pessoa, e é com ele que quero estar — declara, com a voz trêmula. — O Victor… O Victor é uma complicação. Ele é arrogante, controlador e está acostumado a ter tudo do jeito dele. Isso não combina comigo. Além disso, ele é um homem de várias mulheres, não quero isso para mim.

Andressa esboça um sorriso irônico, cruzando os braços.

— Talvez combine mais do que você quer admitir — provoca, com o tom sugerindo que a amiga está se enganando. — Você sentiu alguma coisa por ele no Rio de Janeiro, e não pode negar. Sei que sentiu.

Marina fecha os olhos por um momento, tentando afastar as palavras de Andressa, mas as lembranças invadem sua mente. Ela se lembra do toque de Victor, da intensidade de seus olhares, do gosto do beijo que ainda sente nos lábios. Quando reabre os olhos, há uma mistura de sentimentos.

— Não importa o que senti — responde em um sussurro, com a voz quase sumindo. — Foi um momento de fraqueza, só isso.

Andressa observa a amiga com um olhar cético, percebendo que, por mais que tente, Marina não está disposta a admitir os sentimentos que a inquietam.

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