Um chefe irritante e irresistível (Celia Oliveira) romance Capítulo 63

Um frio percorre à espinha ao ouvir a voz autoritária de Victor no telefone. É impossível não sentir o impacto que ele tem sobre ela.

— Hoje é sábado, senhor Ferraz, e, além disso, são oito da noite — comenta, tentando soar firme, mas sua voz treme levemente.

Ela se repreende mentalmente por permitir que a voz de Victor, mesmo que apenas pelo telefone, a faça sentir tão vulnerável. Seu corpo está respondendo contra sua vontade, com os pelos se arrepiando.

— Não me importo com isso — responde ele, com a voz fria e autoritária, como sempre. — Estou chegando perto da sua casa. Saia agora mesmo! — ordena, ignorando completamente a tentativa de Marina de explicar a situação.

Ela respira fundo, tentando reunir forças para manter o controle. O que ele pensa que está fazendo? A raiva começa a tomar conta, mas junto dela, a inquietação causada pela voz de Victor é inegável.

— Não vou, tenho um compromisso importante agora — rebate, deixando que a voz saia mais firme do que esperava.

— Cancele — ele ordena, sem um traço de hesitação.

— Claro que não! — diz, elevando o tom. — Seja lá o que você quiser falar comigo, vai ter que esperar até segunda-feira.

Victor faz uma pausa do outro lado da linha, e Marina quase pode imaginar o sorriso irônico se formando em seus lábios.

— Achei que você fosse mais dedicada ao trabalho — comenta ele, fazendo uma leve, mas clara, provocação.

As palavras dele atingem um ponto sensível. Marina aperta o celular com mais força, e suas unhas cravam na capa do aparelho. Ele estava jogando com o orgulho dela, tentando manipulá-la com suas insinuações. Mesmo assim, ela sabia que não podia ceder.

— Sou dedicada — responde, com a voz firme. — Mas isso não significa que estou disponível para você a qualquer hora, ainda mais sem um aviso. Tenho a minha vida pessoal também.

Ao abrir o portão, olha para a rua praticamente deserta naquele horário. As luzes dos postes iluminam fracamente a calçada, e o silêncio da noite só aumenta o nervosismo que sente. Sávio ainda não chegou, e o pensamento de que Victor pudesse realmente aparecer a qualquer momento a faz se sentir presa em uma situação que só parece piorar.

Ela se mexe nervosamente, olhando para os dois lados da rua. E então, como se suas palavras estivessem se concretizando, a voz de Victor volta pelo telefone, firme e implacável:

— Chego aí em menos de um minuto.

Seu coração dispara e a frustração que vinha segurando explode. Como ele pode ser tão teimoso e controlador?

— Eu não vou! — grita, e sua voz sai mais alta do que pretendia. — Tenho um encontro com o meu namorado e estou esperando por ele agora mesmo — revela, na esperança de que a menção de Sávio o fizesse recuar.

Do outro lado da linha, há um breve silêncio. A mente de Marina corre, imaginando o que Victor estava pensando naquele exato momento. Será que ele recuaria? Mas quando a voz dele retorna, a frieza habitual é ainda mais forte.

— Namorado? — pergunta, como se a palavra fosse algo irrelevante. — Isso não me incomoda — diz, com o tom cada vez mais sério.

Ela sente a raiva borbulhar mais uma vez, não ia deixar Victor ditar os termos da sua vida, especialmente quando havia finalmente decidido dar uma chance a Sávio. Ela respira fundo, tentando manter a calma, mas cada palavra dele faz sua paciência desaparecer ainda mais rápido.

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