Um chefe irritante e irresistível (Celia Oliveira) romance Capítulo 64

Marina força um sorriso, tentando esconder o pânico crescente em seu peito.

— Sim, está tudo bem — mente, com o coração batendo acelerado, enquanto evita os olhos de Sávio.

— Você está linda, sabia? — ele continua, inclinando-se suavemente para beijá-la.

O beijo de Sávio deveria acalmá-la, proporcionando-lhe um ambiente familiar e seguro que sempre imaginou que viria dele. No entanto, a realidade dura da situação a impede de aproveitar o momento.

Enquanto os lábios de Sávio estão colados aos seus, ela sente as mãos dele envolvê-la com uma intensidade incomum. Sávio parece ansioso por alguma coisa, como se estivesse com grandes expectativas para aquela noite.

Ela ama Sávio de uma forma calma e segura, mas as sombras de Victor pairam sobre tudo, trazendo consigo um peso esmagador, sufocante, que ameaça destruir o equilíbrio que tenta desesperadamente manter.

No carro, os olhos negros de Victor ficam ameaçadores. Ele aperta o volante com as mãos, não gostando nada de ver aquela cena. O fato de outro homem tocar o corpo de Marina e beijar a boca dela o irrita de uma forma inexplicável.

Seu corpo fica tenso e inquieto. Sua mente o aconselha a ir até lá acabar com tudo aquilo, mas a razão que ainda habita em si o lembra de que fazer aquilo seria uma completa loucura.

— Vamos? — pergunta Sávio, afastando-se gentilmente da namorada e abrindo a porta do carro para ela entrar, ainda alheio à tempestade emocional que Marina está enfrentando.

Marina se sente como se estivesse presa entre dois mundos. Mesmo não vendo, sente que os olhos de Victor a queimam com grande desaprovação.

Ela hesita por um breve segundo, sentindo como se estivesse prestes a desmoronar sob o peso da decisão. Mas naquele momento, a escolha parece óbvia: precisa seguir o caminho mais seguro.

— Claro, vamos sim — responde, forçando um tom mais leve, mas o nervosismo continua ali presente, mesmo que queira disfarçar.

Ela entra no carro do namorado, que dirige pelas ruas do bairro com um sorriso despreocupado no rosto. Ele está feliz por estar ao lado da pessoa que ama, mas Marina está longe de compartilhar a mesma tranquilidade. Ela se acomoda no banco, tentando se acalmar, entretanto, seus olhos insistem em olhar pelo retrovisor. E então, vê os faróis de um carro ao longe. “Ele está nos seguindo?” pensa, com uma mistura de incredulidade e pânico crescendo dentro dela.

A ideia de que Victor poderia se meter naquele momento tão pessoal, a deixa ainda mais nervosa. Seu coração acelera novamente e as perguntas inundam sua mente.

O que Victor queria com aquilo? Já não bastava o que aconteceu entre eles no Rio de Janeiro? Por que ele não a deixava seguir em frente? Qual a sua intenção com toda aquela pressão?

Sávio, sempre atento, percebe que Marina está tensa. Ele tira uma das mãos do volante e a coloca suavemente sobre a dela, num gesto de carinho.

— Está nervosa porque é o nosso primeiro encontro? — pergunta ele, com um sorriso suave, tentando tranquilizá-la.

Marina, percebendo que precisa disfarçar sua ansiedade, se endireita no banco e força um sorriso.

— Sim, é só isso — responde, com a voz um pouco mais calma.

— Prometo tentar fazer com que tudo seja inesquecível.

— Já está sendo… — declara, com um sorriso nervoso.

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