Um chefe irritante e irresistível (Celia Oliveira) romance Capítulo 66

Ao se dar conta do que está acontecendo ali, Marina veste-se de toda a razão que consegue reunir. Com um ímpeto de raiva e nervosismo, empurra Victor para trás, afastando-o de uma só vez. Antes que ele tenha tempo de reagir, o som de um tapa ressoa pelo corredor, ecoando a intensidade de seus sentimentos.

Victor fica imóvel, sem saber o que fazer, o rosto fica quente pelo impacto da mão dela. Ele não esperava por aquilo, não daquela maneira. Lentamente, leva a mão ao rosto, ainda ardendo pelo tapa, e seus olhos se encontram com os de Marina, que estão gélidos e cheios de fúria.

— Quem você pensa que é para fazer isso? — Marina pergunta com um tom raivoso, seus olhos faíscam toda a raiva reprimida da noite. — Não entendeu que estou aqui com o meu namorado? — A ira em sua voz é inconfundível.

Victor continua imóvel, com os pensamentos fervilhando em sua mente. Ele está claramente surpreso com a reação dela e sua incredulidade transparece em seu rosto. O silêncio pesa, enquanto ele tenta entender o que acabou de acontecer.

— Eu não sei com que tipo de mulheres você está acostumado a lidar, mas já te alertei que não sou uma delas — ela continua, com a voz firme, sem tremer. — Então, pense muito bem antes de ousar me tocar novamente. O olhar de Marina está vermelho de raiva, e inegavelmente duro, cheio de irritação. Ela está à beira de perder o controle, mas mantém-se firme, determinada a se impor.

— Como ousa? — Victor finalmente fala, sua voz sai profunda enquanto tenta se recompor.

— Eu é que pergunto: como você ousa? — ela rebate sem hesitar, cada palavra carrega fúria. — Não é porque permiti que você me beijasse uma vez que isso te dá o direito de fazer o que quiser, quando quiser. Saia daqui agora mesmo, Victor Ferraz, ou juro que chamo a polícia! — A ameaça é clara, e ela parece pronta para cumprir suas palavras.

Victor sorri, um sorriso diabólico que não chega a seus olhos.

— Você não teria coragem — diz, com o tom cheio de provocação.

Sem hesitar, Marina pega o celular e digita o número da polícia. Mas antes que possa apertar o botão de chamada, ele toma o telefone de sua mão com rapidez.

— Isso não vai ficar assim, loirinha — diz com uma voz baixa e ameaçadora, apagando o número da tela antes de devolver o celular a ela.

Victor se vira e sai com seus passos lentos e calculados, como se ainda estivesse no controle da situação.

Marina o observa se afastar, com o coração acelerado e o ar preso em seu peito. Quando ele desaparece finalmente de vista, ela solta a respiração que nem sabia estar segurando.

— O que foi que eu fiz? — sussurra para si, sentindo a tensão deixar seu corpo enquanto retorna ao banheiro para retocar o batom, tentando parecer calma, apesar do turbilhão de emoções dentro dela.

Alguns minutos depois, volta à mesa, tentando agir como se nada tivesse acontecido. Mas Sávio percebe algo errado.

— Você demorou — ele comenta, deixando uma preocupação evidente em sua voz. — Aconteceu alguma coisa?

Marina sorri, forçando uma tranquilidade que não sente.

— Não, não aconteceu nada — mente, lançando um olhar rápido ao redor e percebendo que Victor já não está mais ali.

Sávio, ainda um pouco desconfiado, pede a conta. Assim que terminam de pagar, eles saem do restaurante e caminham até o carro. Quando entram no Celta, Marina é pega de surpresa por um beijo inesperado do namorado.

O beijo é ansioso, cheio de desejo, e ela sente o quanto ele está excitado com aquele momento. Ele ajusta o banco para trás, criando mais espaço. Então, com um gesto firme, segura-a pela cintura e a puxa para cima dele, fazendo com que ela se sente em seu colo, com uma perna de cada lado.

— Você me deixa louco, Mari — sussurra entre os beijos, intensificando os toques.

Marina retribui o beijo, mas há algo desconfortável naquela posição. Não é que ela não goste de Sávio; ela o ama de uma maneira calma e segura, mas a sensação de estar ali, naquele momento, a faz questionar se realmente está pronta para isso.

— Sávio… — tenta falar, interrompendo o beijo, mas ele não lhe dá espaço, continuando a pressionar seus lábios nos dela com mais intensidade.

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