Um chefe irritante e irresistível (Celia Oliveira) romance Capítulo 67

Quando estaciona em frente à sua casa, Marina não consegue esconder a frustração. Nunca, em toda a sua vida, havia passado por tanta vergonha. Ao saírem do quarto do hotel, Sávio passou minutos discutindo com o gerente, insistindo por um reembolso e, como se não bastasse, explicou o motivo com detalhes desnecessários, como se ela não estivesse ali, ao seu lado, ouvindo tudo. A cada palavra de Sávio, o constrangimento dela aumentava. Além de se sentir humilhada, ainda teve que suportar os olhares de desdém do gerente e dos funcionários do hotel.

O caminho de volta para casa foi percorrido em um silêncio opressivo. Enquanto ela lutava contra a vergonha que parecia crescer dentro de si, Sávio demonstrava estar claramente frustrado e não lhe dirigiu uma única palavra.

Quando chega à porta de casa, tira os sapatos, segurando-os nas mãos para não fazer barulho e acordar os pais. Ela caminha pelo corredor com o coração e a mente inquieta, mas é interrompida pela voz suave de sua mãe.

— Já chegou, filha… Como foi o encontro? — pergunta Daniela, com um sorriso esperançoso.

Marina sente o estômago revirar. Não tinha forças para contar sobre o desastre que foi aquela noite.

— Foi bom… Agora dormirei. Boa noite, mãe — responde, evitando o olhar da mãe e se fechando rapidamente em seu quarto.

Finalmente sozinha, ela desaba na cama e as lágrimas que segurou por tanto tempo começam a cair. Nada havia saído como o planejado. Em vez de se sentir especial e amada, se sentia usada, como um prêmio a ser disputado. “É para isso que eles me querem?” pensa, com o peito apertado.

A raiva contra Sávio começa a crescer. Ele não podia ter esperado mais? Por que arruinar o primeiro encontro daquele jeito? Tudo o que ele queria, afinal, era levá-la para a cama, e nada mais parecia importar.

“Sou homem, Marina! Nenhum homem consegue simplesmente deitar ao lado de uma mulher com quem deseja fazer amor e não ir além. É impossível!”, as palavras de Sávio ecoam em sua mente, como uma justificativa pobre para seu comportamento idiota.

Marina solta um murmúrio para si: — Não é impossível, o Victor conseguiu se controlar, mesmo depois de tudo que fiz para provocá-lo…

Ela fecha os olhos, sentindo o peso das suas próprias escolhas.

[…]

Na manhã de domingo, tudo o que Marina deseja é não sair da cama. Após uma noite frustrante e cheia de decepções, não sabe como encarará Sávio novamente.

— Mari — a voz de Daniela soa suave, batendo levemente na porta do quarto.

— Me deixa dormir mais um pouco — responde, abafada pelos travesseiros.

— Então vou pedir para a Andressa voltar outra hora — comenta Daniela, do lado de fora.

Ao ouvir o nome da amiga, Marina se levanta bruscamente, lutando contra a exaustão. Ela abre a porta, com os olhos inchados.

— A Andressa está aqui? — pergunta, esfregando os olhos, tentando afastar o cansaço.

— Sim, ela disse que te ligou, mas você não respondeu — explica Daniela.

— Diga a ela para me esperar, vou descer em instantes — comenta Marina, apressando-se em direção ao banheiro.

Tomando um banho rápido, deixa que a água quente lave não só o corpo, mas também as emoções confusas da noite anterior. Após se vestir com um confortável moletom cinza, perfeito para o clima frio daquele dia, se encara no espelho. Seus olhos continuam inchados e exaustos, refletindo as cicatrizes emocionais da noite passada.

Respirando fundo, ela sai do quarto, torcendo para que sua mãe não a bombardeie com perguntas.

Na sala, encontra Andressa sentada no sofá, distraída com o celular. Ao ouvir os passos de Marina, Andressa levanta o olhar e sorri, mas sua expressão logo se torna séria ao notar o semblante abatido da amiga.

— Mari, o que aconteceu? — Andressa pergunta, sua voz é cheia de preocupação.

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