Um chefe irritante e irresistível (Celia Oliveira) romance Capítulo 71

Após conversar mais um pouco com Rodrigo, Marina sai da sala com o olhar apavorado. Ela caminha até a sua mesa e o peso das palavras que ouviu ainda ecoam em sua mente. Seus passos são lentos, e o coração b**e acelerado.

Começa a organizar suas coisas, sabendo que deve seguir em destino ao “andar do diabo”, como já começava a pensar. Katrina ainda não havia chegado, e Marina sente um peso na consciência ao pensar que, logo no primeiro dia em que tiveram uma conversa amigável, já estariam se separando. Era frustrante imaginar que uma conexão tão recente e promissora fosse interrompida tão abruptamente.

Ela respira fundo, tentando se concentrar. Coloca seus pertences em uma caixa, incluindo o buquê de flores que Sávio havia mandado como pedido de desculpas, e se dirige ao elevador. Cada segundo no elevador parece uma eternidade. Ao apertar o botão do andar onde Victor Ferraz governa, o ar ao seu redor parece se tornar mais pesado, quase opressor. Quando as portas se abrem, ela sente um frio atravessar sua espinha. Tudo está silencioso, e a atmosfera é fria, quase como se a presença de Victor já dominasse todo o ambiente.

Marina caminha até a porta de seu escritório e b**e, notando que a secretária de Victor ainda não estava em sua mesa.

— Entre — a voz autoritária dele ecoa do outro lado.

Essa seria a primeira vez que ambos se veriam após o incidente no sábado, e a ansiedade faz o coração dela bater ainda mais rápido. Deixando a caixa com seus pertences ao lado da mesa da secretária, ela respira fundo.

“O pior que pode acontecer é ele me mandar embora”, sussurra para si, tentando encontrar alguma força em suas palavras.

Ela abre a porta e caminha para dentro do escritório. Seus passos leves ecoam na sala silenciosa, enquanto Victor, com a cadeira virada para a imponente janela, parece não dar atenção. Ele está de costas, observando a vista, mas seus ouvidos captam cada movimento que ela faz.

— Senhor Ferraz — ela começa, aproximando-se da mesa. — Estou aqui para a vaga de assistente — comunica, tentando manter um tom neutro.

O tom calmo de Marina irrita Victor. Ele não consegue entender como ela ainda consegue manter essa postura controlada após tudo o que aconteceu. Lentamente, ele vira a cadeira e seus olhos se encontram. Um arrepio percorre o corpo de Victor e ele se odeia por essa reação física que não consegue controlar. Ele devia estar furioso, e está, mas o magnetismo que ela exerce sobre ele é inegável.

— Ora, ora… como o mundo dá voltas, não é mesmo, Marina? — Ele lança um sorriso sarcástico, esperando desequilibrá-la.

— Parece que já ouvi essa frase antes — ela tenta brincar, mas sua tentativa de quebrar o gelo não surte efeito. A expressão dele continua fria.

— Sente-se — ordena, sem desviar os olhos.

Ela obedece, sentando-se com cuidado na cadeira à frente dele, consciente de que está sendo avaliada por cada gesto, cada movimento.

— Como se sente ao ser descartada pelo meu irmão? — Ele dispara, com um sorriso cruel no rosto.

— Ele não me descartou — ela rebate, com a voz firme. — Na verdade, pude ver o quanto o senhor Rodrigo estava triste com a decisão que teve de tomar.

— Balela — ele revira os olhos, impaciente.

— Bem, isso não vem mais ao caso, não é mesmo? — comenta, tentando não entrar numa discussão. Em vez disso, tenta manter o profissionalismo. — Fiquei surpresa ao saber que o senhor me queria aqui — comenta.

— E por que se surpreendeu? — Ele finge uma expressão inocente.

— Achei que seria o primeiro a querer me ver longe daqui — diz, sem se deixar abalar pelas provocações.

— E eu quero — ele admite, sem rodeios. — Mas achei que seria mais interessante e divertido ser eu mesmo a te mandar embora, quando bem entender.

Marina não consegue evitar um riso discreto. Agora entende as verdadeiras intenções de Victor.

— Se o senhor realmente acha que isso é o melhor… — responde, esforçando-se para esconder a mágoa que a corrói por dentro. — Mas, com sua permissão, eu gostaria de continuar trabalhando enquanto ainda me for permitido ficar.

71: Apenas provocações 1

O nosso preço é apenas 1/4 do de outros fornecedores
Você poderá ler este capítulo gratuitamente em:--:--:--:--

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Um chefe irritante e irresistível (Celia Oliveira)