Um chefe irritante e irresistível (Celia Oliveira) romance Capítulo 73

O silêncio que se instala entre ambos é tão forte que parece torturá-los. Eles estão tão próximos que podem sentir a respiração um do outro, como se o espaço que os dividia não existisse mais.

Marina, confusa e incomodada com a proximidade, o encara com olhos confusos, sentindo que precisa quebrar aquele momento estranho.

— O que quer dizer com isso, Victor? — pergunta, com a voz firme, embora por dentro se sinta vulnerável.

Percebendo que está expondo uma fraqueza que ele mesmo não sabe ter, Victor fica perplexo. Como conseguia perder o controle diante de Marina? Isso o irrita profundamente. Engolindo em seco, rapidamente se recompõe, forçando a frieza de sempre em sua expressão.

Ele a solta de repente, como se o contato o queimasse, e se afasta, mantendo a postura rígida.

— Não quero dizer nada — responde com a voz firme, mas com uma nota de contrariedade.

Ele se dirige à porta e a abre, como se a conversa estivesse encerrada.

— Se as flores são tão importantes para você, pode levá-las — acrescenta, saindo do escritório sem olhar para trás.

Marina fica paralisada por alguns segundos, sem saber ao certo o que acabara de acontecer. Seu coração martela no peito, e sua mente tenta entender desesperadamente o motivo daquela súbita mudança de comportamento de Victor.

Ela olha para as flores jogadas no lixo e a confusão toma conta de seus pensamentos. Lentamente, se abaixa, pega o buquê do lixo e sai de sua sala, seguindo em direção ao elevador, sentindo o peso do que acabara de vivenciar.

Ao sair do escritório, caminha com passos inseguros em direção ao elevador onde Victor está parado. Enquanto esperam a porta do elevador se abrir, há um silêncio entre eles que é quase ensurdecedor, e quando a porta do elevador se abre, os dois entram, ainda sem trocar uma única palavra.

Eles descem em silêncio até que, em um dos andares, a porta se abre e Katrina entra. Katrina percebe a expressão tensa nos rostos dos dois, mas decide ignorar a situação.

Sem hesitar, se aproxima de Victor, exibindo um sorriso confiante, como se estivesse tentando se insinuar sem se importar com a presença da colega.

— Como está, Victor? Estava ansiosa para te ver — diz Katrina, com uma voz que carrega um tom de provocação disfarçada de gentileza.

Victor responde de maneira cortante, mas não sem a usual provocação sutil que sempre usa para manipular as situações.

— Estou bem — responde, com um meio sorriso. — E você? O que houve para ficar tão ansiosa para me ver?

— Se esqueceu do que disse antes de viajar? Disse que precisaria de mim quando voltasse de viagem. — Katrina insinua-se, ignorando completamente Marina, que observa a cena com crescente desconforto.

Victor, percebendo o desconforto de Marina, decide intensificar a provocação, como se quisesse testar seus limites.

— Tem razão — ele provoca, olhando para Katrina com um brilho de malícia no olhar. — Tenho um trabalho para terminar, mas o que acha de nos encontrarmos esta noite?

Katrina sorri com satisfação, ignorando qualquer respeito à presença de Marina.

— Eu mal posso esperar — responde, com seus olhos brilhando de expectativas.

A porta do elevador se abre e antes de Katrina sair, Victor não perde a oportunidade de tornar a situação ainda mais incômoda para Marina. Ele segura Katrina pela cintura, trazendo-a para perto, e sussurra em seu ouvido com uma voz baixa e sedutora:

— Eu também mal posso esperar por esta noite.

Katrina sai dali com a expressão vitoriosa, enquanto Marina não consegue mais disfarçar o desgosto. Seus olhos se reviram de forma quase automática, como se seu corpo estivesse reagindo sozinho à cena que vê.

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