Resumo de Capítulo 10 - Seth – Uma virada em Um Sheikh no Brasil de Diana
Capítulo 10 - Seth mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de Um Sheikh no Brasil, escrito por Diana. Com traços marcantes da literatura Romance, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.
Nos encaminhamos ao quarto. Não era um quarto muito longo, mas, sem sombra de dúvidas, era aconchegante.
Havia uma cama de solteiro, com lençóis monocromáticos, brancos, no qual Sophia estava deitada, quase sentada. Havia muitos aparelhos pelo quarto, inclusive um soro que Sophia estava tomando, bem como seu oxigênio em forma de tubo. Havia uma janela do lado direito do quarto, fechada, mas da qual alguns raios de sol conseguiam escapar e entrar no quarto. Felizmente, onde o quarto estava, não parecia ser virado para a rua, já que não se podia ouvir barulhos.
Sophia estava deitada e parecia um anjo, tal como a irmã, só que menor. Os cabelos eram mais lisos do que os de Agnes, caindo pelo travesseiro fofo. Os olhos, também castanhos, estavam entreabertos e ela estava muito pálida, os lábios rachados levemente, o corpo tão pequenino sobre a cama, um pequeno sorriso brotando nos lábios e nos olhos, que pareciam trazer tanta paz e carinho que eu me senti tocado.
— Ag? — Perguntou Sophia, a voz um pouco baixa, mas audível. Ela sorria muito ao ver que a irmã estava ali e, não pude deixar de notar, que Agnes também sorria, com lágrimas nos olhos.
Agnes então correu em direção a irmã, abraçando-a levemente e gentilmente enquanto começava a falar:
— Me desculpe! Eu senti tanta sua falta, maninha! — Então ela começou a chorar de leve — Eu te amo muito! Me desculpe por tudo. — E Sophia só negou com a cabeça enquanto murmurava:
— Esse drama todo.... Eu já disse que não vou morrer, Ag. Não até Você me dar uma sobrinha para eu brincar. — Disse Sophia tentando fazer graça naquele momento tão tocante, e eu não pude deixar de rir, chamando a atenção dela para mim.
Ela aparentemente não tinha me percebido até então. Ao perceber ela fez uma cara de pensativa, meio intuitiva, como se estivesse me analisando. Subitamente, me coloquei o mais ereto possível, pois estava sendo analisado por quem teria que aceitar e dizer que deixaria Agnes tornar-se minha noiva, o que era lá uma decisão e tanto.
Engoli em seco. Sophia continuava me olhando e Agnes pareceu perceber isso enquanto parecia desconcertada. Quando ela então decidiu falar e me apresentar, Sophia pareceu ouvir atentamente:
— Ele é o Seth, para quem trabalho, Sophia. Ele... — Agnes engoliu em seco. Também parecia estar meio sem graça em dizer tudo isso naquele momento para a irmã. — Ele veio te ver também. Você deu um susto em todos nós. — Disse Agnes dando voltas. Revirei os olhos. Estaria Agnes com medo de ficar comigo? Eu já estava começando a pensar que sim.
— Veio ver se deixo Agnes ficar com Você? — Perguntou Sophia rindo levemente e eu não pude deixar de quase morrer de vergonha com tanta sinceridade por parte de uma menina tão pequena enquanto respondia à pergunta dela de forma sincera:
— Basicamente sua irmã quer ver se Você aprova que eu me case com ela. — E dito isso, os olhos de Sophia se iluminaram por alguns segundos, com brilhinhos em todos os cantos enquanto como uma menina sonhadora e fofa ela me perguntava:
— A Ag vai se casar? — De soslaio, pude perceber que minha Agnes corava diante de tal comentário da irmã, mas não chamou a atenção da irmã, com medo de algum problema agora que ela tinha acordado. Sorri.
Já era errado estarmos dando tanta informação assim para a Sophia. Ainda que eu não conseguisse me segurar quanto a isso.
— Só se Você deixar. — Disse, mais aliviado que não precisasse quase morrer para falar com Sophia, já que ela entendia meu inglês estranho.
— Eu pensei que nunca ia ver a Ag se casando, ou eu vendo seus filhos... — Começou Sophia a falar, os olhos enchendo-se de lágrimas. Agnes pareceu perceber isso e ficou com um vinco na testa, já que o médico tinha dito para não cobrar muito de Sophia, e isso era dar mais do que informações para ela, mas mexer com as emoções dela.
— Hey, Você disse que só ia me abandonar quando visse meus filhos.... Que história é essa então, Soph? — Perguntou Agnes tentando repreender a irmã sem parecer uma briga, mesmo ela também estando com lágrimas nos olhos.
Eu só conseguia pensar em como esse maldito pulmão podia ser compatível com ela, por Deus. Eu não queria mais ver nenhuma das duas sofrendo. Não esse anjo chamada Sophia, que tinha tantos sonhos, sem ter ideia se poderia concretizá-los.
— Sim, Sim. — Disse Soph se recompondo. Agnes ainda fungava quando Soph continuou: — Mamãe está vindo? — E então Agnes arregalou os olhos se tocando de que não tinha ainda avisado a sua mãe, de tão fortemente emocionada tinha ficado com essa inusitada informação: de que Soph tinha acordado. Tinha que avisar o mais rápido possível para a sua mãe.
— Eu já sou tonto normalmente, Soph. Só o amor que se acrescentou nessa loucura toda. — E consegui tirar uma gargalhada de Soph que aparentemente estava se acostumando comigo.
— E ela disse que eu tinha que ter sua aprovação. E depois do susto que Você deu, eu ficaria aqui até que Você se curasse. Estava também ansioso para conhece-la. Acredita que a nossa história começou por conta de Você? — Ela negou arregalando os olhos de curiosidade novamente, e, já que Agnes ainda não chegava, não achei mal de conta-la sobre a noite do meu aniversário, do quanto a conversa que tivemos havia me tocado e havia também nos aproximado. Foi quando percebi que mesmo que quisesse me afastar de Agnes, eu não poderia. Mesmo sendo grosso com ela, não conseguiria fugir do quanto ela já fazia parte de mim.
Estava terminando de contar sobre a noite quando Agnes adentrou novamente o quarto. Parei de falar imediatamente e Sophia arqueou um grande sorriso enquanto encarava a irmã, que parecia alheia, sem entender porque estava sendo tão olhada. Agnes franziu o cenho, mas Sophia rapidamente falou:
— Eu aprovo. — E dessa vez eu arregalei os olhos, pois não sabia que seria tão fácil assim. Argumentei, de certa forma, louco como era, contra mim:
— Mas Você nem me conhece direito. — Sophia negou com a cabeça.
— Não preciso conhecer. Eu sinto. — Acho que Agnes já tinha me dito algo assim, mas eu não conseguia lembrar de quando ela tinha me dito isso. — Você E Agnes se merecem. — Ela terminou e eu parecia num estado catatônico, sem acreditar no que ouvia. Parecia um sonho.
Agnes também parecia assim, já que ela olhava a irmã com os olhos abertos, absorvendo tudo o que a irmã tinha dito. Eu apenas concordei, engolindo em seco. Ainda estava extasiado com tudo o que eu ouvia da boca daquela menina, pequena de tamanho, mas grande sábia. Mas Sophia continuou:
— Além do mais, eu quero ser daminha de casamento! — Ela disse sorrindo e eu e Agnes não podemos deixar de rir da forma como Sophia, sempre humorada, acabava deixando o ambiente mais humorado ainda. Ela era de uma irradia total.
E eu só conseguia pensar em como não somente tinha arrumado uma esposa maravilhosa, mas uma segunda família também.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Um Sheikh no Brasil
Maravilhoso, amei a história. Parabéns a autora, soube prender minha atenção com comedia, ação, drama e romance na medida certa....