Resumo do capítulo Capítulo 11 - Agnes do livro Um Sheikh no Brasil de Diana
Descubra os acontecimentos mais importantes de Capítulo 11 - Agnes, um capítulo repleto de surpresas no consagrado romance Um Sheikh no Brasil. Com a escrita envolvente de Diana, esta obra-prima do gênero Romance continua a emocionar e surpreender a cada página.
Era um alívio ver que Sophia estava bem. Isso não somente acalmava os meus nervos que estavam em frangalhos nos últimos tempos, mas me dava esperança de que, somente talvez, as coisas pudessem estar dando certo comigo. Sorri.
Mas, minha maior surpresa foi receber a resposta de Sophia rapidamente. Eu sabia que ela era sensitiva, mas não sabia que ela daria uma resposta tão rápido. O que era bem... diferente.
O que me marcava mais era ver que Sophia e Seth se davam bem. Aparentemente, ele estava se soltando com a minha irmã, sendo o tonto que ele era comigo, com ela também e, Sophia, sempre resplandecente como ela era, parecia também estar gostando da companhia dele.
— Soph. — Chamei e Sophia me olhou, sorrindo. — Mamãe... Ainda não contei para ela. — Sophia balançou a cabeça concordando.
— É um segredo. — Ela disse e eu e Seth sorrimos.
— Por enquanto. — Respondeu Seth me olhando e eu concordei tentando não corar.
Claro que eu queria contar para minha mãe e para todos que eu agora estava noiva, mas eu tinha que preparar o terreno antes. Até porque eu não estava me casando com um qualquer um. E isso poderia gerar muitos burburinhos na minha própria família.
Mas para mamãe eu já ia contar. Assim que tivesse um tempo sozinha com ela. Não queria fazer isso na frente de ninguém. Então eu esperaria. E torceria para que Seth entendesse minha espera.
— Agora, estava pensando em levar a Agnes para almoçar. O que Você acha Sophia? — Perguntou Seth e eu voltei então para a conversa antes que Sophia respondesse.
— Eu não estou com fome. — Seth revirou os olhos. Parecia já estar esperando que eu dissesse algo assim.
— Você nos últimos dias não anda com nenhuma fome, Ag. — Contra argumentou Seth e Sophia riu.
— Acho uma boa ideia. — Respondeu e Seth sorriu para Sophia, agora os dois juntos num complô contra mim.
— Claro que vamos ter enfrentar um bando de loucos que não sabem ver uma celebridade e já querem tirar foto... Mas isso Você deixa comigo, amira. — Respondeu Seth e Sophia bateu palminhas entusiasmadas. Revirei os olhos.
— Vocês estão querendo me vencer pelo cansaço. — Seth riu.
— Não, só pela comida mesmo, Ag. — E percebi que Sophia concordou com a cabeça. Suspirei. Não queria dar o braço a torcer que estava com fome, agora que Sophia tinha acordado, e que a esperança tinha se reacendido em mim, mas essa era a verdade. Dei de língua para os dois.
— Não vou.
— Vai logo, Ag. Ainda estarei aqui te esperando quando Você voltar. — Respondeu Sophia com um sorriso no rosto e meu coração se apertou todinho com a ideia de deixar minha irmã sozinha ali, justo agora que ela tinha acordado.
Mas logo fui retirada dessa linha de pensamento por uma enfermeira que adentrou o quarto rapidamente, dizendo:
— Já acabou a hora de visitas. Agora é só depois das duas da tarde. — Disse e Sophia concordou meneando a cabeça e me inquirindo com o olhar que obedecesse às ordens da enfermeira.
— Viram? É a hora de Vocês almoçarem e minha hora também. Então Sho sho, vão logo. — Disse Sophia fazendo sinais com a mão para que fossemos embora, logo em seguida dando tchau. Dei um fraco sorriso, pois sentia que poderia chorar de novo, de tanta dor que ainda sentia, pois não queria perder a minha irmã, mas concordei. Para passar o resto do dia ali, eu teria que fazer um almoço bem reforçado.
E eu sabia que Seth também não me deixaria em paz se eu não almoçasse com ele, de forma decente, sob o julgo do seu olhar. Suspirei. Tudo bem. Eu podia conviver com isso. Eu acho. Ou pelo menos tentaria.
Suspirei.
— Tudo bem. Eu aceito. Vamos logo. — E Seth riu de minha entrega derrotada enquanto colocava a mão dele sobre a minha, prestes a me levar em direção a um restaurante de sua escolha.
Quando saímos do quarto, ele logo me segredou:
— Vai ser um pouco angustiante sair daqui, mas a gente consegue. Já reservei uma ala inteira do restaurante, ninguém vai poder nos olhar, tampouco tirar foto ou nos encher. O que mais quero, paz. — Segredou-me Seth, bufando irritado. Aparentemente, em Omã, ele não tinha tantos problemas como tinha no Brasil, onde ele era mais do que uma celebridade, mais um ídolo aclamado.
Apenas concordei meneando a cabeça. Eu sabia que era uma situação difícil. Afinal, eu era lembrada constantemente do fato de ele ser um Sheik. E logo minha mãe saberia que ele não tinha vindo para cá apenas para aguardar o meu retorno, mas para algo a mais. Engoli em seco. Só gostaria que ela soubesse pela minha boca e não pela dos outros.
Nos movimentamos então. Ia começar, ao que parecia, a operação, saída do Hospital. Começou de forma estranha, com nós seguindo por um corredor que eu nunca tinha visto e descendo umas escadas. Percebi então que era a garagem do subsolo para os médicos que ali trabalhavam. Onde também, por sinal, encontrava-se o carro do Sheik. Aquele mesmo carro que eu tinha vindo antes.
Mas não era apenas isso. A operação havia apenas começado.
Adentramos o carro e Alfred já estava na frente falando por um dispositivo eletrônico com os outros guardas, dando ordens e preparando o terreno. De repente, me senti como se estivesse sendo olhada e isso me deu um grande calafrio.
— Calma, Amira. Vai dar tudo certo. — Disse Seth tocando a ponta dos seus dedos no meu queixo, dando-me uma onda de prazer instantâneo, enquanto eu tentava respirar mais uma vez e lembrar no que eu estava pensando antes de Seth fazer isso.
— É que eu nunca passei por nada disso... — Disse e Seth sorriu, os lindos dentes brancos reluzindo sob minha vista. Eu nunca cansaria de ver isso.
— Não se preocupe. Alfred sabe o que está fazendo. — Disse Seth no momento que Alfred virou a cabeça para trás, falando conosco.
E antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, protestar, xingar, seja lá o que fosse, os chefes chegaram com nossos pratos especiais e eu tive que me concentrar no cheiro delicioso que saía do prato e deixar para pensar nesse problemão em outro momento.
O prato era mais do que sofisticado, era muito cheiroso e com muita cor. A começar por uma couve a brasileira salpicada em cima de um salmão bem rosa claro. A couve parecia ter sido embebida em algo que a deixava crocante, combinando com a maciez do salmão, num toque de sabores incríveis. Estava, além disso, muito bem temperada, com sal, pimenta e algumas outras ervas que pareciam trazer uma mistura de ardência e dormência na minha boca. Eu não conseguia definir melhor.
No outro canto do prato, acompanhando, havia um arroz temperado com ervas aromáticas e pedacinhos de pinhão cortados harmoniosamente e juntados ao arroz numa textura cremosa que era de outro mundo. Eu estava tão encantada com os sabores que só depois de provar um pouquinho de cada que fui olhar para Seth e, ao olhar, pude perceber que ele compartilhava dos mesmos sentimentos reluzindo e aquecendo todo o seu corpo.
— É tão bom. — Disse Seth e eu limitei-me a concordar com ele enquanto só conseguia pensar em como comeria tudo sozinha se dependesse de mim. Era incrível. Era mágico. Realmente fazia jus a tudo o que eles mereciam.
O suco também estava divinamente delicioso, refrescante na medida certa. Só conseguia pensar o quanto aquele restaurante era realmente fantástico.
E então, enquanto terminava de apreciar minha deliciosa comida, só consegui ficar a pensar em tudo o que até então não tinha parado para pensar.
Eu não era uma tarada. Isso era fato. Eu nunca fui de me importar muito com coisas como essa, beijar, querer, desejar. Na verdade, Fer costumava até brigar muito comigo por conta disso, dizendo que o dia que eu encontrasse alguém que merecesse, eu ia saber. E ela estava certa. E esse era o maior problema, no fim das contas.
Eu tinha encontrado a pessoa culpada que era responsável por fazer isso comigo, por fazer todos os hormônios dentro de mim se borbulharem em combustão procurando pelo senhor de detentora voz sexy. Eu passava pela infante situação no qual meu corpo todo formigava ao menor toque dele. E, para piorar a situação toda, saber que os beijos que outrora eu havia experimentado e eram mais do que deliciosos, eram maravilhosos, esses eu não teria a honra de aproveitar até o casamento era uma tortura tão sufocante que eu já estava começando a sentir falta de ar somente ao pensar nesse tipo de coisa.
— Mas Seth. A gente já se beijou. Agora já não tem mais nada a ver. — Disse e Seth que ainda estava alheio ao que eu pensava, comendo calmamente a sua comida, ruminando algum pensamento que eu não fazia ideia, pareceu acordar e arregalar os olhos ao perceber que eu estava pensando nisso desde momento outrora.
— Você está pensando nisso desde aquele momento? — Perguntou Seth risonho e eu neguei, ao ser pega no flagra, muito embora já estivesse sentindo as minhas bochechas arderem de vergonha.
— Claro que não! Eu comecei a pensar agora. — E eu não tinha argumento algum para me defender, percebi por fim.
— Eu sei, eu sei. — Seth riu da minha encruzilhada enquanto me respondia à dúvida: — Não é esse o problema, Amira. — Ele disse bufando e parecia também não gostar do que ia falar.
— Mas então qual problema, Seth? — Perguntei e ele me olhou nos olhos.
— O problema, Ag, é que um beijo pode levar a coisas mais. E eu quero que Você aproveite o seu momento como se fosse um momento mágico. Coisa que eu teria feito se não tivesse me deturpado pelo mundo. E eu não quero fazer isso com Você, entende? Quero que aproveite. — Disse Seth e antes que eu pudesse cortá-lo com alguma ideia ele completou: — E isso mostra também a responsabilidade que encaro o nosso relacionamento. Quando um muçulmano se responsabiliza por tomar essa atitude, mesmo com alguém que não é da sua religião, ele mostra que encara o relacionamento de ambos como algo sério. Não é apenas uma brincadeira de forma que depois eu irei embora. Compreende, Amira? — Perguntou-me Seth, seriamente, e eu só consegui concordar balançando a cabeça, tomada por suas palavras de grande significado para mim.
De fato, seria muito difícil, depois de começar um beijo, conseguir controlar tais impulsos. Ainda mais tratando-se da relação que tínhamos, que parecia ser muito profunda, muito intensa, muito chocante. Então, de alguma forma, eu compreendia o que Seth dizia. Compreendia o que tinha que fazer dali para frente para me prevenir disso e compreendia que sendo algo tão cheio de significados para Seth, o era para mim também.
E, para isso, eu estava mais do que disposta a encarar todo esse desafio. Eu tentaria ao máximo levar tudo isso a sério. E esperava que, no fim, mesmo com toda a divergência cultural e religiosa que tínhamos, que, no fim, nossas famílias pudessem se entender para isso.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Um Sheikh no Brasil
Maravilhoso, amei a história. Parabéns a autora, soube prender minha atenção com comedia, ação, drama e romance na medida certa....