Um Sheikh no Brasil romance Capítulo 17

Eu ainda queria enfiar a minha mão mais uma vez no rosto daquele homem para ter certeza de que ele poderia sofrer um pouco mais.

Toda a dor que eu tinha ouvido da Agnes, toda nossa conversa em silêncio naquele quarto de Hotel, tudo isso vinha à tona e parecia me despertar para uma imensa fúria. Não, ela não merecia tudo o que ele tinha feito ela passar. Ela não merecia esse babaca que agora estava ali para tentar estragar mais uma vez toda a bosta que ele tinha feito. Pior, não satisfeito de ter feito a Agnes sofrer, agora ele queria fazer quem não tinha passado diretamente por todo o sofrimento: Sophia.

Ah, mas eu não ia deixar que isso acontecesse. Não mesmo. Sophia agora era como uma irmã para mim e, como tal, eu me responsabilizaria por ela para que ela pudesse ter o melhor de tudo.

— Pare Seth! — Gritou Agnes mais uma vez enquanto puxava a minha mão com tudo do pescoço de seu pai que eu ainda segurava na parede, prestes a esmurra-lo só mais uma vez.

— Você toque um dedo na Agnes ou na Sophia, pois faça isso e eu te prometo que não sobrará nem sequer a sua unha para contar a história da sua vida. E Você sabe que merecia mais do que isso depois do inferno que Você fez na vida da Agnes. — E dito isso eu precisei me controlar muito para conseguir soltá-lo e respirar, muito embora eu tenha preferido sair do quarto a ter que encarar o homem idiota que estava na minha frente.

Fui seguido por Agnes, muito embora eu não estivesse afim de falar com ela. Eu não queria machucá-la e eu bem sabia como podia ser grosso nesses momentos de acesso de raiva que eu tinha. Embora ela conhecesse muito disso, já que eu não medi esforços de fazê-la perceber isso enquanto estávamos na mansão, eu não queria, agora no Brasil, ser grosso, fazer mal a ela. O melhor era que eu me distanciasse dela o quanto possível, do contrário, eu não saberia o que poderia sair da minha boca depois dessa.

— Seth, pare! — Disse Agnes correndo atrás de mim. Não, eu não queria ficar parado. Se ela soubesse a fúria que eu ainda tinha, a vontade emanando de mim de socar o pai dela até ele se arrepender do que ele tinha feito, ela entenderia que eu não estava cem por cento em mim. Mas Agnes era uma constante quando se tratava de me tirar do sério, ou melhor, de querer que eu mantivesse uma conversa com ela quando eu não estava em mim.

— Pare. Eu preciso falar com Você. — E dito isso Agnes me puxou pelo braço me fazendo virar de frente a ela com toda a raiva que poderia conter dentro de mim direcionada a ela.

— Eu não quero falar Agnes. Eu só quero socar o seu pai, está bem? — E tendo dito isso pude ver os olhos de Ag se arregalando enquanto ela ouvia o que eu dizia e parecia ainda processar toda a ideia. Contudo, foi o que ela falou logo em seguida que conseguiu me tirar da minha zona de conforto, já que eu não esperava algo assim saindo da boca dela.

— Eu agradeço por Você defender a minha honra Seth. Agora só me deixe conversar com Você. — E dito isso eu arregalei os olhos, logo em seguida voltando ao meu estado normal de pacificidade enquanto esperava que ela continuasse falando: — Vamos até a cantina do hospital. — E eu concordei ainda que não estivesse cem por cento ainda em mim.

Não demorou para que sentássemos e Agnes pediu dois chocolates para nós. Fiquei olhando os chocolates assim que eles chegaram, esperando que alguma coisa passasse pela minha cabeça para que eu puxasse um assunto, mas eu simplesmente não conseguia. Minha cabeça parecia levemente anuviada.

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