Resumo de Capítulo 20 - Seth – Uma virada em Um Sheikh no Brasil de Diana
Capítulo 20 - Seth mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de Um Sheikh no Brasil, escrito por Diana. Com traços marcantes da literatura Romance, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.
A viagem com Agnes estava muito séria e ela parecia muito pensativa. Não sabia se aquele era o melhor momento para falar a ela as novidades que eu tinha agora, mas, de qualquer forma, uma hora eu teria que falar. Sorri.
— Amira, eu tenho algumas novidades. — Disse enquanto Agnes parecia sair do torpor de seus pensamentos enquanto seus lindos olhos castanhos voltavam-se completamente na minha direção. Precisei me concentrar para não acabar invadindo a outra pista por distração. O que já não era difícil, dado a minha dificuldade em dirigir por essas ruas super movimentadas de São Paulo.
— Sim? — Ela disse sorrindo e eu então despejei:
— Como fui descoberto presente no Brasil, fui chamado para uma missão suicida. — E dito isso Agnes arregalou os olhos.
— Você não vai se matar agora que eu estou noiva não é mesmo? — E eu ri, pois percebi que ela andava tão distraída que só tinha prestado atenção na palavra suicida, pelo visto.
— Malak, só se eu for morrer de não poder tocá-la nessa espera infindável, compreende? — Disse, o que fez Agnes rir enquanto revirava os olhos e falava:
— Mas isso ai é coisa sua. Não tenho essas pretensões sua.
— Mas é minha religião, amira. E quero que seja respeitada da mesma maneira. — E ela deu de ombros, porque, por viver num mundo ocidental, ela não tinha a mesma percepção que isso representava para nós. O que era muito complicado de mudar.
Por muito tempo eu estivesse nessa loucura também. Desvirtuando-me de algo que eu acreditava e seguia. Não estive tão centrado como deveria estar. Mas agora que estava noivo e da pessoa que eu amava e queria pelo resto da minha vida, eu realmente queria fazer as coisas certas. Realmente queria que isso fosse como a minha religião pregava que fosse. Ainda que estivesse sendo empecilho atrás de empecilho nessa empreitada de me controlar tanto.
Acho que novamente terei que pedir auxílio para Alfred e suas chatices. Me chamar em momentos inoportunos pode de fato ser algo muito bom.
— Um empresário que tem contatos com o meu pai me convidou, junto da minha noiva, para um jantar no Rio de Janeiro. Andei conversando com meu pai e ele está fazendo contratos com meu pai sobre a mineração da empresa, no entanto, ele quer que o preço seja menor, o que é inadmissível, pois já estamos com preços agradáveis. Enfim. — Respirei fundo. — Teremos que ir ao Rio de Janeiro. — E Agnes concordou, muito embora eu ainda não tivesse terminado de falar.
— Mas... — Comecei e Agnes deu um pequeno sorriso.
— Vamos lá, o mas é...? — Ela perguntou e eu sorri.
— É que você não pode ir sozinha como ocorreu com nossa viagem a Alemanha. — Ela arqueou os lábios, realmente surpresa. Na verdade, eu já estava ficando com dor de cabeça com a ideia de que Agnes e eu já não estivéssemos casados, pois tudo isso seria muito mais fácil se essa opção acontecesse.
— Por que não? Ele não sabe que eu sou brasileira? — E lá estava a Agnes que eu conhecia voltando bem devagar, a Agnes reclamona, que só sabia ficar falando, e que sempre tinha algo para falar e me tirar do sério. Ela continuou: — Sendo eu brasileira, não preciso de companhia. É só a gente ficar em quartos separados. Mas não tem nada a ver. Eu não preciso de companhia. Eu não quero alguém me seguindo para cima e para baixo, só porque agora eu sou noiva de um Sheikh. Daí eu perco a minha liberdade de vir e ir? De andar? Mas como assim? — Quase gargalhei da preocupação exasperada dela de não ter a liberdade que gostaria de ter. Isso não tinha nada a ver com liberdade, se ela me deixasse explicar.
— Amira. Não é isso. — Tentei, mas quase que imediatamente fui cortado.
— Se não é isso é o que? Você? Está mostrando agora suas garrinhas ciumentas, senhor Sheikh bonitão? — Ela disse e eu não consegui, gargalhando.
— Amira, deixa eu falar, sua desesperada! — E Agnes finalmente deixou que eu pudesse falar alguma coisa.
— Agora Você é a noiva do filho do Sheikh, correto? — Perguntei para que ela me acompanhasse.
— A Fer! — E eu ri, pois aparentemente era a melhor das opções que tínhamos.
— Então será a Fer. — Disse como se agora já estivesse decidido.
Estaciono o carro de frente ao apartamento de Agnes. Sinto tanta falta do silencio, do estar somente com Agnes e ninguém mais para encher. Mas, aparentemente, só vivo num estresse constante no Brasil, onde parece que a qualquer momento vai sair um fotografo do fim do mundo e vai tirar uma foto nossa. E é tão angustiante querer beijar alguém que agora é sua noiva e não o poder fazer.
Na última vez Agnes estava chorando, não acho que isso possa ser considerado um beijo. Na verdade, a gente não teve um beijo decente desde que eu cheguei aqui no Brasil. E, ao que parece, ao menos no meu desespero, não será algo que eu terei nos últimos dias, com a quantidade exorbitante de fotógrafos que parece rondar aqui.
Dou um beijo na testa de Agnes, que é a única prova de carinho e amor que posso dá-la, ao menos a mais perto do que eu realmente gostaria de dá-la. Agnes fecha os olhos sentindo meus lábios tocando sua testa e eu só consigo pensar que eu, nesse incrível milissegundo, gostaria de ter um único tipo de poder: Parar o tempo.
Se eu pudesse parar o tempo por míseros segundos, eu poderia congelar e gravar na minha mente, para sempre, o momento de ver Agnes com os olhos fechados, seu rosto angelical que parece tão calmo, tranquilo. Se eu pudesse parar o tempo por míseros segundos, poderia continuar olhando sua beleza, poderia enamorar seus cílios que se curvam como um breve relampejar de desejo, ao qual só penso em tocar. Enfim, se eu pudesse parar o tempo por míseros segundos, poderia, por fim, beijá-la e dizer que verdadeiramente e loucamente a amo e que não consigo me imaginar mais nenhum segundo sequer sem ela. E, ao retornar os míseros milissegundos que gastei fazendo tudo isso, embora Agnes não teria ouvido tudo o que eu a disse, eu conseguiria me sentir aliviado em conseguir dizer tudo aquilo que parece transbordar sob o meu peito.
Mas eu preciso deixar que Agnes se recupere para que eu possa conseguir dizer tudo isso para ela. Foram muita emoções e ainda estão sendo. Não posso pedir para que minha Agnes seja a Agnes de antes, tão assim de repente. Não quando bem timidamente ela vem voltando. Não posso pedir para que ela esqueça toda a dor que ela sentiu achando que a irmã ia morrer e todos os dias que ela ficou no hospital frio esperando que um milagre acontecesse. Também não posso pedir que Agnes esqueça tão rapidamente o que aquele idiota fez a ela, não quando ela está de volta ao Brasil e o fato de ter vivido tanto tempo com aquele imbecil. Também não posso pedir que Agnes esqueça tudo o que o pai dela fez a ela e a família dela e que aceite rapidamente o homem que não há motivos nenhum para voltar à vida delas, mas aparentemente insiste em fazer. Novamente, não posso pedir para que ela se recupere tão rapidamente de tudo isso, pois seria egoísmo gigantesco da minha parte. Me cabe apenas assistir a Agnes de antes retornar e está aqui a amparar seu retorno, demonstrando constantemente que não faço isso simplesmente porque sou noivo dela agora, mas porque quero ser tudo o que ela precisar para todo o sempre da vida dela. Eu quero ficar com ela para sempre, se é possível falar isso sem parecer tão piegas.
— Boa noite. — Digo para Agnes assim que meus lábios desgrudam-se de sua testa. Novamente, tenho que deixar que ela vá, mesmo querendo ficar cada segundo do dia com ela. Mas ela precisa do espaço dela. Precisa se recuperar e fico feliz em ver que isso timidamente está acontecendo. Talvez Fernanda estar com ela nessa viagem possa ser mais um pontapé para que Agnes se recupere e é o que penso por fim quando Agnes me responde:
— Boa noite, Habeebi. — Disse Agnes com um terno sorriso enquanto abria a porta do carro e saia. E novamente, eu só pensava que o tempo passasse rápido e voltássemos para Omã, pois eu realmente gostaria de fazê-la logo minha esposa e poder dizer de todo o meu coração o que sentia por ela.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Um Sheikh no Brasil
Maravilhoso, amei a história. Parabéns a autora, soube prender minha atenção com comedia, ação, drama e romance na medida certa....