Quando retorno no outro dia para buscar Agnes para visitar Sophia novamente, Martha me convida para entrar na casa delas enquanto espero Agnes que está ao telefone com a avó dela. Enquanto aguardo não posso deixar de ouvir ela falando com a vó que aparentemente fala tão alto que dá para ouvir mesmo o telefone não estando no viva-voz.
— Ai é muito pequeno Agnes. E Você nos conhece. A gente toda daqui não tem dinheiro para ir para a Capital, ficar ai alguns dias, mesmo ainda se Você esta se casando com um homem tão rico assim. A gente não tem dinheiro nem para comprar um vestido decente. Eu acho que Você deveria fazer aqui. A gente arruma aqui a casa e tenho certeza que ele vai se sentir acolhido. Você vai ver, minha neta. A gente vai acolher ele bem. Aqui é interior, fora que é menos perigoso. A gente faz uma janta bem gostosa, vai ser perfeito. — Disse a avó dela já decidindo como seria de uma forma muito fofa. Não pude deixar de dar um pequeno sorriso enquanto imaginava a família de Agnes toda reunida. Eu realmente estava curioso por conhecer. Já tinha dito para Agnes que não me preocupava com riqueza. A família dela seria a minha. Não importava de onde eram ou como eram, mas por serem bons a minha amada, seriam bons a mim também, e era isso que me importava.
— Vó, mas você não tá entendendo, ele é um Sheikh. Ele não é um homem rico, ele é um homem muito rico. Eu não sei o que ele poderia achar disso tudo. — Disse Agnes e realmente parecia triste e com vergonha ao confessar isso para a vó. Certamente ainda não tinha visto que eu estava na casa, que sua mãe tinha deixado eu entrar, pois falava à avó com a maior sinceridade do mundo.
— Mas minha neta, se ele não entender que você veio de uma família pobre, ele nem merece a sua mão em casamento. — Disse a avó dela, com grande sabedoria. E eu bem concordava com ela. Decidi me intrometer nessa hora enquanto fazia alarde sobre minha presença para que Agnes soubesse que eu estava ali.
— Amira, cheguei. — E realmente pega de surpresa, como a tontinha do meu amor era, ela começou a quicar o telefone entre as mãos, desesperada, até o momento que o telefone caiu no chão e se despedaçou em partes enquanto ela colocava a mão no coração acelerado e, num ímpeto de impulso, me esmurrando o ombro. Não consegui deixar de rir.
— Mas não se faz isso! Quer matar os outros do coração? Mas olhe que eu tenho problemas cardíacos na família. Chato. — Ela disse com um sorriso bobo nos lábios, ao qual eu apenas concordei.
— Claro, claro. — Respondi e Agnes passou a catar o resto do aparelho que aparentemente tinha se desligado. Aproveitei a deixa para conversar com Agnes sobre o que a avó dela tinha dito.
— Acho que as palavras de sua vó são de grande sabedoria. — Ela abriu os lábios boquiaberta, pois não sabia que eu estava ouvindo.
— Você ouviu tudo? — Ela perguntou curiosa e eu neguei.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Um Sheikh no Brasil
Maravilhoso, amei a história. Parabéns a autora, soube prender minha atenção com comedia, ação, drama e romance na medida certa....