Um Sheikh no Brasil romance Capítulo 32

Quando chegamos no sítio já estava anoitecendo, mas nos instalamos perfeitamente rápidos. Meus familiares ficaram de aparecer no outro dia de manhã para fazer um churrasco ou coisa parecida.

Não demoramos para nos acomodar nos quartos e minha mãe fez uma comida rápida a que comemos felizes. Fiquei em silencio enquanto Sophia conversava com Seth, ouvindo a conversa deles.

— Tem muitas meninas por lá? — Seth deu de ombros.

— Acho que tenho umas duas primas que você ia gostar de brincar, mas os costumes lá são um pouco diferentes, Sophia. — Ele disse e Sophia deu de ombros.

— Eu não tenho problema se precisar colocar uma roupa fechada lá. Eu sei que é tradição, religião, algo assim, né? — E Seth concordou meneando a cabeça.

— Tem sim, Sophia. Mas não se preocupe, nada é obrigado, até porque você não tem a mesma religião. Aliás, nem para quem é da religião é obrigado, é apenas aconselhável. Compreende? — E Sophia concorda meneando a cabeça.

— Agora, se você me der licença, eu quero conversar um pouquinho com a sua irmã. — E para minha surpresa Seth me puxou pela mão para que andássemos pelo sítio enquanto conversávamos.

A noite estava estrelada e o clima do sítio ameno com as árvores a umidificar o ambiente. Andamos algum tempo em silencio e eu deitei a minha cabeça no ombro de Seth enquanto lembrava das nossas andanças pelas ruas na Europa e como tudo parecia já ter séculos de distância quando não fazia sequer um ano que tudo tinha acontecido. Fechei meus olhos aspirando o cheiro de orvalho, a mata que se abria diante de nós.

— O que pensas, amira? — Perguntou-me Seth e eu sorri.

— Que as vezes acho que vivo um sonho e que a qualquer momento acordarei e verei que foi exatamente isso: Um sonho. E que estou no meu primeiro dia na mansão. Apenas isso. — E Seth balançou a cabeça ao meu lado achando graça.

— Se esse é um sonho para você, também é para mim, Ag. E um sonho muito bom por sinal. Pois certamente eu acordaria pensando em você e querendo conhecer um pouco mais de ti. — Neguei com a cabeça. Não acreditava muito naquilo, mas deixei que passasse. O clima ali entre nós estava tão bom que eu não queria que acabasse nunca.

— Infelizmente, estou prestes a conhecer um pesadelo também, Agnes. — Disse Seth e eu levantei a minha cabeça do seu ombro voltando meus olhos para o seu afim de descobrir sobre o que Seth falava. Mas sua fisionomia continuava passiva, como se nada demais houvesse acontecido. Não sabia o que dizer.

— Meu pai. — Disse Seth e um lábio se apertou sobre o outro antes que ele continuasse — Ele precisa que eu volte, pois ele desconfia que um dos contadores dele está o roubando. E como eu sou formado em Economia, ele precisa que eu reveja os lucros e calcule algumas coisas novamente. É provável que o homem seja demitido, mas precisamos averiguar a situação da empresa. — E eu neguei com a cabeça.

— Mas precisa ir já? — Perguntei com relativo medo.

— Em umas duas semanas já. Além disso, preciso fazer algumas coisas por lá para o nosso casamento e meu pai quer que eu arrume a Mansão de Inverno no continente para ele, pois ele planeja deixar a mansão para nós. — Disse Seth e eu arregalei os olhos negando.

— Mas não mesmo! Eles que tem que continuar na Mansão! É muita coisa, Seth! A gente só precisa de um quarto! Eu não tenho problema em ficar no mesmo lugar que seus pais. — Disse e era verdade. Aquela mansão era grande demais para apenas nós dois.

— Eu sei, amira. Eu sei. Mas meu pai continua insistindo. Podemos ficar com a Mansão de Inverno se Você preferir. É um pouco menor. — Eu neguei.

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