Fui acordado com o barulho estridente do meu celular com Alfred ligando. Eu realmente odiava que me acordassem cedo, ainda mais por conta de um maldito celular. Atendi muito furioso enquanto dizia a Alfred:
— O que é agora, caramba? — E Alfred então falou alto para mim:
— Não "to" conseguindo aguentar! Não param de me fazer perguntas. Agora eles já estão entrando aí. Ah, é bom Você se trocar logo, Seth. — Franzi o cenho.
— Quem são eles que estão entrando aqui? — Perguntei assustado e Alfred parou de falar no meio da gritaria que se ouvia próximo dele. Continuei perguntando: — Quem, Alfred? Quem??? — E ele não mais me respondeu. Alguns segundos depois ouvi uma voz feminina falando e então a vó de Agnes respondeu:
— É bom abrir essa porta que tem muito peso aqui e a gente precisa começar as preparações para o noivado de Vocês, ora essa. Vem abrir a porta logo! — Disse a vó dela e eu engoli em seco enquanto respondia em monossílabos:
— Sim. — E então a ligação caiu e eu só consegui suspirar.
A vó dela madrugava, era a minha única fala. Pois ainda era seis da manhã e a campainha tocava estridente para minha raiva. Coloquei uma calça de algodão larga que eu tinha comigo e a blusa polo que eu estava no outro dia. Depois eu pensava em me arrumar. Agora tinha que resolver o problema do barulho estridente e foi o que eu fiz andando rápido até a porta.
Tal foi minha surpresa em ver Agnes com a roupa de ursinho dela e eu lembrei que o quarto que ela estava tinha ar condicionado. Parei por um segundo, pois as lembranças de eras atrás parecia vir com muita força na minha mente e eu só conseguia sorrir ao lembrar do nariz de Agnes sangrando, das duas mulheres se matando e de como naquele momento eu senti um carinho inexplicável e uma vontade louca de cuidar daquela mulher, de coloca-la no meu colo e dizer que tudo ia ficar bem.
— Acho melhor Você atender então. — Disse Agnes enquanto voltava para o quarto na certa para se arrumar. Concordei com ela enquanto seguia para o portão a fim de o abrir. Muito a contragosto, porque aquela não era hora de acordar os outros na minha opinião, não.
Quando abri a porta, uma multidão adentrou o sítio e eu só fiquei a pensar em quantos primos Agnes tinha, porque ali tinha umas cinquenta pessoas fácil. Por último veio a vó de Agnes junto de Alfred que conversava baixinho com ela que falava:
— Mas é assim mesmo. Não se preocupe. Eu não fiz por mal em pegar o telefone. Mas é que estão todos ansiosos pelo noivado da Agnes com o bonitão do seu chefe. — E Alfred abriu um pequeno sorriso, para minha surpresa conforme a vó de Agnes falava.
— Isso são horas de estar dormindo ainda, meu filho? — Perguntou vovó para mim e depois balançou a cabeça sem concordar. — Vá colocar uma roupa melhor que temos um churrasco a fazer e algumas coisas de decoração para o noivado de Vocês a decidir. Vamos. — E eu nem pensei em discordar da vó de Agnes. Ela realmente dava mais medo do que a Ag.
Não demorei também. Vai saber qual é o cúmulo da paciência da vó dela. Mas fiquei a rir do meu quarto quando a vó dela entrou do quarto dela e começou a dizer que ela precisava usar mais vestidos que como assim não havia vestidos. Que precisavam sair para comprar vestidos.
Quando sai do quarto estava mais apresentável e segui para a cozinha. As mulheres estavam tomando café que sabe lá de onde tinha saído. Quando me avistou, vovó já passou a falar:
— Precisamos decidir como vai ser, e comprar um vestido para essa menina que nem parece que vai noivar. Não fez sequer o enxoval dela. Ah, mas eu vou passar um dias lá com você e sua mãe para isso. — E eu concordei enquanto tentava falar em português:
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Um Sheikh no Brasil
Maravilhoso, amei a história. Parabéns a autora, soube prender minha atenção com comedia, ação, drama e romance na medida certa....