Vendida para o Don romance Capítulo 126

CAPÍTULO 132

Rebeca Prass Duarte

(No anúncio de casamento da Laura)

— O que tanto olha? — pergunto para o Enzo. — Parece hipnotizado, olhando o Vinícius... — olhou para mim.

— É uma pena que não goste de crianças... — colocou a mão na barriga do Vinícius, dando a volta no berço.

— Eu nunca disse isso, porquê está colocando palavras na minha boca? — perguntei irritada.

— Bom... é o que parece... — Fui responder, mas não pude, não encontrei a resposta para isso. — Sabe, olhando para esse bebê, eu não consigo imaginar como seria o nosso... será que iria se parecer comigo? Teria os traços de nós dois? — me calei.

Enzo pegou o bebê no colo e começou a me faltar ar, engoli seco sentindo o nó que se formava, e me senti mal por ter dito tudo o que falei pra ele nesses meses.

— Eu gosto de crianças... — foi a única coisa que consegui dizer.

— Gosta? — levantou o olhar, esperançoso.

— Sim, eu só não estava pronta... — ele veio mais perto e sorriu.

— E, quando vai me dar um? — voltei a engolir seco.

— Não sei. Mas, será em breve! — seu sorriso ficou maior.

— Legal! Até que você é uma diaba boazinha! — dei um leve tapa no seu braço.

— Eu aqui toda preocupada e você fazendo graça!

— É mais forte do que eu!

— Mas, agora falando sério... não podemos ter um bebê com você me chamando assim! — ele colocou o bebê no berço e veio perto, agarrando a minha cintura.

— Mas, você é apenas “minha”, diaba! Posso me contentar com dizer apenas quando estivermos sozinhos!

— É melhor, mesmo! Porquê se o nosso filho chegar a ouvir eu corto a sua língua! — apertou a minha bunda.

— Duvido que corte, você não vive sem ela! — ponderei.

— Realmente! Precisarei pensar em outra coisa! Agora tira as mãos da minha bunda que aqui tem câmeras! — ele olhou para cima, então tirou logo.

— Droga, eu havia esquecido!

Fomos para o jantar e depois do anúncio, fomos embora, logo.

Enzo anda diferente comigo, e digamos que eu também tenha mudado com ele. Talvez seja por causa da nova confiança que estamos estabelecendo.

— Vem cá, diaba! Se não vier eu vou rasgar a sua roupa!

— Ah, não! Nem começa que esse vestido quero guardar! — fiquei de frente quando reclamei.

— Então tira, logo! — “é... tem algumas coisas que nunca vão mudar!“

Tirei o vestido e então fui até ele, mas a minha cabeça estava em outro lugar. Quando ele me puxou pelas pernas, me senti estranha.

— O que foi?

— Acho que a comida não me fez bem, estou me sentindo tão cheia... — Enzo já estava preparado para o ataque, quando me soltou e deitou do meu lado.

— Quer algum remédio?