CAPÍTULO 27
Fabiana Prass
Fiquei esperta, cuidando a noite inteira para o Don não se aproveitar, mas acordei com a mão dele na minha cintura. Não estava tão perto, mas estava encostando.
Em cima do criado havia outra rosa solta, era branca. Fiquei com raiva e pensei em fazer voar, mas era tão bonita que não tive coragem.
Tirei a sua mão de mim e ele acordou. Empurrou o edredom, estava sem roupa, mas colocou bermuda, deve ter levantado para colher a rosa, como se isso resolvesse alguma coisa.
— Bom dia... se sente melhor?
— Estou melhor, obrigada! — fiquei de costas, abri o closet, mas senti e ouvi um leve barulho dos seus pés se aproximando de mim. Colocou as duas mãos nos meus ombros enquanto eu procurava uma roupa para tomar um banho. Eu estava chateada, mas já conheci o que o toque de um homem pode causar em mim, principalmente “esse” homem, e eu já sabia que estava agora, num terreno perigoso.
— Me solta, Antony! — eu disse ríspida e ele soltou parcialmente, mas continuou encostando nos meus braços. A sua respiração estava pesada, intensa... dava para sentir o ar quente que vinha sobre mim, eu poderia jurar que os meus pelos estavam querendo se arrepiar.
— Fabiana... não faz assim! Eu sei que você gosta dos meus toques e dos meus beijos... — deslizou as mãos pelos meus braços, bem devagar, então, me virei pra ele.
— Gostava, Antony! Isso ficou no passado, quando eu pensei que você era diferente! Eu só quero que me deixe viver em paz! E se quiser sexo procure aquelas puttanas de traseiro quente! — ele sorriu, que vontade de apertar esse pescoço dele, agora. — O que foi, agora? O que foi tão engraçado? — Reclamei.
— Pensei que faria qualquer coisa para que eu não fosse naquele lugar! Pelo visto está bem chateada... — me pegou desprevenida e com facilidade me ergueu no colo, sem me deixar nem pensar, nem me mover.
— Me solta! O que está fazendo? — mexi as pernas, tentando me soltar, empurrei o seu peito nu.
— Vou te deixar mais calma, minha fera!
— Antony, pare! Você disse que não me encostaria! — ele não ligou para o que eu falava, estava com um sorriso cínico no rosto, como se não ligasse nem um pouquinho para o que eu pensava ou faria, e me colocou na cama.
— Que sexy você fica, quando está brava! — o filho da mãe, me imobilizou! Segurou os meus pulsos para cima, e prendeu as minhas pernas com as dele. Ele me segurou apenas com uma das mãos, a outra ele desceu para o meu rosto, tirou o cabelo que estava o cobrindo.
— Saí de cima de mim! — o encarei brava, e o maldito sorria. Que ódio não ter forças para fazê-lo voar dali.
— Eu só preciso te sentir um pouquinho, já vou te soltar! — falou mais baixo, me arrancou um arrepio, que raiva!
Aquele safado é esperto, ele sabe como me manter inerte aos seus ataques, mas preciso me concentrar, não darei o braço a torcer, as coisas não podem ser simples assim, pra ele, precisa entender que não sou nenhum objeto, e estou magoada.
— Hoje vou trabalhar na boate o dia todo, não quer que eu fique tão excitado, lá, não é? — passou a mão que estava solta no meu pescoço. — Se soubesse tudo o que estou pensando!
— Não sei e não quero saber! Agora me solta! — falei de boca pra fora, pois, no fundo o meu corpo era um tremendo de um traidor e só faltava se arreganhar para que o Don o tocasse. Fora o meu desespero interno com aquelas puttanas folgadas que o atacariam.
— Juro que serei um santo lá dentro, eu só quero cinco minutos! — me olhou de forma diferente, um olhar carregado de malícia, característica única do Don, todo cheio de si e com firmeza, ele sabia muito bem o que estava fazendo.
— Cretino! Eu te odeio, Don Antony! — Reclamei, o empurrando com o corpo.
— Ótimo! Quanto mais brava, mais gostosa fica! — veio no meu ouvido. — Sabia que eu nunca comi uma mulher brava como você! Nenhuma me negou ou me rejeitou, e isso só piora as coisas pra você. Quanto mais brava, mas o meu pau fica duro! — ele encostou o corpo em mim, e senti um pouco do seu pênis duro na minha coxa. — Seja boazinha, esposa... assim você facilita a nossa vida, porque a cada segundo eu te desejo mais...
Don Antony lambeu o meu ouvido, passou a língua por dentro, num beijo e foi difícil não soltar um gemido.
— Já tentei me imaginar dentro de você essa noite, mas não consegui. Eu só estive uma vez, e nenhuma foi igual, te quero outra vez, ferinha!
— Já passou muito tempo, já chega! — Reclamei, mas, no fundo eu me corroía por dentro, lembrando de como foi bom ontem, enquanto ele me amou e me respeitou, é uma pena as coisas terem acontecido assim, eu realmente não tenho sorte. Também acabei imaginando que ele ficaria perto daquelas vadias da boate o dia todo, e isso me irritou. — Saia de cima de mim!
Ele passou a mão no meu seio por cima da roupa, circulou a palma no bico e depois deu um beijo por cima da roupa, um leve encostar de lábios.
— Está bem! Eu prometi que respeitaria, né? — me olhou nos olhos e beijou o meu queixo.
— Não está respeitando! — virei o rosto.
— Nunca disse que eu era um santo! — levantou do nada, me deixando ali na cama, e me sentei.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Vendida para o Don
A história no começo era boa mas do capítulo 100 pra la virou piada! Nunca vi tanto uma palavra em um livro como a palavra “assenti” so em um capítulo as vzs tem 4 a 5 vezes!...
Me interessei muito pela história, quando colocará mais capítulos? Ansiosa por mais...
Diz status concluído, cadê o restante dos capítulos?...
Quando vão postar os novos capítulos? Estou aguardando ansiosamente....