Vendida para o Don romance Capítulo 89

CAPÍTULO 90

Enzo Duarte

“Maledetta”, eu sei muito bem o que essa safada está tramando, mudou a estratégia, não sou idiota.

— Enzo... — virou melhor pra mim, e colocou a palma da mão na frente da arma, manteve um sorriso discreto e por “maldição” só consegui olhar para a sua boca que movia devagar.

Encarei aquele Salvatore como merece, com postura guardei a arma e puxei uma cadeira perto da cela. Sentei na cadeira, e fui cuidadosamente trazendo a Rebeca para perto de mim.

Ela me olhou de uma forma intensa, seus olhos bem abertos, demorou um pouco mais do que calculei para me entender, mas agora penso que entendeu que eu também sei jogar.

— O que foi? — falou baixo, olhou disfarçadamente para a cela e depois pra mim, acho que temos uma evolução aqui.

— Nada... eu havia esquecido o que combinamos, mas sente aqui. — dei duas batidas no meu colo para que ela entendesse melhor.

— Sentar? — levantou as sobrancelhas, e assenti com um sorriso.

— Sim, minha noiva! Fico mais tranquilo e lembro melhor das coisas com você aqui perto de mim! — joguei, e não estou nem aí. Por trás dela vi o Salvatore dar um leve sorriso e virar de costas, entendeu o que eu queria.

— Está bem! — Disse receosa, mas por um milagre sentou no meu colo, e agarrei a sua cintura prontamente, lançando um olhar vitorioso para Salvatore, “toma seu velho sem maledetto!“

Rebeca me deu uma olhada forte, e depois tentou me ignorar, falando com o cara, mas tudo bem... era comigo que ela estava, dessa vez eu estava na vantagem perto daquele homem.

— Salvatore, você é mesmo, tio do meu cunhado? — ela perguntou e ele veio mais perto.

— Sim, ragazza! Olha só... não vou mentir que planejei levar o Don Antony, mas depois acabei desistindo, principalmente com as coisas que me contou sobre ele! — ela ficou séria e ele me olhava a todo momento, então me aproveitei e acariciei as costas da Rebeca devagar, subindo e abaixando a mão, e o fato de ser por cima da roupa me deixava com um tesão maior, “não me lembro de já ter feito isso!“

Ela segurou a minha mão na tentativa de me fazer parar sem dizer nada, mas a abracei mais, a trouxe para mais perto e comecei a acariciar os seus cabelos, enfiando os dedos na sua nuca.

— Está sendo sincero? Não trairia a sua família, não é? — ela perguntou com a voz mais mole, a carícia estava fazendo algo dentro dela.

— Ele só sequestrou a sua irmã, Linda! — ergui a sobrancelha em espanto, fiz um bico com os lábios. — Puxa, quando vi já falei! — ela se virou de repente.

— Como assim? Que história é essa? — ela me olhou preocupada, então com as duas mãos eu comecei a arrumar os seus cabelos, estou adorando não ser repreendido pela minha ousadia.

— NÃO É BEM ASSIM, EXPLICA ISSO DIREITO! — Salvatore gritou, acho que agora consegui tirá-lo do sério.

— Bom, o sequestro do Don foi a pedido dele... levaram a sua irmã por outro motivo, mas ele deu a ordem! — contei tranquilamente.

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