(Olivia)
Eu não fazia ideia de como ele esperava que eu ficasse quieta enquanto fazia aquilo comigo. Ainda assim, tentei. E, como resultado, acabei soando como um animal ferido.
No fundo, também não entendi por que não consegui dizer "não" quando ele me pediu para tirar a roupa e deitar na cama. Se eu tivesse um mínimo de força de vontade, não estaria naquela situação…
— Agora entende quando eu digo que não quero que outro homem a beije?
Soltei um gemido, já que era incapaz de responder. O prazer me dominava por completo, a ponto de tudo o que eu desejava naquele instante ser apenas gozar.
Contudo, Marcus sabia exatamente como me levar à beira do abismo e parar no último segundo, antes que eu pudesse me desfazer. Aquilo me deixava louca…
— Vejo que ainda não encontrou sua voz nem aprendeu a lição que estou tentando lhe ensinar.
"Droga! Eu não deveria ter deixado que ele me beijasse de novo… E não deveria ter trancado aquela porta. Merda! Eu não deveria ter feito várias coisas..." Marcus e eu não estávamos em um relacionamento... Ou pelo menos era isso que eu achava, mas o que estava acontecendo entre nós dizia o contrário.
Ele estava agindo como um namorado ciumento tentando provar um ponto e, infelizmente para mim, eu estava fraca demais para resistir. Portanto, deixei que ele me comandasse e me fizesse fazer exatamente o que queria.
E agora estávamos ali.
Segundos depois, Marcus puxou meu top para baixo e empurrou a alça do sutiã para o lado.
Com isso, meus seios ficaram completamente expostos, enquanto os mamilos, já endurecidos, imploravam por atenção. Ao mesmo tempo, minha intimidade pulsava com ainda mais força, ficando cada vez mais molhada.
Mas, em vez de tocar meus seios, Marcus apenas os encarou, com a fome escancarada no olhar.
"Ainda havia marcas de bala visíveis em seu torso, de modo que ele definitivamente não deveria estar fazendo aquilo…"
Minha mente gritava para que eu o impedisse em algum momento, porém, bastava que ele movimentasse os dedos dentro de mim e tudo se apagava.
Nenhum pensamento racional conseguia entrar, apenas o fato de que eu precisava gozar…
E apenas implorava para que ele me deixasse.
— Se quiser gozar, então diga que entendeu que, daqui em diante, apenas eu posso tocá-la. Porque só eu posso provar desses lábios, e ninguém mais tem esse direito. — Ele me encarou, diminuindo o ritmo dos movimentos.
Tentei acompanhar os dedos dele, buscando mais fricção, mas então ele pressionou um ponto dentro de mim que fez minhas pernas tremerem.
E assim, senti tudo se acumular rapidamente.
Faltava pouco... Bastava um empurrão, e eu me desmancharia.
— Por favor… — Implorei.
Mas ele apenas me fitou, sem dizer uma palavra. Não se moveu, tampouco cedeu. Como se não bastasse, ainda me negava o que eu mais desejava naquele momento…
— Pelo visto, você ainda quer pesar bem suas opções, avaliando com cuidado quem escolheria entre nós três. — Ele riu baixo, balançando a cabeça.
— Não... — Murmurei, sem fôlego.
"Será que ele não entendia que eu só queria gozar e, depois disso, poderíamos conversar sobre o que ele quisesse?"
Marcus percorreu meu corpo nu com os olhos, devorando cada centímetro com desejo.
— Pois bem, você não vai voltar para o Nick. Também não vai ficar com o melhor amigo dele. Você é minha. E, quando eu terminar com você... — Ele riu de novo, dessa vez com certa amargura.
— ...vai ficar convencida disso também.
Tremi, assentindo.
Não havia necessidade de palavras.
Eu só queria que ele continuasse o que estava fazendo…
Com a mão esquerda, ele traçou suavemente a linha da minha clavícula, antes de provocar meus mamilos.
Em resposta, eles ficaram ainda mais rígidos.
Ao mesmo tempo, ele introduziu os dedos devagar em minha intimidade, que os apertava e soltava em espasmos de antecipação.
No entanto, eu queria que ele acelerasse.
Por isso... Tentei encontrá-lo no movimento, aumentando o ritmo, mas ele me impediu, pressionando minha barriga contra o colchão com a palma da mão.
Enquanto isso, sua mão direita trabalhava em mim, indo e vindo, pressionando pontos que eu nem sabia que existiam.
E vi que seus olhos já estavam sobre mim, enquanto ele lambia os próprios dedos um por um.
Eles estavam cobertos com meu gozo, mas ele os saboreava como se estivesse degustando algo delicioso.
Diante da situação, apenas sorri.
"Sim, eu tinha um novo homem.
E ele era habilidoso com as mãos…"
Consequentemente, fiquei imaginando o que mais poderia fazer com outras partes do corpo, como a boca... Ou mais.
— Eu falei sério, Olivia…
Assenti, levantando-me para me limpar.
— Você não devia ter feito isso, já que ainda está machucado. — Comentei, agora que minha mente voltava a funcionar.
Então, verifiquei seus curativos, e percebi que ainda estavam limpos.
"Graças a Deus!"
— Acho que estou me recuperando muito bem... E tomei exatamente o tipo de medicamento que estava desejando.
Sorri, constrangida, e fui me sentar ao lado dele.
Naquele instante havia uma plenitude estranha, quase inédita, preenchendo meu peito. E, pela primeira vez em muito tempo, tive a impressão de que a vida finalmente começaria a melhorar.
Ao lado dele.
"Incrível pensar que, até pouco tempo, eu queria deixá-lo…"
— Olivia, eu falei sério…
— Você não vai voltar para o Nick, porque eu não vou permitir. E nunca mais vai deixar Ethan beijar você. Agora, você é minha. E acho que deixei isso bem claro.
"Com toda certeza, ele deixou…"

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