(Olivia)
Depois de passar horas no quarto com Lupita me consolando, acabei adormecendo. Não sei em que momento ela saiu, mas, ao acordar naquela manhã, ela já não estava mais ali. Em seu lugar, encontrei Samuel deitado ao meu lado, me observando atentamente.
Diante da situação, um sorriso surgiu em meus lábios.
— Bom dia, meu amor, como você está?
Ele deu uma risadinha e escondeu o rosto no meu peito.
Meu coração se aqueceu. "Acontecesse o que fosse em minha vida, eu nunca estaria sozinha, pois tinha o amor incondicional daquele garotinho. Eu era realmente abençoada…"
— Comida, mamãe.
Sorri, levantando-me e o pegando no colo antes de irmos para a sala.
O café da manhã já estava servido, e minha avó já comia.
— Que bom que vieram. Achei que teria que ir buscar vocês dois.
Coloquei Samuel em sua cadeirinha e me sentei.
— Ah, tudo parece delicioso... — Como se fosse combinado, meu estômago roncou alto. Em resposta, Samuel riu.
— A mamãe está com fome…
E eu realmente estava desde o dia anterior, mas, ao voltar para o hotel, fiquei tão abalada que não consegui comer nem pensar em comida.
— Liga a TV, Lupita. Quero ver as notícias ou, pelo menos, escutá-las. — Pediu a vovó, com as costas voltadas para a televisão enquanto estávamos à mesa.
"A cobertura era maravilhosa, mas Ethan tinha razão: não podíamos ficar ali por muito tempo. Não era o melhor ambiente para Samuel.
Falando em Ethan, me perguntei onde ele estaria. A última vez que o vi foi naquele dia em que Nick lhe deu um soco por ter me beijado. No fim das contas, foi até bom, porque eu precisava manter distância dele ou, ao menos, conversar e estabelecer limites... Eu jamais ficaria com ele, até porque nunca o enxerguei daquela forma."
— A investigação sobre o Grupo Walker continua em andamento. Novas evidências surgiram, mas a polícia ainda está mantendo tudo sob sigilo. No entanto, a situação não parece nada favorável para a empresa. Tentamos contato com o CEO Marcus Walker, mas não conseguimos localizá-lo.
Com isso, parei de comer e encarei a TV. "O que estava acontecendo? O que era aquilo? Será que Marcus sabia?" Ele era meu parceiro, e eu não queria que nada atingisse seus negócios. Aliás, ele estava começando a ser mais do que apenas um parceiro de negócios... Estava se tornando meu parceiro de vida.
"Eu precisava ligar para ele, mas, maldição, havia perdido meu celular!" O que explicava... Por que ele provavelmente tentou me ligar e não conseguiu.
— Preciso de um telefone. — Disse, levantando-me, mas minha avó me interrompeu.
— Termina sua comida e resolve isso depois. Você perdeu peso porque não anda se alimentando direito.
À seu pedido, sentei-me novamente e terminei meu café.
Enquanto Lupita ria ao meu lado, lancei-lhe um olhar fulminante, esperando que ela se contivesse, mas, em vez disso, ela apenas deu de ombros.
— Comprei um celular novo para você, está no criado-mudo. Tenho certeza de que nem viu.
Sorri para ela.
"Era exatamente isso que significava ter pessoas ao seu lado: elas cuidavam de você e faziam as coisas espontaneamente, sem que fosse necessário pedir.
Por isso, tê-las em minha vida era simplesmente incrível."
Ainda assim, a situação de Marcus me preocupava. "O que poderia ter acontecido? Ou será que ainda era meu pai quem estava nos perseguindo? Teria sido ele desde o início?" Essa parte ainda era nebulosa, mas eu não pretendia perguntar nada ao Luke… Eu não queria aquele homem por perto.
Assim que terminamos, fui tomar um banho antes de conectar o novo telefone e ligar para Marcus.
— Quem é? — Foi como ele atendeu. Compreensível, já que não sabia que era eu do outro lado da linha.
— Sou eu.
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