(Olivia)
Olhei para o homem à minha frente e não consegui evitar o sentimento de sorte e gratidão. Nem todos aceitariam uma mulher quebrada como eu, mas ele sabia de tudo e, mesmo assim, ainda me queria…
— Marcus, isso significa que eu não posso gerar uma criança e...
— Isso também significa que você não tem óvulos? — Franzi o cenho. — Olivia, você tem tudo o que precisamos para ter um filho biológico, se for o que quisermos no futuro. Podemos contratar uma barriga de aluguel para gestar o bebê. Além disso, podemos adotar, se for a nossa vontade. Você não tem nenhuma desculpa para recusar se casar comigo... Pelo menos não pode usar essa.
Olhei para ele, e a verdade era que ele tinha tudo ao seu dispor: dinheiro, aparência, charme, tudo... Ele poderia ter qualquer mulher que quisesse, mas estava me escolhendo. No fundo, eu simplesmente não entendia…
— Olivia, eu te amo. Na verdade, eu sou perdidamente apaixonado por você... Sempre estive, desde o ensino médio.
Ele segurou minha mão com delicadeza, lançando-me um olhar terno.
— Quando fui embora, deixei algumas pessoas encarregadas de te vigiar, porque, naquela época, eu ainda estava estudando e não tinha acesso ao meu dinheiro. Mesmo assim, meu tio concordou em contratar alguns olheiros para cuidar de você. No entanto, você acabou se casando com o Nick de forma inesperada, e aquilo me machucou tanto, Olivia, que eu preferi não saber o quanto você estava feliz com ele. Por isso, retirei os olheiros e mergulhei de cabeça no trabalho.
Ele acariciou minha mão como se fosse a coisa mais interessante do mundo.
— Depois, meu gerente de operações veio até aqui a negócios, alguns meses após a sua prisão, e acabou me contando o que tinha acontecido. Foi algo dito de passagem, mas, naquele instante, eu soube que precisava voltar. Principalmente depois que disseram que havia sido o próprio Nick quem te colocou lá.
Ele ergueu os olhos para mim.
— Sinto muito por não ter voltado antes, Olivia. Eu só queria ter certeza de que tudo estivesse resolvido do outro lado antes de retornar, porque sabia que, ao voltar, ficaria aqui por um bom tempo.
"Por que ele se culpava por algo que nem sequer era responsabilidade dele? Eu sequer esperava que ele voltasse. Na verdade, nem sabia onde ele estava desde o dia em que desapareceu da escola e nunca mais voltou…"
— É hora de deixar o passado onde ele pertence, afinal, ele já ficou para trás. — Ele me ofereceu um sorriso suave. — Meu Deus, como você é linda! — Disse de repente, abrindo um largo sorriso que me fez corar.
— Eu vou para casa hoje, independentemente do que os médicos digam. Mas, antes disso, tem algo que eu preciso saber…
Suspirei.
— Sim, Marcus, eu vou me casar com você.
Ele me olhou como se não tivesse escutado direito.
— Acho que vou precisar que você repita isso. O que foi que você disse?
Ri.
— Eu disse que vou me casar com você.
Ele soltou minha mão e virou-se, procurando algo debaixo do travesseiro, até tirar de lá uma caixinha.
Ao abri-la, revelou-se o anel mais lindo que eu já tinha visto. "Quando ele arranjou tempo para comprar aquilo? Na verdade, pessoas ricas tinham o privilégio de ligar para joalheiros e receber o que quisessem no hospital. Talvez tenha sido o caso, porque era impossível que ele tivesse saído para comprar… Ou será que ele já tinha esse anel há muito tempo?"
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