A Babá Perfeita romance Capítulo 21

Resumo de Todos Somos Pessoas Más: A Babá Perfeita

Resumo de Todos Somos Pessoas Más – Uma virada em A Babá Perfeita de Rebecca Santiago

Todos Somos Pessoas Más mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de A Babá Perfeita, escrito por Rebecca Santiago. Com traços marcantes da literatura Erótico, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.

- Eu não sei do que você está falando.

- Ah, não se seja cínica, Srta Henderson. Anda, me diga um nome - Max Lancaster exige, com o rosto lívido.

- Eu já disse que não sei do que o senhor está falando, Sr Lancaster - insisto, balançando a cabeça.

- Tudo bem, eu ajudarei a refrescar sua memória - um sorriso de ironia repuxa o canto da sua boca, me causando uma sensação ruim no estômago. - Você caiu de para quedas na minha família há pouco mais de uma semana. Apresentou-se para o cargo sem experiências anteriores, ficou rondando a minha casa para ver as minhas filhas... isso logo antes, é claro, de se jogar na frente de uma moto, supostamente, para salvar uma delas.

Meu coração acelera. Um desconforto sobe pelo meu peito apertado em direção a garganta. O que ele está insinuando? Que eu simulei o acidente? Suas acusações soam confusas para mim. No entanto, ele parece bem certo do que está dizendo e insiste em me forçar a assumir uma culpa que não é minha.

- Abigail entrou em contato com o meu pai oferecendo essa vaga... - murmuro, mas as palavras se perdem quando Max chega para trás, me dando espaço para respirar outra vez.

Encosto a cabeça na parede, olhando seu rosto com cautela. Minha perna dói e eu quero matá-lo. De novo ele está sendo hostil, e agora, também, paranoico, o que me deixa com raiva, mas também intrigada. 

Desde que nos conhecemos, esse homem foi responsável por um alvoroço nos meus sentimentos. Um caos total. Suas inconstâncias me fizeram andar na corda bamba, dia após dia, com a certeza de que um mínimo deslize me faria cair. 

Hoje a corda ruiu.

- Eu conheço os detalhes - inspira fundo, aliviando um pouco a tensão. - O que eu não entendo é porque você recusou e, de repente, resolveu mudar de ideia.

- Eu não recusei. Foi o meu pai... - começo a explicar, mas logo desisto, porque tenho a impressão de que não vai mudar em nada o conceito que já formou sobre mim. - Isso não importa. É uma questão particular minha, você não tem o direito de se intrometer.

A raiva se acende, outra vez, na sua expressão.

- Ah, não? Acho que eu tenho sim. Porque logo depois que você começou a trabalhar nessa casa, sofremos uma tentativa de invasão. E as câmeras de segurança gravaram o suspeito fugindo em um carro cuja placa está registrada em seu nome - suas palavras soam gélidas e ele exibe um ar vitorioso.

Eu o encaro, paralisada. Sinto que estou mergulhando em um pesadelo. Mergulhando tão depressa e profundamente que a irrealidade da situação me deixa tonta.

- Eu não sei do que o senhor está falando, Sr Lancaster - acabo me atropelando nas palavras. - Por que eu tentaria invadir sua casa? Isso não faz sentido. Eu já trabalho aqui.

- Você não - ele parece prestes a me contar alguma coisa importante, mas os seus olhos se desviam na direção da escada, de onde os gritinhos de êxtase de Evie ecoam, seguidos de um coro de aplausos. - Outra pessoa. Ou outras - seus olhos se voltam para mim novamente, cerrados com firmeza. - Você entrou nessa casa para facilitar um assalto?

Eu fico em choque. Por um momento, tudo o que quero fazer é socar a sua maldita cara. Quando eu volto a falar, minha voz sai envergonhada e chorosa, o que só coopera para que eu me sinta ainda mais humilhada.

- O senhor acredita realmente no que está dizendo?

Um silêncio pesado recai entre nós. Max Lancaster inspira e expira lentamente, até que suas feições se abrandam. Eu o vejo esfregar as têmporas, como se sua cabeça estivesse a beira de explodir.

Eu não espero mais nada. Subo as escadas, tão desajeitada quanto posso, e vou até o quarto, fechando a porta, silenciosamente, atrás de mim. Minha vontade é batê-la com um estrondo capaz de despertar os mortos. Mas não vou dar esse gostinho a ele. E também não quero assustar as crianças.

Abro o guarda roupa, lágrimas descendo furiosamente pelo rosto, e começo a arrancar minhas roupas do cabide sem nenhum cuidado. Dessa vez, acho que Max Lancaster me deve o bastante para que eu possa levar as peças recém compradas com o seu precioso dinheiro. E se isso o fizer desconfiar ainda mais da minha honestidade, eu não dou a mínima. Ele pode dormir achando que eu sou uma interesseira. Eu tenho a minha consciência limpa.

Sinto uma dor de cabeça terrível, que me dificulta raciocinar com clareza. Planejei um final de semana incrível para Maisy e, agora, é isso o que eu recebo em troca. Uma punhalada pelas costas. Mallory estava certa... ela esteve certa o tempo todo. Eu só estava me iludindo. Em vez de perder o meu tempo com uma idiotice como essa, deveria estar vivendo a vida. Aproveitando a minha juventude, a minha liberdade. Meu pai terá que me aceitar como eu sou se me quiser em casa outra vez. Se não quiser... bom, eu vou saber me virar. Ou vou ter que aprender.

Termino de arrumar minhas coisas. Mas meu peito aperta quando penso nas meninas. Amanhã é o aniversário de Maisy e eu terei que abandoná-las na véspera. Deixá-las a sorte e aos cuidados de um pai neurótico, autoritário e manipulador. Nossa, como eu o odeio! Só de pensar em Max Lancaster, o meu corpo todo estremece de ódio.

E é nesse ódio que eu me agarro com força, enquanto pego minha mala sobre a cama e arrasto escada abaixo, feliz por não ter ninguém para testemunhar a minha partida. Não quero me despedir de ninguém. Não saberia como justificar. Nem eu mesma entendo o que está acontecendo! Como poderia explicar a outra pessoa? E as crianças então... quando me olhassem, confusas, partiriam o meu coração.

Maldito seja o Sr Lancaster!

Saio da mansão com um grito preso na garganta. Seco as lágrimas com as costas das mãos antes de passar pelo novo segurança, que me encara com desconfiança. Não é segredo para ele o motivo de eu estar indo embora dali. Com certeza foi ele mesmo quem passou para Max as gravações das câmeras de segurança. Eu não o culpo. Estava apenas fazendo o seu trabalho.

Só uma pessoa tem a culpa pelo que está acontecendo. Uma única pessoa foi capaz de me confundir, trair, manipular e humilhar como eu nunca julguei que fosse capaz em toda a minha vida.

E essa pessoa eu não vou voltar a ver. Nunca mais.

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