A Babá Perfeita romance Capítulo 22

Resumo de De Novo a Velha Chloe: A Babá Perfeita

Resumo de De Novo a Velha Chloe – Capítulo essencial de A Babá Perfeita por Rebecca Santiago

O capítulo De Novo a Velha Chloe é um dos momentos mais intensos da obra A Babá Perfeita, escrita por Rebecca Santiago. Com elementos marcantes do gênero Erótico, esta parte da história revela conflitos profundos, revelações impactantes e mudanças decisivas nos personagens. Uma leitura imperdível para quem acompanha a trama.

- Ei, acorda, sua lerda. Eu já cheguei.

Abro os olhos e me deparo com a cara ansiosa de Mallory ao meu lado. Seus cabelos louros estão soltos e bem escovados, emoldurando os olhos enormes cobertos por uma maquiagem escura.

Ela está usando um cropped preto que deixa a mostra o piercing no umbigo, e uma saia jeans curta de cintura baixa.

- Você está sujando o chão todo - eu reclamo, enquanto me levanto, sonolenta, me referindo as manchas no piso vinílico deixadas pelas suas botas pretas de cano alto. - Você não conhece limites.

Ela sorri de canto, a imagem descarada do deboche.

- Não mesmo. Limites são para os fracos.

Eu respiro fundo, tentando reprimir as pontadas fortes na cabeça. Ainda estou de enxaqueca desde a bebedeira da noite anterior. Mesmo assim, de alguma forma, Mallory conseguiu me convencer a sair hoje com ela novamente. Vai haver uma festa a algumas quadras daqui, com cerveja e uma corrida idiota de carros.

- Vamos logo. Estamos perdendo tempo. Se veste - ela diz, apressada, abrindo e vasculhando o meu guarda roupa. - Quanta porcaria, Chloe! Eu não acredito que você usou mesmo essas coisas.

Eu reviro os olhos.

- Nem eu - digo com rancor, desviando o os olhos assim que vejo as roupas compradas com Evie e Judith. Um aperto esmaga o meu coração. Nem parece, mas já se passaram duas semanas desde a tarde no shopping. Nos primeiros dias, acreditei que

- Que tal isso? - Mallory ergue uma calça jeans e um body cereja em tule, parecendo satisfeita com a escolha. Ele tem apliques bordados e um forro cobrindo apenas os seios, o que garante que todo o resto da pele da cintura para cima esteja a mostra. - É sexy.

Eu sorrio.

- Foi você que me deu de aniversário.

- Eu sei - ela dá de ombros, jogando as roupas sobre mim na cama. - Esse bom gosto nunca teria partido de você.

Eu me levanto e começo a me vestir, ainda empenhada em ignorar a ressaca mais longa da história. Mallory se senta ao pé da cama e me acompanha com os olhos. Ela não se cansa de dizer o quanto minhas curvas são lindas e como eu deveria exibi-las mais. Minha amiga é do tipo magrinha, com seios pequenos e um rosto delicado que faz questão de encobrir com o máximo possível de maquiagem. Uma bad girl de respeito.

- Duas festas em um único fim de semana - eu suspiro, preocupada. - Prometi ao meu pai que, mesmo depois de sair da mansão, eu manteria nosso acordo, Mallory.

Ela atira a cabeça para trás, impaciente.

- Você NÃO vai dar para trás agora, ouviu? É só uma festinha. E o seu pai nem vai saber - garante com um olhar raivoso. - Além disso, quem mandou ele me proibir de vir aqui? Se sua mãe fosse viva, isso nunca teria acontecido.

- Minha mãe amava você.

- Acho que ela só tinha pena de mim.

Abro a boca para contestar, mas diante do seu olhar duro, eu me calo. Sei que minha mãe morria de pena de Mallory, era verdade. Mas acho que a amava também, contudo...

- Ela dizia que eu deveria ter cuidado com você.

Mallory franze a testa, surpresa.

- Ela disse isso mesmo? Pois eu não entendi. Eu nunca faria nada para prejudicar você, Chloe.

- Eu sei.

- Eu amo você - ela enfatiza com os olhos cravados em mim, enquanto se levanta da cama com uma espécie de sobressalto. - Foi a única amiga que ficou depois que a minha mãe me deixou. Você é como uma irmã para mim.

- Eu sei disso - repito, indo até ela e enlaçando-a em um abraço apertado. - Você é minha melhor amiga e eu também amo você. Apesar de, na maior parte das vezes, não concordar com suas atitudes.

Mallory suspira, afastando-se para me olhar com uma crítica explícita nos olhos.

- Você não é perfeita, Chloe. Nenhuma de nós duas é. Então para de me criticar, tá legal?

- Ok, certo, não está mais aqui quem falou - prometo, erguendo as mãos em sinal de paz. - Você ainda vai me ajudar a me maquiar?

Ela me observa por um longo instante até que, pouco a pouco, a irritação vai sumindo dos seus olhos.

Mallory dá de ombros.

- Que opção eu tenho? De jeito nenhum eu vou ser vista ao seu lado dessa forma.

Eu rio, empurrando ela pelo ombro.

- Sua babaca.

- Certo, vamos começar a Operação Milagre - ela sorri, cáustica, mostrando que sabe exatamente onde está cada coisa no meu quarto, ao caminhar até a penteadeira e tirar da segunda gaveta um estojo de maquiagem. - Quando eu terminar com você, nem Jesus vai te reconhecer.

- Ok, eu estou oficialmente apavorada - brinco, com uma risada nervosa. - Você pode não pegar muito pesado, por favor?

Mallory abre um sorriso largo e muito assustador, que declara suas verdadeiras intenções.

- Veremos.

Mallory se vira para mim com uma expressão aborrecida.

- Estou dizendo que você escolhe demais. E se continuar assim, vai acabar ficando encalhada. Amiga, é só uma festa - ela joga os braços para o alto, chamando a atenção do grupo que para de conversar. O garoto que Mallory estava secando se volta na nossa direção, com um olhar interessado. - E você acabou de conseguir a atenção de quem eu queria.

O sangue flui no meu pescoço. Eu me sinto quente e alerta, mas não de um jeito bom. Não consumo sentir vergonha, mas normalmente tento evitar situações constrangedoras. Se eu estivesse interessada no cara, ok. Mas esse não é o caso.

Ele se aproxima. Não é exatamente feio, mas não faz o meu coração disparar. Tem cabelos castanhos e curtos, penteados para cima, e um piercing em cada supercílio. Está usando uma camisa vermelha de um time de futebol que não dá conta de cobrir todas as tatuagens que tem pelos braços.

- Quer beber com a gente? - pergunta, com a voz mansa de quem não andou apenas bebendo.

Eu conheço bem esse tipo de cara. Vai para as festas ficar doidão, encontra uma garota para trepar e, no dia seguinte, não se lembra de nada do que aconteceu. Então começa tudo de novo.

- Não, obrigada - sorrio, sem humor algum, levanto um cutucão de Mallory nas costelas.

Ele me olha, parecendo intrigado. Então passa a língua pelos lábios, dando um passo adiante.

- Quer beber só comigo então?

Eu respiro fundo, tentando controlar minha irritação. Exceto pelo fato de não entender uma negativa clara, esse cara não tem tanta culpa assim da situação. Esse mérito é todo de Mallory, que novamente conseguiu me arrastar para uma coisa que eu não queria.

- Ei, eu tive uma ideia - digo, sorrindo com uma animação que não estou sentindo. - Por que vocês dois não se conhecem melhor? Eu já volto - e saio da cozinha sem olhar para nenhum dos dois.

Em vez de voltar para a sala, resolvo ir até o jardim tomar um ar. Essa casa tem uma piscina enorme descoberta, que me faz lembrar da piscina descoberta dos Lancaster, perto de onde as meninas estavam brincando na primeira vez em que as vi. Algumas pessoas estão lá dentro, rindo e se empurrando. Alguns casais se beijam e se tocam de um jeito que o meu pai chamaria de "inapropriado". A maioria das garotas está sem blusa a despeito da temperatura ter caído, consideravelmente, a medida que nos aproximamos do Natal.

Eu envolvo os braços ao redor do corpo, me protegendo do frio, enquanto lembro que estamos a apenas três dias do feriado. Meu pai e eu enfeitamos a casa na semana passada. Outra vez, seremos apenas ele e eu. E a saudade da mamãe nos matando por dentro.

Que merda. Eu não deveria ter vindo com essa roupa, penso, começando a bater o queixo, enquanto desejo um pouco do que aquelas meninas na piscina beberam. Elas parecem bastante confortáveis, nadando seminuas. Pensando bem, não deveria ter vindo a festa alguma.. não sei se quero voltar a vida que eu levava antes, sem responsabilidades ou expectativas, apenas vivendo o dia de hoje. Se eu aprendi uma boa lição na mansão Lancaster foi que eu sou capaz de tomar decisões melhores para minha vida.

Como Mallory ainda não apareceu, imagino que tenha feito um bom proveito da oferta que eu fiz na cozinha. Então decido ir para casa e esquecer que essa noite aconteceu.

Mas uma coisa chama a minha atenção do lado de fora dos muros da casa. Um carro preto vem se aproximando, com a velocidade reduzida. Eu devo ser a primeira a notar sua chegada, já que os outros estão se divertindo demais para isso. Quando o carro chega finalmente chega a calçada, o portão automático se abre para recebê-lo.

Nesse momento, tudo a minha volta vira um caos total. As pessoas no jardim começam a correr, desesperadas. Os caras e as garotas na piscina saem, as pressas, pegando suas roupas e correndo também. Eu apenas observo, chocada, enquanto todos começam a pular os muros, fugindo, bêbados e desajeitados, alguns gargalhando alto, outros visivelmente preocupados.

Eu fico olhando para dentro, mas não existe o menor sinal de Mallory. As pessoas dentro da casa começam a sair e, de repente, a música cessa.

Com raiva, eu percebo que acabei de invadir a casa de alguém, mesmo sem ter a menor ideia disso.

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