Resumo de O Cavaleiro na Armadura – Uma virada em A Babá Perfeita de Rebecca Santiago
O Cavaleiro na Armadura mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de A Babá Perfeita, escrito por Rebecca Santiago. Com traços marcantes da literatura Erótico, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.
Max exala um suspiro profundo quando me vê sair do quarto. Desencostando o ombro da parede, ele vem até mim.
Está usando um moletom preto de capuz e tênis de corrida. Eu abro a boca para perguntar se está tentando um novo visual, mas a urgência em seus olhos me faz optar por ficar calada.
- Eu preciso conversar com você - ele diz, segurando o meu braço e me puxando pelo corredor. - Me desculpe, não temos muito tempo.
Suas palavras, ditas em tom de confidência, acendem uma fagulha de curiosidade.
Max só me solta quando chegamos ao seu escritório. Ele tranca a porta cuidadosamente antes de se encostar nela, de olhos fechados.
Meu Deus, o que está acontecendo?
- Merda, Chloe - ele sussurra meu nome entre os dentes. Quando abre os olhos, aquele azul intenso me arrebata. - Eu não queria envolver você nisso.
Se eu não estivesse tão nervosa, com certeza riria.
Nos últimos anos, eu me meti em um número exponencial de problemas. Eu me fodi tantas vezes quanto possível. Parando para pensar, talvez eu seja como um para raios para todo tipo de merda que existe.
- Tem um homem perseguindo minhas filhas, Srta Henderson.
É engraçado como a gente mal percebe que está respirando até o ar sumir dos pulmões.
Merda.
Havia um homem conversando com as meninas no portão, eu ouço outra vez a voz chorosa de Abigail ressoar na minha mente e congelo.
O olhar de Max recai sobre mim com uma dor profunda. Ele caminha até o meio da sala, encurtando a distância entre nós. Eu já o vi sério muitas vezes antes. Até mesmo preocupado. Mas nunca assim... como se uma parte do seu corpo estivesse sendo dilacerada pouco a pouco.
Pela primeira vez, eu percebo com absoluta certeza, o quanto as filhas são importantes para ele. Elas são parte da sua carne. Parte do seu sangue.
E Max daria a vida por elas, agora percebo isso.
- O nome dele é Emery Taylor - ele anuncia, me observando atrás de uma centelha de reconhecimento que não vem.
Quem é Emery Taylor e por que perseguiria duas crianças pequenas? Com base em que? Por que motivo?
Eu duvido que Evie e Maisy tenham feito algum mal ou ameaçado esse homem de alguma forma. Então só sobra uma alternativa.
Max.
Ah não, o que você fez, Max?
Eu estremeço, atingida pelo pensamento nauseante de que Max pode ter se ligado as pessoas erradas. Pessoas do tipo que não fazem distinção entre a idade das suas vítimas.
Pessoas com instinto de vingança.
O que ele diz a seguir, entretanto, soa bem diferente do que eu imaginava.
E esmaga o meu peito como um bloco de concreto.
- Talvez o conheça pelo seu apelido. Dixie.
Meus olhos dobram de tamanho. Um alarme soa perigosamente na minha cabeça, fazendo eu me encolher e querer sumir.
- Você disse Dixxie? - eu murmuro, a boca seca - Esse é o nome do...
Max balança a cabeça devagar, mostrando que já conhece a história.
- Tenho motivos para acreditar que ele seguiu você até aqui, Chloe.
Eu olha para ele, consternada. Não, não, não. O que ele está dizendo não parece fazer sentido algum. Exceto que...
Exceto que faz todo o sentido. Afinal, houve uma possível tentativa de invasão anteriormente e a placa do meu carro ficou nos registros da câmera.
O carro que ficou em poder de Dixxie após o nosso breve e infeliz encontro.
Ah não, Deus. Isso só pode ser um pesadelo.
- Mas por que? - eu pergunto em um fiapo de voz.
- Para me extorquir, provavelmente - Max solta o ar pela boca, como se não pudesse mais aguentar aquele fardo sozinho.
Ele está um caco. Arrasado, nervoso, apavorado. Posso sentir a tensão se esticando sob a sua pele como cordas invisíveis.
E tudo isso por minha culpa.
Merda. Merda. Não.
Isso significa que, de certa forma, Max estava certo quando acreditou que eu era uma ameaça a sua família. Meu caminho torto havia me feito chegar até aqui. Tinha me trazido até a mansão Lancaster, de encontro a uma segunda chance de fazer a coisa certa. De tomar as atitudes corretas.
Mas eu não tinha vindo sozinha, é claro. Havia arrastado o meu passado problemático até aqui comigo.
Uma pontada de dor atinge o meu coração. Tanto tempo me perguntando se Max estaria colocando a vida das filhas em risco... não parei para pensar que o risco poderia ser eu mesma.
- Max, eu não sabia - ouço minha voz cheia de desgosto. - Acredite em mim.
- Eu sei.
Ele se aproxima, pousando as mãos em meus ombros. Meus olhos se enchem de lágrimas e, sem hesitar, Max me puxa para os seus braços. Com a cabeça encostada em seu peito, sou capaz de ouvir as batidas irregulares do seu coração.
Seu corpo é quente e reconfortante. Quero ficar ali para sempre, sem dizer nenhuma palavra. Mas não posso. Muitas coisas precisam e devem ser ditas agora.
- Eu sinto muito - balbucio, com raiva de mim mesma por ter criado aquela confusão toda. - Sei que nem todo pedido de desculpa do mundo vai ser suficiente para você me perdoar. Mesmo assim, me desculpe por favor. Eu não queria causar nenhum mal às meninas.
Max acaricia a minha nuca com as pontas dos dedos. Eu faço todo o possível para me manter firme, mas estou desmoronando por dentro. Meu pai sempre me disse que, algum dia, as consequências dos meus atos iriam acabar me alcançando. Ele estava certo.
O que eu não esperava é levar Evie e Maisy para baixo comigo.
- Eu não culpo você - ele sussurra com os lábios no topo da minha cabeça, a voz cheia de carinho. - Não culpo você mesmo. Mas quero que me leve até ele, Chloe. Agora.
O que?!
Eu me afasto de Max para olhar em seus olhos. Suas mãos continuam em mim, ao redor da minha cintura. Ele não quer me largar. Eu não quero que ele me largue.
A conexão entre nós dois é inquebrável.
Mas seus olhos estão cravados em mim com uma súplica silenciosa. Para o meu desespero, eu percebo que não há mais qualquer hesitação neles.
Apenas uma convicção voraz.
- O que? Não! Isso é loucura. Ele é perigoso.
- Não importa - Max diz, segurando o meu queixo. - Só me leve até ele. Por favor.
- Não, Max!
- Estamos nisso juntos - insisto. - Além disso, eu posso ser de grande ajuda lá dentro...
- Fique aqui com vidros e portas trancadas - ele ordena, me dando uma olhada séria. - Chloe, por favor, não faça nenhuma besteira. Pense na quantidade imensurável de merdas que você já fez e me prometa que você vai tentar... vai tentar duro ... não foder com tudo outra vez - e completa com um olhar de sobreaviso: - Eu não gostaria de ter que te dar umas palmadas.
Eu travo o maxilar com vontade de mandá-lo ir tomar no cu.
Miserável.
Ele sorri, antes de estender a chave outra vez. Dessa vez, eu apenas estendo a mão e ele me entrega sem relutância.
- Eu já volto. Comporte-se.
Eu fico sentada dentro do carro, com um mau humor dos infernos. O que me conforta é saber que, enquanto estou bem aquecida, a bundinha de Max congela tentando conseguir um meio de entrar na boate.
Para o meu espanto, ele não demora nem quinze minutos para voltar.
- Conseguiu o que queria?
- Sim - responde, assumindo seu lugar atrás do volante e tirando a chave da minha mão. - Não foi assim tão difícil.
- Ótimo - resmungo, diante da sua presunção. - Estamos indo para casa?
Ele parece refletir por um momento, as mãos se apertando ao redor do volante.
E agora o que foi?
- Droga, eu não pensei nisso - Max emite um pequeno rosnado, batendo com o punho fechado na direção. Ele esfrega o rosto com as mãos em um gesto de puro nervosismo- Vou chamar um táxi para você.
- Não vai, não.
- Chloe... - seu tom de voz me recrimina, mas em seus olhos vejo sua determinação titubear quando volto a falar.
- Max, eu não sou uma garotinha ingênua. E, com certeza, não preciso ser protegida - asseguro, colocando a mão sobre a sua. A minha está quentinha, enquanto a dele está gelada do frio lá fora. O choque faz minha pele arrepiar. - Conheço essa gente. Sei como funciona. Me deixa ir com você.
Ele abaixa a cabeça e deixa escapar o ar pela boca antes de falar novamente:
- Eu nunca me perdoaria se alguma coisa acontecesse com você por minha causa.
Suas palavras fazem inflar um nó na minha garganta. Eu puxo minha mão bruscamente e me deixo cair contra o encosto do banco com uma expressão óbvia de desagrado.
- Agora você está sendo amável. Merda - reclamo.
Max me olha de esguelha, sem esconder a surpresa, antes de dar a partida no carro.
- Você prefere que eu seja grosso?
Eu levo menos de um segundo para responder:
- Prefiro. Pelo menos eu sei como reagir a isso.
Ele pisca algumas vezes, antes de jogar a cabeça para trás e dar uma gargalhada.
- Vocês, mulheres, são todas estranhas.
Tento conter um sorriso enquanto Max nos guia de volta através da escuridão.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: A Babá Perfeita
Parabéns, também gostei. Uma pergunta, és maranhense? Estive no Maranhão e como falam "pequena", "pequeno", "mulher", naquele lugar, kkkkk. Mas brincadeiras à parte adorei o Maranhão e adorei seu romance....
Amei a história! Vale a pena a leitura! Pena que não achei a continuação!...
Parabéns @RebecaSantiago! Além de um ótimo enredo, escreve muito bem e tem um português muito bom, o que torna a leitura melhor ainda. Depois deste, vou ler seus outros romances. Vc é admirável. Virei fã....
Ameiiiiiiii❤️❤️❤️❤️❤️❤️🥰...
Qual é a plataforma que está o seu livro: A ESPOSA PERFEITA??...
tirando o uso desnecessário de tantos palavrões é uma ótima historia...
Muito bom estou curtindo muito esta historia <3...