- Você tem certeza disso?
- Sim.
- Se achar melhor, podemos esperar...
Max sorri, empurrando para cima o zíper da calça.
- Eu não quero esperar mais. Eu me sinto como um maldito adolescente, Chloe. Por que iria querer esperar mais um minuto?
Ele afasta o cabelo do rosto, antes de se aproximar e pegar minha mão. Eu olho nos seus olhos e percebo que está falando sério. Ele não quer esperar.
Puta merda. Isso deveria soar maravilhoso, certo? Então por que, de repente, estou com vontade de colocar o café da manhã para fora?
Passamos a noite inteira juntos. Uma noite espetacular, por sinal. Max me proporcionou experiências incríveis, fantásticas. Meu corpo dolorido é a prova viva disso. E quando tentei escapar do quarto, no meio da madrugada, ele me impediu, jurando que não era necessário.
Diante disso, eu nem resisti. Atravessei a noite nos seus braços, coberta pelo seu corpo e pelo seu cheiro da cabeça aos pés.
- Você está com medo? - Max mexe na ponta do meu nariz com o indicador e eu o franzo, sorrindo. - Eu não - ele ergue minha mão e beija os nós dos meus dedos, um a um. Minha nuca arrepia e eu mordo a boca, observando do a reação nas suas pupilas dilatadas. - Porque agora eu tenho você, Chloe. E não tenho medo de nada.
Max deve perceber minha respiração acelerada, porque segura meu queixo e puxa minha boca para um beijo profundo e lento. Nossas línguas se tocam e entrelaçam, se acariciam, enquanto meus lábios se esfregam contra os dele em busca de um contato maior.
- Você confia em mim? - ele sussurra dentro da minha boca.
- Sim.
- Ótimo. Então vamos - diz, terminando o beijo com um selinho terno.
Nós descemos as escadas de mãos dadas, enquanto o meu coração parece que acabou de percorrer uma maratona.
Ao chegar na sala, eu paraliso. Abigail, Judith, Javier e até Jose estão de pé, reunidos em uma fila. Evie e Maisy estão colorindo um livro no chão, em silêncio. Mas a diversão acaba assim que todos os olhares recaem sobre nós, ao mesmo tempo.
É Max quem toma a palavra.
- Reuni todos aqui apenas para anunciar que a Srta Chloe Henderson e eu agora estamos namorando. Alguma objeção? - os olhos dele não se movem para ninguém em específico, mas eu vejo quando Abigail se encolhe ligeiramente em seu lugar.
Todos os empregados meneiam a cabeça em negativa.
Tento ver a expressão no rosto de Judith, mas seus olhos estão voltados para o chão. Será que ela vai me odiar? Eu detestaria se nossa relação mudasse por causa do que tenho com Max. Hoje Jud é a única amizade sincera que eu tenho.
- Ótimo. Vocês podem se retirar e voltar para as suas ocupações - Max sinaliza para que todos saiam.
Enquanto os empregados deixam a sala, Evie se levanta do chão repentinamente.
A pequena Maisy continua sentada com um sorriso arteiro nos lábios. Ela e eu trocamos um olhar de cumplicidade antes que Evie presenteie a todos com mais um dos seus ataques de fúria incontroláveis.
- Ela vai ser a nossa mãe agora, papai?
Meu cérebro esvazia rapidamente. Do que ela está falando? Posso sentir as ondas de raiva emanando do seu pequeno corpo em minha direção.
- É o que? - balbucio - Evie, não...
- Eu estou falando com o meu pai.
Eu engulo a vontade de esganar aquela peste.
- Chloe pode continuar sendo o que sempre foi para vocês - Max anuncia, apertando a minha mão com um pouco mais de força. - O meu relacionamento com ela mudou. Mas o de vocês não precisa mudar.
Olho para ele e seus olhos estão mais brilhantes e cheios de carinho, me fazendo relaxar um pouco ao seu lado.
Mas logo, a má atitude de Evie volta a encher o ambiente de tensão.
- Ah que ótimo - ela bufa, com um sorriso que não chega aos olhos. - Porque eu já tenho uma mãe e não vou deixar ninguém roubar o lugar dela.
O olhar que Max lança a garotinha é gelado e me faz estremecer dos pés a cabeça.
- Sua mãe não está mais aqui, Evie, e você precisa superar isso de uma vez por todas. Ela não vai voltar, a vida nunca mais será como era antes. Cresça, por favor.
Eu olho para ele, sem palavras. Não posso acreditar no que acabou de sair da sua boca. Que jeito horrível de falar com a própria filha. Evie é apenas uma criança! Uma criança irritante, malcriada e que precisa de uma correção urgente, mas ainda assim é uma criança.
Max encara a filha, irredutível.
Evie, por outro lado, parece prestes a desmoronar. Os olhos marejados traem sua postura auto confiante, assim como o tremular ligeiro dos lábios.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: A Babá Perfeita
Amei a história! Vale a pena a leitura! Pena que não achei a continuação!...
Parabéns @RebecaSantiago! Além de um ótimo enredo, escreve muito bem e tem um português muito bom, o que torna a leitura melhor ainda. Depois deste, vou ler seus outros romances. Vc é admirável. Virei fã....
Ameiiiiiiii❤️❤️❤️❤️❤️❤️🥰...
Qual é a plataforma que está o seu livro: A ESPOSA PERFEITA??...
tirando o uso desnecessário de tantos palavrões é uma ótima historia...
Muito bom estou curtindo muito esta historia <3...