A Babá Perfeita romance Capítulo 60

Resumo de Ato de Rebeldia: A Babá Perfeita

Resumo de Ato de Rebeldia – A Babá Perfeita por Rebecca Santiago

Em Ato de Rebeldia, um capítulo marcante do aclamado romance de Erótico A Babá Perfeita, escrito por Rebecca Santiago, os leitores são levados mais fundo em uma trama repleta de emoção, conflito e transformação. Este capítulo apresenta desenvolvimentos essenciais e reviravoltas que o tornam leitura obrigatória. Seja você um novo leitor ou um fã fiel, esta parte oferece momentos inesquecíveis que definem a essência de A Babá Perfeita.

- Abigail?

De pé no topo da escada, segurando no corrimão de madeira, eu observo a governanta erguer os olhos. Após uma breve surpresa, ela  atravessa a porta de entrada, com algumas sacolas de compras nas mãos e um meio sorriso de quem se desculpa.

- Ah, oi, minha querida. Estava me esperando?

Eu olho de relance através da porta, antes de Abigail fechá-la. É quase noite. A julgar pelo cabelo penteado em um coque baixo e as roupas elegantes da Sra. Hayes, os assuntos pessoais que a levaram a tirar o dia inteiro de folga deveriam ser mesmo muito importantes.

- Você saiu hoje cedo, está tão arrumada. Foi ver alguém?

Abigail me olha com alguma estranheza. Sei que estou invadindo a privacidade da mulher, mas não posso evitar aquela pergunta. Seu misterioso comportamento tem me deixado com um pé atrás.

- Fui resolver alguns problemas no banco. Depois, aproveitei para comprar algumas coisinhas no supermercado - justifica. - E não é só porque sou velha que devo andar fora de ordem, não é mesmo? O que houve? Você precisou de mim?

Dou de ombros, sem engolir seus argumentos.

- Não. Só queria ter certeza de que você está bem.

- Ah, querida. Não precisa se preocupar. Eu só ando um pouco cansada, mas estou tomando algumas vitaminas e vou ficar bem, logo logo - ela solta um suspiro trêmulo. - O Sr Lancaster está aí em cima?

O que ela quer agora, com Max?

- No quarto, descansando.

- Ótimo - Abigail assente, indo na direção da cozinha. - Você se importa de pedir que ele me encontre no escritório em alguns minutos? Eu só vou guardar essas compras.

Suas palavras despertam ainda mas a minha curiosidade. No entanto, Abigail já se retirou e, mais uma vez, eu me vejo obrigada a continuar tirando as minhas próprias conclusões.

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Deitado de costas na cama, Max parece relaxado, toda a concentração voltada para o livro que tem nas mãos. 

Meus olhos vagueiam do seu torso nu, passando então pela calça do pijama, que pende na cintura com os cordões soltos. Há pouco tempo, nós estávamos rolando por essa cama como dois animais no cio. E agora ele lê sobre...

Eu me aproximo, interessada para descobrir o título do livro. Quando vejo, deixo escapar um suspiro e reviro os olhos.

- Tem alguma regra de que grandes empresários só devem ler sobre administração de empresas? Credo, é tão óbvio. Por que não experimenta um pouquinho de ficção para variar?

Ele nem tira os olhos da página, mas abre um sorriso torto.

- Quem sabe um dia, você possa me emprestar um. Eu adoraria saber o que você lê, Chloe, ou o que faz. Quando não estamos fodendo, é claro.

Eu não consigo conter um sorriso. Só de falar em foder com Max Lancaster, eu já sinto vontade de colocar as palavras em prática.

- Claro. Vamos começar sua educação literária, logo logo. Que tal Blatty? O Exorcista.

Finalmente ele desvia os olhos do livro que tem mas mãos.

- Obrigado. Não estou a fim de ter pesadelos.

Surpresa, deixo escapar uma risadinha e Max me olha, em sinal de advertência. Mas eu não estou nem aí e resolvo colocar um pouco mais o dedo na ferida.

- Quer dizer que você tem medinho?

- E o fato de você não ter deveria ser preocupante.

Eu rio ainda mais.

- Então você admite que tem medo de terror, Max Lancaster?

Ele abre um sorriso de tirar o fôlego.

- E você admite que é totalmente psicótica, Chloe Henderson?

Eu aperto os lábios sem responder, dou as costas a ele e me aproximo do guarda roupa. Abro as portas, analisando detalhadamente o conteúdo atrás de algo apropriado para minha saída com Judith. A noite das garotas não sai da minha cabeça. Depois da decepção com Mallory, ter uma amiga é como um prêmio divino. Especialmente alguém como Judith, capaz de fazer um defunto começar a dançar.

- Posso ser psicótica, mas você é uma garotinha - finjo murmurar, mas estou falando alto o suficiente para que ele escute.

Ouço um farfalhar nos lençóis e olho por cima do ombro.

- Por que você não vem aqui e deixa essa garotinha mostrar uma coisa a você?  - ele se ergueu nos cotovelos, largando o livro sobre a cama. O movimento fez seus bíceps flexionarem absurdamente. 

Eu coço a nuca, bastante tentada.

- Não posso. E você também não - digo, me lembrando de algo. - Eu quase esqueci. Abigail quer falar com você no escritório, Max

Ele me olha, confuso.

- Ela já chegou?

- Sim. Pediu que fosse encontrá-la...

Paro de falar quando percebo que Max já está enfiando a camisa pela cabeça de qualquer jeito. Ele termina, pulando para fora da cama, e se aproxima de mim. Me puxa para os seus braços e beija minha boca com entusiasmo. 

Minha nossa.

A urgência nos seus movimentos me faz sorrir.

- O que está acontecendo, afinal?

Ele sorri, esfregando o nariz no meu.

- Só não quero ter que mentir para você nunca mais.

Eu ergo a mão, acariciando devagar o seu rosto. Com os dedos, aliso a ruga entre suas sobrancelhas grossas e escuras, até vê-la desaparecer.

- Então não minta.

- Não vou. Nunca mais - ele promete, com um suspiro, encostando a testa na minha. -Eu amo você, Chloe. Mais do que pode imaginar.

- Eu amo você também - respondo, com o coração acelerado. Por que ele está dizendo essas coisas? Nos já não tivemos aquela conversa mais cedo? Sobre honestidade e tudo mais? Qual o sentido disso agora?

- Você vai sair? - ele pergunta e, só então, eu me lembro que estou segurando um cabide com um vestido nas mãos.

Eu abro um sorrisinho pretensioso.

- O que você acha? - dou um passo para trás e coloco a peça na frente do corpo, me virando de um lado para o outro, para que ele possa admirar todos os possíveis ângulos. O tecido é branco com um decote cruzado profundo e uma saia evasê.  - Foi Evie quem escolheu. Acho que ela tem um senso de moda invejável.

- Você mesmo disse que o Dixxie não representa mais perigo - eu viro o jogo, atirando as palavras de Max contra ele mesmo. - Você pagou a dívida da Liv, não pagou? Por que Dixxie iria querer causar mais problemas?

 - Não sei. Mas de gente como ele, eu espero qualquer coisa, Chloe. Você não? Agora que ele sabe que nós dois estamos envolvidos, pode tentar arrancar mais dinheiro de mim através de você.

- Max, não vamos ser paranoicos - eu reviro os olhos com incredulidade. - Amo você, mas não vou me tornar uma prisioneira nessa casa.

Ele grunhe qualquer coisa. 

Estamos passando agora para o Modo Homem das Cavernas. Isso é ótimo.

- Estou pedindo que tome cuidado, Chloe - Max bufa, colérico. - Sei que você é propensa a se envolver em problemas e não quero ter...

- Não quer ter o que? - eu quase grito, a beira da histeria. Nós dois nos encaramos, um duelo mortal de olhares. A veia na lateral do seu pescoço garante que ele não está menos furioso do que eu. - Você quer saber? Se não confia em mim, ótimo. Mas não pode me proibir de sair dessa casa. Sou adulta, tomo minhas próprias decisões.

Ele se afasta, com um olhar de sobreaviso.

- Não posso proibir você de sair dessa casa, Chloe. Você tem razão. Mas posso trancar você nesse quarto. O que acha disso?

Suas palavras roubam o chão debaixo dos meus pés.

- Você não se atreveria.

- Ah, quer apostar? - o peito dele sobe e desce, ofegante. - Sou capaz de tudo para ver você em segurança, pequena.

Eu fico em silêncio, minha própria respiração também saindo irregular. Que inferno. Por que Max precisa ser tão idiota na maior parte do tempo? Como sei que não adianta discutir quando está bancando o dono da verdade, cruzo os meus braços também e decido declarar guerra.

- Tudo bem, Max. Você venceu - digo, transtornada. - Não vou sair dessa casa, não vou sair desse quarto, nem dessa cama. Vou ficar trancada aqui para sempre se é isso o que você quer - eu vou até a cama e caio sentada nela, o colchão balançando com o meu peso. - Satisfeito agora?

Ele bufa, colocando as mãos atrás da nuca.

- Por favor, Chloe. Não seja tão dramática. Eu só... só estou fazendo isso pelo seu bem.

- Está fazendo isso porque é imbecil mandão.

Ele solta o ar pelo nariz com um touro furioso. Acho que peguei pesado.

Excelente.

- Fique sentada aqui por dez minutos, ok? DEZ MINUTOS - ressalta as palavras, mostrando a mesma quantidade de dedos nas mãos. - É só isso o que eu te peço. Depois eu vou voltar e nós conversamos.

Eu suspiro, olhando as unhas pintadas dos pés.

- E então você vai me contar o que está acontecendo entre você e Abigail?

- Entre eu e...? - lanço a ele um olhar de advertência , que o faz repensar a estratégia - Certo, conto tudo em detalhes minuciosos. Melhor assim?

Não me dou ao trabalho de responder suas ironias. Apenas encaro a parede do outro lado do quarto com firmeza. Se ele precisa de dez minutos, então vai ter os seus dez minutos.

Com um suspiro aliviado, deixa o quarto. Fecha a porta cuidadosamente atrás de si, mas não  tranca como havia ameaçado.

Eu me arrasto então para fora da cama. De volta ao guarda roupa, começo minha tarefa de escolher um sapato e brincos para combinar com o vestido.

De jeito nenhum, Max vai me dizer onde eu vou ou onde deixo de ir. Não se não tiver um bom motivo.

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