RODRIGO
.
.
Passei a merda do meu fim de semana inteiro morgando, sem ânimo pra fazer porra nenhuma.
Ninguém sentia pena de alguém que traiu a noiva por causa de uma buceta diferente, na visão popular feminina, eu era o pior tipo de homem existente no mundo, um traidor sem vergonha era pouco pra me definir.
Eu já acordei de mau com a minha vida, e fui pro trabalho querendo esmurrar alguém, mas eu tinha que colocar a capa do bom chefe, do bom amigo e da pessoa evoluída que eu me tornei depois de ter feito algumas terapias na tentativa de encontrar o meu verdadeiro eu.
— Bom dia pessoal.
Falei indo direto pra minha sala.
No tempo que estive ausente do trabalho, o Demétrio conseguiu dobrar a minha tabela de clientes, fazendo o faturamento da empresa ter um grande crescimento, isso fez dele um chefe e administrador melhor do que eu, então eu dei a ele o cargo de presidente da empresa, dando a ele o poder de continuar tomando decisões dentro da empresa.
Em três meses, além da minha vida pessoal, a minha vida profissional também mudou, com o aumento dos clientes, a nossa equipe também cresceu, e tivemos que mudar de prédio, e conseguimos um, bem maior que o primeiro.
Demétrio: Bom dia meu fi, que cara é essa?
— A mesma dos últimos três meses.
Falei sem muita paciência.
Demétrio: Sai dessa Rodrigo, já está na hora de virar a página e sair dessa depressão.
— Acho que só vou sair dessa, quando a Melissa me der outra chance.
Demétrio: Ah meu amigo, isso tá cada vez mais longe de acontecer viu?
— Como assim? O que você sabe que eu não sei?
Demétrio: Não vai falar que eu te contei, se não vai sobrar pra mim, tá ligado?
— Fala logo macho.
Demétrio: A Melissa está partindo pra outra já.
— Porra! Eu já estava desconfiado, quando a Rayssa soltou algo que deu a entender isso. Quem é o filho da puta, você sabe?
Ele ficou calado, como se soubesse quem era, mas estivesse com medo de falar.
— Abre a porra dessa boca Demétrio?
Falei irritado.
Demétrio: Acho melhor você não ficar sabendo Rodrigo, não vai mudar nada você saber quem é o cara.
— Não vai me dizer que é alguém que eu conheço? Fala logo Demétrio.
Demétrio: Tá bom porra, que cara louco, vou falar, mas se vazar que foi eu que disse, você me paga.
É o Diego.
— Diego? Que Diego? Eu não conheço nenhum Diego.
Ele ficou me encarando por alguns segundos, e eu fiquei tentando lembrar se eu conhecia algum Diego.
— PUTA QUE PARIU, VOCÊ TÁ DE BRINCADEIRA COMIGO DEMÉTRIO?
Falei aos berros.
Demétrio: Era por isso que eu não queria falar, você tá transtornado cara, se controla, a gente tá na empresa.
— Você tá me falando que o Diego é o mesmo Diego que estava trepando com a Yanka? É sério isso?
Demétrio: É sério cara, eu escutei um áudio que a Melissa mandou pra Rayssa sem querer.
No áudio ela dizia assim: Eu vou conhecer o Diego melhor, ele parece ser um cara maravilhoso e a vagabunda da Yanka não sabe o que perdeu.
— FILHO DA PUTAAAA.
Demétrio: Rodrigo, é sério cara, você vai deixar os funcionários assustados, cala a porra dessa boca.
— E como foi que essa merda aconteceu? Como eles se conheceram?
Demétrio: Aí eu já não sei.

Verifique o captcha para ler o conteúdo
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: A filha do meu padrasto