O Rodrigo desceu do carro e caminhou até mim, tomando o cuidado de ficar a 1 metro de distância.
Rodrigo: Que coincidência te encontrar aqui.
Falou como se nada tivesse acontecido.
— Você quer dizer castigo não é?
Falei sem muita paciência.
Rodrigo: Não precisa ser assim entre a gente Mel, podemos ser amigos.
— Se você é capaz de trair sua parceira, a pessoa que você chama de mulher da sua vida, imagina o que você não é capaz de fazer com uma amizade.
Rodrigo: Caralho, que pesado. Desculpa, espero que um dia você possa me perdoar.
Eu estava me segurando pra não falar da Yanka, eu estava mordendo a língua pra não tocar nesse assunto, mas eu não consegui.
— E a Yanka? Já tentou fazer amizade com ela também? Agora está mais fácil já que ela voltou.
Rayssa: Para Mel, não vale a pena.
Falou me entregando as chaves.
Rodrigo: Como você sabe que ela voltou? Andou me investigando?
— Não, mas seu amigo fala alto demais.
Falei abrindo a porta do meu carro.
Rodrigo: Vou ser amigo dela na mesma proporção que você é amiga do Diego.
Eu entendi exatamente o que ele estava tentando dizer.
Ele praticamente me ameaçou na minha cara, deixando claro que se eu me envolver com o Diego, ele faria o mesmo com a Yanka.
— Então pode começar levando ela pra viajar, é o que eu e o Diego vamos fazer.
Falei entrando no carro e fechando a porta, enquanto ele tentava abrir pelo lado de fora feito um louco.
Ele bateu no vidro da minha janela duas vezes antes de eu arrancar com o carro.
Eu sabia que eu tinha mexido com uma fera, mas eu estava cansada de me sentir por baixo.
Fui chorando durante todo o percurso até o meu apartamento, pois tudo estava me abalando mais do que deveria.
Quando cheguei no meu apartamento, coloquei tudo o que eu iria precisar na mala, roupas, biquínis, peças íntimas, calçados, maquiagem, produtos pessoais e etc...
Eu sabia que seria só por um fim de semana, mas eu não queria correr o risco de esquecer de alguma coisa.
Quando eu olhei o celular, tinham sete ligações do Diego, uma mensagem perguntando se eu tinha desistido da viagem, e 4 ligações do Rodrigo.
— Palhaço, quem ele pensa que é pra passar na minha cara que vai foder a Yanka? Tudo bem que ele não falou isso, mas deu a entender. Que ódio. Falei pra mim mesma.
Decidi então ligar pro Diego.
— O outro jeito é você confiar em mim.
Diego: Eu confio em você Melissa, só não confio nele.
— Tá bom, vamos conversar sobre isso melhor amanhã, tudo bem? Eu também tenho alguns assuntos pra falar com você.
Diego: Sobre o quê?
— Amanhã Diego.
Diego: Sim senhora.
Falou rindo.
Amanhã te pego as 06:00, vamos em um vôo particular, porém eu preciso estar em Salvador cedo.
— Tudo bem, então precisamos dormir.
Diego: Boa noite Mel.
— Boa noite Dih.
Eu estava ansiosa pra encontrá-lo, eu não sabia como seria o nosso encontro, já que eu só o vi uma única vez, naquele terrível dia, mas eu já o conhecia tão bem, que parecia que passamos esse tempo todo nos encontrando.
Fui na cozinha, tomei um copo de leite com biscoito, depois fui tomar um banho, escovei os meus dentes e quando eu deitei na cama pra dormir, o meu celular avisou que havia chegado uma mensagem, mas quando eu vi que era do Rodrigo, preferi não ler, pois eu não iria deixar ele estragar minha noite, nem a minha viajem.
Fechei os meus olhos e dormi.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: A filha do meu padrasto