Eu me senti uma fraca, que sempre sedia as investidas dele, e o pior era saber que eu gostava e não fazia exatamente nada pra mudar isso.
Ele levantou a minha saia, e colocou a mão por dentro da minha calcinha, que estava toda molhada.
Ele disse que não sabia o motivo de eu lutar tanto contra o que eu sentia, se o meu corpo sempre o chamava, e isso foi o suficiente pra eu reagir.
A minha luta não era contra o Rodrigo, e sim contra mim mesma, e que eu estava mais uma vez deixando ele fazer o que queria com o meu corpo.
Eu o empurrei, coloquei a minha roupa no lugar, caminhei até ele, o encarei e deixei bem claro que ele não era o meu dono, e que eu não era o brinquedo sexual dele.
Na tentativa dele se defender, ele começou a me atacar, dizendo que eu fui lá na intenção de ser fodida por ele, que além de ter ido com um palmo de saia, eu só troquei algumas palavras com ele, e eu poderia muito bem ter feito isso por telefone, mas mesmo assim fui porque eu estava louca pra dar a minha buceta pra ele.
Vê-lo falando assim de mim com tanta vulgaridade, acabou comigo.
"Quando eu vou entender que o Rodrigo não é o cara certo pra mim? Que ele é um escroto filho da puta?"... Pensei.
Eu já não tinha mais controle sobre as minhas lágrimas, eu dei um tapa nele, deixando em evidência toda a minha raiva e o meu rancor, e disse pra ele nunca mais abrir a boca pra falar comigo daquela forma.
Ele pareceu não acreditar no que eu tinha feito.
Eu dei as costas e fui embora, sentindo toda a humilhação que ele sempre me fazia sentir, além da vergonha que eu sentia de mim mesma por sempre me prestar a esse mesmo papel.
Com o rosto coberto por lágrimas, eu peguei um taxi e pedi pra me deixar na praia, pois eu não poderia aparecer na casa da Laura com o rosto tão desfigurado.
Eu nunca havia passeado por ela desde quando cheguei em Fortaleza pela primeira vez, o único contato que tive com a praia, foi quando o Diego me levou pra jantar no nosso primeiro encontro.
Toda vez que me lembrava da chance que perdi ao lado dele, eu me culpava.
Quando cheguei na praia, tirei minhas sandálias, e caminhei na areia, já estava no fim da tarde, o sol já estava se ponto, algumas pessoas estavam correndo na areia, surfistas estavam saindo do mar, e eu sentei, observando o movimento, tentando ter paz pelo menos por alguns minutos.
Foi quando um surfista loiro, corpo sarado, ficou me observando, enquanto conversava com um grupo de amigos.
Nossos olhares se cruzavam algumas vezes, mas eu estava com os olhos tão vermelhos, que senti vergonha de olhá-lo.
Ele se afastou dos amigos, colocou a prancha no chão se aproximou de mim, e eu fui obrigada a encará-lo.
Os olhos dele eram castanhos cor de mel, e ele tinha covinhas no rosto, que ficavam visíveis quando ele sorria.
" Você está bem moça "?
Perguntou.
— Eu estou parecendo bem?
Perguntei com grosseria.
" Foi mal aí, eu só fiquei preocupado com você ".
Falou me dando as costas.
"Que estúpida que sou!"...
Me repreendi mentalmente.
— Espera...
Ele parou e olhou pra trás.
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