YANKA
.
.
Eu não queria medir forças com a namorada do Rodrigo, aquilo tudo era só diversão para mim.
Embora eu soubesse que minhas atitudes eram erradas.
Eu deveria me colocar no lugar dela e parar de ficar no meio do namoro entre os dois, e desistir de fazer o Rodrigo pagar pelo o que ele disse.
Eu nunca desisti de uma vingança, mas naquela vingança eu estava fazendo outra mulher sofrer, e isso não era legal, e eu tinha que deixar essa história para trás, antes que eu começasse a nutrir algum sentimento pelo Rodrigo.
No final, somente eu sairia machucada, pois ele nunca deixaria a Melissa pra ficar comigo.
Limpei toda a bagunça que ela deixou ao quebrar os pratos, depois fiz outros dois sanduíches, comi o meu e deixei o outro para o Rodrigo, pra ele comer quando voltasse.
Peguei meu celular e procurei o número do carinha que me ajudou com as sacolas no Shopping.
— Vamos ver o que você tem de interessante Diego, falei enquanto discava o número dele.
— Diego Falando...
— Olá Diego, eu sou a Yanka, a moça que você ajudou no outro dia com as sacola no shopping.
Diego: Oi, você ligou mesmo. Achei que você só pegou meu número por educação.
Falou rindo.
— Então, hoje eu estou livre. Você quer sair para gente se conhecer melhor?
Diego: Claro que sim. Onde encontro você?
— Eu não conheço bem a cidade, sou nova aqui, e estou passando um tempo na casa da namorada do meu pai.
Se eu te passar minha localização, você pode vir me buscar?
Diego: Posso sim, me envia pelo W******p.
Depois de combinar tudo com o Diego, fui para o quarto me arrumar.
Escolhi um vestido lindo, azul turquesa que fazia eu me sentir poderosa.
Usei meu babyliss pra deixar meus cabelos ondulados, fiz uma maquiagem e fiquei mais linda ainda com toda a produção.
Recebi uma mensagem do Diego avisando que tinha chegado.
Peguei um papel e uma caneta, anotei um recado e deixei em cima da mesa da cozinha para o Rodrigo antes de sair.
Eu precisava tirar da minha cabeça toda aquela ideia de me vingar do Rodrigo, e focar na minha vida.
Quando saí de casa, me deparei com um volvo branco.
O Diego desceu, vestindo uma camisa preta e calça jeans, e um sorriso que ia de ponta a ponta.
Diego: Você está maravilhosa.
Ele me deu um beijo no rosto e abriu a porta do carro para mim como um verdadeiro cavalheiro.
— Onde você vai me levar Diego?
Perguntei enquanto o via sorrindo para mim.
Diego: Vou te levar em um restaurante que eu gosto e espero que você goste também.
Eu concordei e passamos todo o percurso conversando sobre o turismo de Fortaleza, o meu assunto preferido.
— Quero trabalhar como guia.
Eu gosto de viajar, sabe? De conhecer a história dos locais onde vou.
Por isso que vivo acompanhando o meu pai para todo canto.
Mas dessa vez, vou ficar por aqui.
Diego: Aqui é um ótimo lugar pra você começar Yanka.
Você vai se sair muito bem.
— E você, seu Diego, como um cara bonito e simpático como você não tem namorada ainda?
Diego: Terminei um namoro há três meses. Na verdade ela terminou comigo porque viajo demais.
— Já conheço essa história, meu pai se separou da minha mãe pelo mesmo motivo, sabia?
Diego: Não brinca?
— Sério. Nem todo mundo tem essa maturidade de saber que isso faz parte do trabalho da pessoa. Você tem que se relacionar com alguém que seja desse mesmo meio para entender.
Diego: Então pela lógica eu deveria namorar com você?
— Talvez Diego, quem sabe. Falei com um sorriso no rosto.
Ele chegou mais perto de mim, e me beijou.
Era um beijo gostoso e empolgante.
Daqueles que não é fácil largar.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: A filha do meu padrasto