RODRIGO
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Eu saí da casa da Melissa com muita raiva. Fiquei frustrado por não conseguir falar com ela.
No fundo eu sabia que a Rayssa estava apenas tentando proteger a amiga.
Tudo bem que flores e jóias não iriam resolver nada, mas pelo menos ela saberia que eu me importava.
Cheguei em casa e fui direto para o meu quarto, não senti vontade de fazer nada, apenas fiquei lá trancado esperando o tempo passar.
Eu estava com fome, mas não queria correr o risco de ver a Yanka.
Mandei uma mensagem pra Melissa, eu estava com tanta vontade de vê-la, de me desculpar, de beijá-la.
Mas ela não me respondeu.
No fim da tarde minha mãe chegou de viagem com o Pyter.
Eu desci para cumprimentá-los, porém não estava muito afim de conversar, minha mãe percebeu, porém não fez muitas perguntas.
Eu só queria sair dali, pois a presença da Yanka estava me sufocando de uma maneira absurda.
Na hora do jantar estavam todos na mesa.
Desci e avisei para minha mãe que iria jantar na casa do Demétrio, ela fez uma cara de desagrado, porém tentei ignorar.
Cumprimentei o Pyter e fui pra casa do Demétrio tentando tirar da minha cabeça tudo o que aconteceu na noite anterior.
Eu já tinha decidido que recuperaria o controle da minha vida, mas toda vez que eu encontrava a Yanka, eu sentia uma vontade incontrolável de beijá-la e possuí-la.
Porém eu tinha um relacionamento a zelar e era por esse relacionamento que eu precisava me manter distante.
Assim que cheguei na casa do Demétrio, encontrei a Rayssa, que ignorou totalmente a minha presença.
A Melissa já havia contado para ela tudo o que tinha acontecido, então certamente aquela raiva não passaria tão cedo.
Ela se trancou no quarto enquanto eu e o Demétrio fomos para o quarto dele.
Decidimos pedir uma pizza para comer, enquanto a gente jogava.
Demétrio: Cara, já decidiu o que vai falar pra Melissa?
— Ainda não, mas com certeza não vou poder falar a verdade.
Demétrio: Você sabe que quando essa bomba estourar, vai ser pior, não sabe?
— Vou fazer o possível para que ela não saiba, eu não posso perder ela mano.
Algum tempo depois a Rayssa bateu na porta.
Rayssa: Demétrio, eu vou sair com a Melissa agora e vou chegar um pouco tarde, tá bom?
— Melissa? Ela está aqui? Perguntei.
Rayssa: Está Rodrigo, mas não é para ir lá...
Mas ela estava irrevogável na decisão de me punir.
Mandou eu calar a boca ao tentar impedi-la de sair, passando na minha cara que o mesmo direito que eu achava que tinha de magoá-la, ela também tinha.
O que não era nenhuma mentira.
Fiquei surpreso com tanta agressividade.
A Melissa não era assim.
Quando a vi entrar no carro, peguei o meu e a segui.
Fui movido pelo meu ciúme, ao imaginar alguém se aproximando dela, vestida daquele jeito e ainda sem mim.
Esperei ela entrar na balada, e entrei logo atrás, deixei uma cabine privativa reservada para alguma emergência.
Fiquei a distância, a observando.
Quando ela começou a dançar, fiquei tenso.
Ela parecia não se importar com quem estava à volta dela, e o vestido definitivamente estava muito curto.
Quando vi um cara se aproximando dela, não tive outra atitude além de ir até ela e tirá-la de lá.
Peguei ela pela mão e levei até o espaço privado.
Eu estava consumido pelo ciúme.
Ela precisava me explicar o porque estava agindo daquele jeito.

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