Não ter o controle sobre os próprios sentimentos era assustador.
Você sabe que é errado, sabe que vai machucar alguém, mas você não consegue evitar.
Tudo passa a doer.
Olhar pras pessoas dói.
Tudo o que fiz com o meu quarto, foi pensando em fazer em mim mesmo.
Eu merecia ter a minha cara quebrada e o meu coração partido.
Quando eu olhei pra situação do meu quarto, eu vi que eu tinha mais um problema pra resolver.
— Como vou explicar isso pra minha mãe?
Rapidamente tranquei a porta do meu quarto, não queria correr o risco dela chegar e entrar de uma vez e presenciar o meu descontrole.
Comecei a juntar os cacos de vidros do espelho, depois coloquei no cantinho da parede a minha escrivaninha com as pernas quebradas.
Olhei pro meu notebook partido ao meio e me arrependi, tinha coisas importantíssimas nele.
Olhei pra minha mão e estava ferida, aquilo não daria pra esconder.
Separei tudo pra jogar no lixo quando a minha mãe não estivesse em casa, menos o notebook, pois eu teria que tentar salvar os meus arquivos.
Eu também precisaria de alguns móveis novos.
Fui pro banheiro tomar banho no limite do cansaço, depois deitei na cama, e sem pensar em nada, acabei dormindo.
Eu estava completamente acabado.
Minha mãe bateu na porta às 07:00 da manhã para me chamar pro café, olhei em volta do meu quarto me dando conta do que tinha acontecido no dia anterior.
— Vou só tomar um banho mãe, desço já. Falei.
Agradeci internamente por ela ter me acordado, pois com o celular quebrado, e o despertador despedaçado, eu jamais teria acordado a tempo de ir comprar o anel da Melissa.

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