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A filha do meu padrasto romance Capítulo 88

RODRIGO

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Já estava virando costume acordar com a cabeça doendo, desde que me apaixonei pela Yanka, ficou frequente.

"Hoje é a porra do almoço com o filho da puta do namorado da Yanka, eu não acredito que ela vai ter coragem de fazer isso"... Pensei.

Coloquei uma roupa e desci na intenção de encontrá-la, mas quando cheguei na cozinha, só encontrei a minha mãe e o Pyter, já sentados pra tomar café da manhã.

Fingi que tinha esquecido de pegar algo e voltei, com a intenção de ir no quarto da Yanka, mas a encontrei já descendo as escadas.

Eu sabia que a minha mãe e o Pyter estavam ocupados tomando café, então eu não vi problema em abordá-la ali mesmo.

Eu queria convencê-la a desistir daquela loucura, mas ela estava irredutível, e ainda mandou eu parar de me sentir dono dela.

Eu não tive tempo de responder, ela saiu andando rápido, evitando que eu a pegasse pelo braço, como venho feito todos esses dias.

Fui pro meu quarto, tentando não explodir.

Os meus nervos estavam a flor da pele, quando finalmente me senti mais calmo, eu desci pra me juntar a ela e aos nossos pais no café da manhã.

Tentei ignorar os olhares da minha mãe em minha direção.

Ela estava super chateada comigo, pelas coisas que aconteceram com a Melissa e que eu escondi dela.

O Pyter continuava sendo gentil, o que me deixou aliviado.

Percebi que a Yanka praticamente engoliu a comida, ela parecia querer sair de perto de mim o quanto antes.

Logo depois ela se levantou e saiu, me deixando sozinho com o Pyter e minha mãe.

Mãe: Eu espero que você não tenha convidado a Melissa, Rodrigo.

— É claro que não, mãe.

Pyter: Meu amor, vamos deixar esse assunto pra lá.

Laura: Nem tudo da pra ser ignorado Pyter, eu e o Rodrigo nunca fomos de esconder nada um do outro, e agora eu fico sabendo das coisas pela boca de qualquer pessoa, menos da boca dele.

Fiquei irritado, me levantei e fui pro meu quarto.

Eu poderia sair quebrando tudo dentro de casa, mas eu estava tentando trabalhar o meu auto controle.

Eu precisava desabafar com alguém, e fazia tempo que eu não tinha uma conversa com o Demétrio.

Peguei a caixa do celular novo, coloquei o meu chip dentro e liguei.

Demétrio: Já bateu a saudade?

— Vai se foder, maluco.

Demétrio: Já vi que tá com problemas. Quer que eu vá aí?

— Não precisa, eu só liguei pra desabafar mesmo, precisando do conselho de alguém normal.

Demétrio: Velho, pra você me chamar de normal, você só pode estar maluco mesmo. Mas diz aí, o que tá pegando?

— Eu fiz a pior burrice da minha vida quando pedi a Melissa em noivado.

Demétrio: Porquê você está falando isso cara?

— Porque eu noivei com ela pra dar um castigo na Yanka, mas eu tô apaixonada por essa ninfeta do cão Demétrio, eu estou completamente fodido da cabeça, e pra piorar ela arranjou um namorado e vai trazer ele aqui hoje pra almoçar.

Demétrio: Puta que pariu Rodrigo, como você foi deixar isso chegar a esse ponto cara? E agora, como você vai resolver essa parada?

— Não sei mano, eu comi a Yanka ontem, e estava decidido a largar tudo por ela. Eu terminaria com a Melissa se a Yanka quisesse, mas ela não me quer, ela disse que eu não sou homem pra ela.

Minha mãe e o Pyter já tinha voltado, quando escutamos o som da campanhia, e minha mãe foi atender.

Quando eu vi aquele cara entrando na minha casa, eu senti o meu sangue ferver.

Fiquei em pé olhando pra ele.

Tinha cara e jeito de mauricinho, cheio da grana.

O Pyter foi logo apertando a mão dele, e minha mãe ficou cheia de sorrisos e simpatia.

Quando a Yanka desceu, eu tentei ao máximo não voar em cima do cara, ele não só a elogiou, como a beijou na minha frente e eu não pude fazer nada.

Minha mãe disse que eles combinavam um com o outro e eu não consegui segurar a língua dentro da boca.

Falei que era cedo demais pra fazer aquele tipo de afirmação.

O que me deixou mais puto da vida foi o fato dele me responder, e ainda insinuar que ainda tinha mais coisas pra mostrar pra Yanka, dando um duplo sentido na frase.

Eu poderia esmurrar ele, ali mesmo na frente de todo mundo, a sorte dele foi que a Yanka o carregou logo pra cozinha.

Sentei bem de frente pra eles, pra que a Yanka pudesse ver o quanto eu estava com raiva.

"Ela me encarou de volta, sem transparecer medo.

Mas eu queria que ela sentisse medo de mim? Que tipo de imbecil eu sou?"... Pensei.

O Pyter foi logo tirando brincadeiras com o idiota do Diego, perguntando como ele havia caído na lábia da Yanka.

Mas uma vez não consegui me controlar.

Eu queria deixar claro que sabia exatamente qual era o tipo dele, que se aproveita da inocência das mulheres, era ela que tinha caído na lábia dele.

Mas ele me respondeu com ironia, o que me deixou intrigado.

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