POV: DAIMON
“Intensa, verdadeira e corajosa.” Fenrir rosnou em minha mente enquanto analisava a pequena humana diante de mim. Seus olhos cor de mel me fitavam com uma curiosidade ingênua, mas desafiadora. Ela era frágil, mesmo assim, não se dobrava. Eu via a coragem misturada ao medo em seus olhos delicados.
— Cumpra com os seus teste, pequena Airys Monveil. — Ressoei bruscamente a soltando, me levantando, a observação fria em meu semblante. — Se torne forte e me prove sua essência e valor.
Caminhei para sair, parando ao ouvir aquelas palavras.
— Você também foge. — Ela disse baixo, se sentando na ponta da cama e encarando em minha direção.
Meu maxilar travou. Girei o rosto para encará-la de soslaio, estreitando os olhos
— Fujo? — Estalei a língua irritado com a mera sugestão.
“Que Audácia” Bufou meu lobo.
— Quando me aproximo, você se afasta como na cabana. — Airys se ergueu vindo em minha. Senti seu aroma antes mesmo do seu toque, um perfume doce misturado ao medo que exalava de sua pele. Ela hesitava. Seus dedos tremiam, e o leve engolir em seco denunciava sua luta interna. Porém, mesmo assim, continuou.
Seus braços envolveram minha cintura pousando a testa contra minhas costas, um arrepio correu por meu corpo. Minha respiração falhou por um instante. Seu calor e emoções pareciam se fundir a minha essência, contrastando com o tremor sutil que percorria seus dedos.
Estranho.
Meu corpo reagiu contra minha vontade. Um estremecimento inesperado, um arrepio feroz, como um choque atravessando minha espinha. Minha mão se fechou em punho, lutando contra o impulso primitivo de a segura e puxar para mim.
O que diabos foi isso?
Preciso a afastar. Devo repelir essa fraqueza.
— Você foge de mim! — Concluiu a pequena coelhinha.
Cerrei os punhos, a paciência se esgotando em um fio. Em um movimento brusco, feroz, me livrei de seu toque e a obriguei a recuar. O choque em seus olhos foi instantâneo, mas não dei espaço para fuga. Avancei, empurrando-a contra a parede, prendendo-a com os braços ao lado de sua cabeça. Minhas presas se projetaram, afiadas, enquanto um rosnado baixo reverberava em meu peito. As garras se estenderam, afiado e ameaçador.
— Basta um gesto... e seus olhos já gritam o medo que te consome. — O punho cerrado encontrou a parede acima de sua cabeça em um impacto seco. Airys piscou, a respiração falhando, os lábios se entreabrindo em um reflexo involuntário. — Seu cheiro te entrega. Seu corpo a trai. — Inclinei o rosto, aspirando sua essência que oscilava entre o terror e o desejo. — Sua pele se arrepia... entre o pavor e o desejo.

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