Entrar Via

A LUNA HUMANA VENDIDA AO ALFA SUPREMO romance Capítulo 49

POV: AIRYS

— O quê? — sussurrei, sentindo minha garganta secar enquanto apertava as mãos trêmulas contra o próprio corpo.

Daimon desceu lentamente os olhos por mim, sem pressa, avaliando cada detalhe, cada curva revelada pela roupa de treino justa. Seu olhar queimava, mas não de desejo, era algo mais sombrio, mais intenso, quase como...

“Ciúmes?” Não, estava novamente romantizando algo com uma fera.

Ele bufou, irritado, semicerrando os olhos cravando sobre mim.

— O que eu faço aqui? — Arrisquei perguntar, meu tom mais firme do que me sentia. Dei um passo à frente, o coração batendo dolorosamente no peito.

A resposta veio como um trovão feroz e imponente:

— Tragam os prisioneiros. — Ressoou friamente em uma ordem implacável carregada de um rosnado contido.

A sala pareceu estremecer.

As portas atrás de mim se abriram com um estalo. Um cheiro pútrido e sufocante tomou conta do ambiente. Sangue. Sujeira. Desespero. O som de correntes arrastando no chão fez cada músculo do meu corpo enrijecer. Lentamente, virei-me para olhar, e o que vi me fez congelar, minha respiração vacilou.

— Malik? Papai? — Minha voz saiu em um sussurro sufocado, os olhos arregalados em puro choque.

Eles estavam irreconhecíveis. Seus corpos cobertos de hematomas grotescos, os olhos inchados, os rostos quase desfigurados. As roupas estavam rasgadas e sujas de imundície e sangue. Gotas escarlates escorriam das feridas abertas, manchando o chão conforme os guardas os arrastavam. Eles mal conseguiam se manter em pé, as pernas cedendo sob a própria fraqueza.

Foi então que notei as correntes.

Prata.

Os punhos e tornozelos estavam brutalmente marcados, a pele em carne viva, queimando sem cessar. Nos pulsos de Malik, o osso já estava visível, a pele corroída pela pressão da algema que impedia qualquer tentativa de regeneração. O cheiro metálico do sangue se misturava ao ar pesado da sala.

O horror me tomou por completo. Minhas mãos tremiam. Meu peito arfava. Meu corpo inteiro estremeceu. E quando ousei olhar de novo para Daimon, encontrei aqueles olhos de sangue me encarando com pura implacabilidade. Ele não sentia remorso. Não sentia piedade.

Ele queria que eu sentisse.

E eu visse!

— O que está havendo aqui? — Minha voz explodiu em fúria. Me virando para o Alfa Supremo, com o coração batendo forte contra minhas costelas e as mãos tremendo. — Por que eles estão nesse estado? O que você fez?

Daimon apenas me avaliou como um predador, se recostando lentamente no trono, o deleite frio estampado em seu semblante, o olhar parecia me atravessar, impiedoso, cruel.

— Acusados de tentar forçar mutação por maldição em uma humana, Malik, Alfa da Ignis Ferum, e seu Beta, Falconi. — Sua voz era cortante, impassível. O ambiente ficou ainda mais pesado. Um arrepio me subiu pela espinha quando ele sorriu de lado, sem qualquer pressa, saboreando cada palavra. — Este é o julgamento final.

O nosso preço é apenas 1/4 do de outros fornecedores

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: A LUNA HUMANA VENDIDA AO ALFA SUPREMO