POV: AIRYS
Um riso profundo e provocante vibrou no peito largo de Daimon, ressoando contra minha pele molhada e fria, causando arrepios intensos. Sua mão quente deslizou lentamente por meu ombro até meus braços, despertando uma tensão inquietante.
Com um movimento firme e rápido, ele me virou contra a parede fria embaixo da escada, prendendo-me com seu corpo robusto. Sua cabeça inclinou-se ligeiramente, enquanto seus olhos semicerrados percorriam lentamente cada traço do meu rosto, descendo sem pressa pelo meu corpo até minhas mãos feridas.
— Está socando de forma errada, pequena — Rosnou grave baixinho, voltando a encarar meus olhos, com intensidade dominadora.
— Devia ter visto a árvore — retruquei com sarcasmo, tentando me esquivar, passando por baixo dos seus braços, mas ele me deteve facilmente. Daimon agarrou meu quadril com possessividade, infiltrando os dedos firmes na base da minha nuca, me prendendo contra seu corpo forte. Meu coração acelerou violentamente, e meu corpo traiçoeiro estremecia sob seu toque.
— Me solta, Alfa, ou não vou mais socar troncos, e sim você — ameacei com a voz trêmula e desafiadora, arfando nervosamente.
Daimon arqueou as sobrancelhas, claramente se deleitando com a situação. Seus olhos terrosos brilhavam com prazer, como se estivesse alimentando-se da minha resistência.
— É uma ameaça? — Seu tom era provocativo, perigosamente sedutor.
— É uma promessa! — gritei, desesperada, arfando intensamente enquanto tentava afastar meu rosto daqueles lábios perigosamente convidativos. Minhas pernas tremiam, meu corpo inteiro estava alerta, traindo cada esforço meu para resistir.
— Me mostre o que sabe, coelhinha. — Ele sussurrou, soprando contra meu rosto, me empurrando para frente se afastando apenas o suficiente para me provocar. — Me acerte e estará livre para ir embora.
— O quê? — exclamei, surpresa, erguendo o rosto rapidamente para ele, sentindo um misto de ansiedade e esperança explodir dentro de mim.
Ele estava falando sério?
— Você ouviu, me acerte um golpe, não revidarei, faça isso e poderá ir embora para onde quiser, mas... — Seus olhos terrosos cintilaram perigosamente com nuances vermelhas, refletindo a intensidade feroz de seu lobo interior enquanto me encarava. Daimon colocou as mãos para trás, inclinando ligeiramente a cabeça, assumindo uma postura arrogante e provocativa. — Será que realmente existe um lugar para você fora daqui?
— Qualquer lugar é melhor do que esta prisão! — rebati com firmeza, sentindo um estremecimento nervoso percorrer meu corpo. Soltei um gemido baixo ao jogar o gelo no chão e fechar meus punhos machucados, prontos para acertá-lo.
Daimon suspirou profundamente, observando minhas mãos feridas com atenção, sua expressão ficando séria por um breve instante.

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