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A LUNA HUMANA VENDIDA AO ALFA SUPREMO romance Capítulo 55

POV: AIRYS

Umedeci os lábios, observando seu olhar acompanhar o gesto. Seu peito subia e descia de forma contida, mas eu podia sentir a tensão queimando sob sua pele. Inclinei o rosto, deixando minha boca roçar contra a dele, sentindo o calor de sua respiração quando sussurrei:

— Eu não desisto, Alfa. — Minha voz saiu suave, carregada de algo mais profundo. — Apenas encontro outras formas de conseguir o que desejo.

Antes que ele pudesse reagir, cravei os dentes em seu lábio inferior, mordendo com força o suficiente para sentir o gosto metálico do sangue. Suguei lentamente, provocando, saboreando. Um rosnado reverberou de seu peito, misturado a um gemido rouco, abafado, denso.

Ele não recuou. Não me afastou. Não desviou o olhar.

Me afastei devagar, deslizando o dorso da mão sobre os lábios para limpar os vestígios de sangue. Os olhos de Daimon estavam cravados em mim, escuros, intensos. Ele passou os dedos sobre a ferida, analisando a ponta manchada de vermelho antes de levar à boca e lamber lentamente.

— Qualquer golpe vale, não é? — Sorri, satisfeita.

Daimon inclinou ligeiramente a cabeça, um brilho de aprovação cruzando seu olhar.

— Astuta. — A voz saiu rouca, carregada de algo perigoso. — Posso reconhecer um movimento bem-feito.

Por um instante, o silêncio entre nós pulsou, carregado de eletricidade.

Ele apontou com o queixo para a porta.

— Pode ir.

Eu segui seu olhar, hesitante por um segundo, pensativa.

Eu ainda era fraca. Não sabia lutar, não tinha para onde ir e sequer possuía dinheiro. Mesmo no mundo humano, eu não passava de uma presa fácil.

"Precisamos nos fortalecer."

Meus passos ecoavam pelo corredor enquanto subia as escadas, desviando o caminho. Mas eu não estava sozinha. O som firme e calculado dos passos de Daimon acompanhava o meu ritmo, mantendo-se ao meu lado, me observando de canto, como um predador que não se incomoda em brincar com sua caça.

— Não pretende partir? — Sua voz cortou o silêncio, fria, calculada. As mãos deslizaram para os bolsos enquanto ele inclinava levemente a cabeça, me analisando com aquele olhar penetrante.

— Ainda não, Alfa. — Respondi, parando diante da porta do meu antigo quarto. Girei a maçaneta e entrei. Ele continuou me seguindo, uma sombra persistente. Fechei a porta atrás de mim e me virei, dando de cara com seu corpo sólido. Perto demais.

Antes que eu pudesse recuar, seus dedos envolveram meu queixo, obrigando-me a erguer o rosto para encará-lo. Seus olhos escarlates brilhavam, avaliando cada detalhe da minha expressão como se buscasse respostas que eu não queria dar.

— E quando chegar o momento, quero que se lembre e me dê sua palavra de que me deixará partir. — Minha voz saiu firme, mesmo com o peso do toque dele sobre mim.

Daimon não se moveu. O calor que emanava de seu corpo envolvia o meu, sufocante, dominante. Seus lábios se curvaram em um meio sorriso, mas não havia humor ali.

— Por que não vai agora? — Sua voz baixou em um rosnado carregado de irritação. — Deixou claro que me odeia.

— E isso não mudou. — Meus olhos se fixaram nos dele, desafiadores. — Mas dessa vez, eu quero algo de você também.

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