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A LUNA HUMANA VENDIDA AO ALFA SUPREMO romance Capítulo 66

POV: DAIMON

— Está piorando. — A voz de Fenrir explodiu dentro da minha mente, um rugido de pura fúria e frustração. A pressão foi tão intensa que meus ossos estalaram em protesto. Mantê-lo contido exigia um esforço absurdo, como tentar segurar uma fera selvagem acorrentada dentro de mim, pronta para dilacerar qualquer coisa em seu caminho.

"Quase a matamos!" Ele rosnou, sua voz reverberando em minha cabeça como uma tempestade prestes a engolir tudo. Meus músculos enrijeceram, minha pele ardia como se estivesse sendo esticada ao limite.

A raiva borbulhava dentro de mim, incontrolável. Meus punhos se fecharam e o impacto contra a madeira maciça da mesa ecoou pelo escritório. O móvel rangeu sob minha força descontrolada. Peguei a primeira garrafa ao meu alcance, algo forte, qualquer coisa que queimasse mais do que o fogo que me consumia por dentro. O uísque desceu pela minha garganta como brasas incandescentes, mas nem isso foi capaz de apaziguar o inferno em minhas veias.

— A Deusa já deixou claro... — minha voz saiu áspera, carregada de frustração e ódio contido. — Se não cumprirmos o acordo, a cada nova temporada de acasalamento nossa racionalidade irá se esvair até... — Respirei fundo, tentando afastar a visão aterradora de nós nos tornando bestas sem controle. — Nos tornarmos primitivos. Irracionais.

"Precisamos acelerar o plano." Fenrir rosnou, suas garras invisíveis rasgando minha mente, perigosamente próximas da superfície. "Precisamos que ela..."

— Eu sei. — Minha resposta veio num rosnado baixo e ameaçador. Meus dentes cravaram na rolha da próxima garrafa, arrancando-a com brutalidade. O vidro gelado encontrou meus lábios, e eu engoli um gole generoso, sentindo a ardência familiar se espalhar. O sofá afundou sob meu peso quando me joguei nele, minha respiração pesada, descompassada.

Mas nem mesmo a bebida conseguia afastar o maldito do que quase fizemos. Nossa progressão havia sido jogada no lixo. O julgamento havia provado nosso ponto: Airys era capaz de punir de forma justa e ainda ter compaixão pelo pior lixo que poderia existir.

Fechei os olhos, inspirando profundamente, então seus olhos intensos em tom de mel, arregalados, irritados e apavorados me fitando vieram a mente. A caçada... um erro fatal. Por pouco, por um fio, não a destruímos.

A lembrança fez cada músculo do meu corpo se retesar.

"Ela nos acalmou." A voz de Fenrir se suavizou levemente, mas sua intensidade não diminuiu. "Ela nos trouxe de volta."

O gosto dela ainda estava em minha língua. Doce, quente. Macia e enlouquecedora. As imagens do beijo invadiram minha mente como um vício perigoso. O cheiro dela, inebriante. O sabor de seus lábios, um delicioso sabor do pecado que ansiava em provar de novo e de novo.

"Ela consegue lidar." Fenrir estalou a língua, satisfeito. "Você também sentiu isso."

E era exatamente isso que me irritava, maldita tentação.

— Airys precisa vir até nós, como naquela noite. — Resmunguei, sentindo meu corpo rígido, cada músculo tensionado pela fome que ela despertava. Era cruel. Intenso. Um tormento que eu mal conseguia conter.

“O que faremos? A temporada é inevitável.” Fenrir bufou, impaciente. “Estou cansado dessas montanhas.”

— Eu aprecio a vista. — Dei de ombros, pegando um charuto e acendendo-o, soltando a fumaça para o alto. Meu olhar permaneceu fixo no nada, perdido na lembrança dela. — Mas não podemos feri-la.

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