POV: AIRYS
A provocação foi inevitável.
Me movimentei sobre ele, lenta, provocante.
Suas garras arranharam minha pele em resposta, deixando uma trilha ardente por onde passaram.
Um rosnado grave e ameaçador escapou de sua garganta.
— Sou perigoso. — Declarou em um grunhido poderoso, sua voz firme e fria, carregada de uma intensidade que me fez estremecer.
Ele não desviou o olhar nem por um segundo, como se estivesse tentando me avisar, tentando me dar uma chance de recuar.
Mas, ao mesmo tempo, suas mãos apertaram minha cintura, guiando-me para mais um movimento provocante.
O calor subiu em espiral pelo meu corpo, fazendo cada parte de mim vibrar com antecipação.
Um arrepio percorreu minha espinha dos pés à cabeça, e ele percebeu.
Daimon praguejou baixo, seus olhos varrendo cada detalhe da minha reação, como se memorizasse cada resposta que eu dava ao seu toque.
— Não quero te machucar. — As palavras saíram duras em uma confissão. — Humana.
— Então não machuque. — Minha voz saiu em um sussurro carregado de desejo e súplica.
Meu coração batia forte, cada batida ecoando como um tambor em meus ouvidos.
Pressionei os lábios contra a pele quente do seu braço, o mesmo que me segurava com firmeza, prendendo-me em sua posse. Beijei, mordisquei de leve, sentindo a textura rígida dos músculos sob meus lábios.
Fui subindo, cada beijo um convite, um pedido silencioso.
Até que mergulhei o nariz na curva de seu pescoço, inalando seu cheiro intoxicante, um aroma amadeirado e cru, carregado de algo puramente masculino e predatório.
— Não precisa me ferir. — Murmurei contra sua pele, roçando a boca ali. — É só um sonho… Me deixe ser sua, ao menos aqui.
Daimon me puxou para trás de repente, sua força controlada, mas absoluta.
Seu olhar me prendeu.
Intenso. Vibrante.
Imponente ao extremo.
Ele desceu o olhar para minha boca antes de tomá-la com voracidade, afundando-se no beijo como se me consumisse.
Nossos corpos colidiram com mais força, a rigidez dele pressionando-se contra mim sem qualquer espaço para fuga.
Suas mãos ásperas deslizaram pela minha cintura, firmes e exigentes, descendo até minha bunda.
A posse veio em um aperto forte, seguido de um tapa seco e ardente.
Minhas costas arquearam, o prazer veio como um choque elétrico, gemi contra sua boca, estremecendo dos pés à cabeça.
Daimon rosnou, aprofundando ainda mais o beijo, mordendo meu lábio, sugando, devorando.
Até que ele parou.
Quebrou o contato de repente, deixando-me arfante, desorientada.
Nossas testas se tocaram, sua respiração pesada, quente, ofegante, misturando-se com a minha.
Senti seu corpo vibrar, o controle por um fio.
— Pequena… — Ele rosnou, a frustração era palpável.
Bufando, cerrando os olhos por um segundo, como se travasse uma guerra interna.
Então sussurrou contra meus lábios:
— Venha até mim quando estiver pronta para que seja real.
— O quê? — Minha voz vacilou.
Mas antes que pudesse reagir, ele desapareceu.
Despertei com um sobressalto, o peito subindo e descendo em ritmo frenético.
A coberta grudava na minha pele suada, meu corpo inteiro formigava e latejava, a pulsação entre minhas coxas ainda insuportavelmente viva.
Meus cabelos estavam úmidos, grudados na pele.
Joguei a coberta longe, irritada, e me levantei de repente, andando de um lado para o outro, tentando processar o que tinha acabado de acontecer.
O quarto estava vazio.

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