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A LUNA HUMANA VENDIDA AO ALFA SUPREMO romance Capítulo 76

POV: AIRYS

A provocação foi inevitável.

Me movimentei sobre ele, lenta, provocante.

Suas garras arranharam minha pele em resposta, deixando uma trilha ardente por onde passaram.

Um rosnado grave e ameaçador escapou de sua garganta.

— Sou perigoso. — Declarou em um grunhido poderoso, sua voz firme e fria, carregada de uma intensidade que me fez estremecer.

Ele não desviou o olhar nem por um segundo, como se estivesse tentando me avisar, tentando me dar uma chance de recuar.

Mas, ao mesmo tempo, suas mãos apertaram minha cintura, guiando-me para mais um movimento provocante.

O calor subiu em espiral pelo meu corpo, fazendo cada parte de mim vibrar com antecipação.

Um arrepio percorreu minha espinha dos pés à cabeça, e ele percebeu.

Daimon praguejou baixo, seus olhos varrendo cada detalhe da minha reação, como se memorizasse cada resposta que eu dava ao seu toque.

— Não quero te machucar. — As palavras saíram duras em uma confissão. — Humana.

— Então não machuque. — Minha voz saiu em um sussurro carregado de desejo e súplica.

Meu coração batia forte, cada batida ecoando como um tambor em meus ouvidos.

Pressionei os lábios contra a pele quente do seu braço, o mesmo que me segurava com firmeza, prendendo-me em sua posse. Beijei, mordisquei de leve, sentindo a textura rígida dos músculos sob meus lábios.

Fui subindo, cada beijo um convite, um pedido silencioso.

Até que mergulhei o nariz na curva de seu pescoço, inalando seu cheiro intoxicante, um aroma amadeirado e cru, carregado de algo puramente masculino e predatório.

— Não precisa me ferir. — Murmurei contra sua pele, roçando a boca ali. — É só um sonho… Me deixe ser sua, ao menos aqui.

Daimon me puxou para trás de repente, sua força controlada, mas absoluta.

Seu olhar me prendeu.

Intenso. Vibrante.

Imponente ao extremo.

Ele desceu o olhar para minha boca antes de tomá-la com voracidade, afundando-se no beijo como se me consumisse.

Nossos corpos colidiram com mais força, a rigidez dele pressionando-se contra mim sem qualquer espaço para fuga.

Suas mãos ásperas deslizaram pela minha cintura, firmes e exigentes, descendo até minha bunda.

A posse veio em um aperto forte, seguido de um tapa seco e ardente.

Minhas costas arquearam, o prazer veio como um choque elétrico, gemi contra sua boca, estremecendo dos pés à cabeça.

Daimon rosnou, aprofundando ainda mais o beijo, mordendo meu lábio, sugando, devorando.

Até que ele parou.

Quebrou o contato de repente, deixando-me arfante, desorientada.

Nossas testas se tocaram, sua respiração pesada, quente, ofegante, misturando-se com a minha.

Senti seu corpo vibrar, o controle por um fio.

— Pequena… — Ele rosnou, a frustração era palpável.

Bufando, cerrando os olhos por um segundo, como se travasse uma guerra interna.

Então sussurrou contra meus lábios:

— Venha até mim quando estiver pronta para que seja real.

— O quê? — Minha voz vacilou.

Mas antes que pudesse reagir, ele desapareceu.

Despertei com um sobressalto, o peito subindo e descendo em ritmo frenético.

A coberta grudava na minha pele suada, meu corpo inteiro formigava e latejava, a pulsação entre minhas coxas ainda insuportavelmente viva.

Meus cabelos estavam úmidos, grudados na pele.

Joguei a coberta longe, irritada, e me levantei de repente, andando de um lado para o outro, tentando processar o que tinha acabado de acontecer.

O quarto estava vazio.

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