POV: DAIMON
Outra mão deslizou sobre meu peito, exatamente sobre o coração. Minha respiração ficou mais pesada, mais contida, mas não afastei seu toque. Ela me estudava com expectativa, os olhos esperançosos cravados em mim.
— Tem certeza de que não é capaz de sentir nada? — O desafio velado em sua voz fez algo dentro de mim se contorcer e Fenrir grunhir.
Inclinei-me um pouco mais, absorvendo cada pequena reação de seu corpo. Ela parecia pequena e vulnerável, mas sua determinação ainda pulsava ali, forte e indomável. Sua incerteza era um reflexo do conflito interno que parecia ecoar dentro de nós dois.
— Não faça isso com você. — Rosnei em um aviso, mais áspero do que eu pretendia. O brilho em seus os olhos oscilou, seus dedos vacilaram, hesitando em me tocar por mais tempo ou se afastar.
Antes que recuasse, me movi. Peguei o livro que havia caído no chão e, com um movimento firme, envolvi sua cintura e a ergui nos braços, levando-a até o grande sofá da livraria. Sentei-me com ela perto o suficiente para sentir o calor de sua pele, mantendo-a junto a mim. Eu queria que ela se acalmasse. Queria que ela sentisse segurança ali. Mas o que mais me desconcertava era que eu não entendia por que isso importava tanto.
— Leia para mim. — Ordenei, colocando o livro à sua frente. — Tenha as suas respostas.
— Por quê? — Ela ergueu os olhos, inclinando o queixo para cima, confusa, tentando encontrar algo em meu rosto. — Por que está agindo assim, Daimon?
— Quer que eu a prenda nos calabouços e a torture para ler para mim? — Arqueei uma sobrancelha, evidenciando a presa diante de mim.
Uma risada escapou de seu peito, e por um instante, o som me paralisou.
“Que som delicioso, tão doce e caloroso.” Fenrir uivou em deleite, apreciando aquela breve explosão de vida.
— Minha Deusa... — Airys secou o canto dos olhos, ainda rindo, enquanto tampava a boca e limpava a garganta. — O pior é que você realmente está falando sério, não está brincando?

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