POV: AIRYS
Segurei a respiração, completamente presa nele, na força esmagadora de sua presença. Seu olhar me devorava, carregado de provocação e posse. Meu corpo inteiro pulsava em expectativa, cada célula ansiando por algo que eu não deveria desejar.
Que se dane a lógica. Que se dane a razão.
Naquele momento, tudo o que importava era o calor de seu corpo contra o meu, a sensação de estar à beira de um precipício, sem saber se cairia ou se ele me puxaria ainda mais para dentro de seu domínio. Daimon parecia sentir minha rendição. A cada pensamento impuro que atravessava minha mente, suas pupilas se dilatavam ainda mais, tornando o vermelho de seus olhos ainda mais intenso, faminto.
Um rosnado grave reverberou em seu peito quando suas presas roçaram contra meus lábios. Um choque percorreu minha espinha, me fazendo suspirar contra sua boca.
— Você realmente me testa. — Sua voz caiu para um tom mais baixo, um timbre rouco que me envolveu ainda mais. — Ou é ingênua demais para isso… ou perdeu a razão.
— Talvez eu tenha perdido. — As palavras escaparam antes que eu pudesse impedi-las. Mordi o lábio, sentindo meu coração martelar descompassado contra o peito.
“Onde estava nosso limite?”
Havia algum?
Daimon sorriu de canto, e foi a visão mais perigosa e arrebatadora que já tive. Um sorriso pecaminoso, sedutor e predatório. Um aviso. Uma promessa.
— O que eu faço com você, humana? — Sua voz carregava malícia e diversão, mas seus olhos me advertiam que não havia nada de leve naquele jogo.
Sua mão grande segurou meu rosto, os dedos apertando levemente, me puxando para mais perto, me deixando sem escapatória. Seu hálito quente roçou minha pele antes que ele pressionasse os lábios contra os meus. Um beijo sem pressa, sem língua, mas carregado de intenção.
Ele provocava, me degustava lentamente, testando minha paciência, meu controle. E quando ele ameaçou aprofundar o contato, me deixando na beira do abismo, ele mordeu de leve a ponta da minha língua e se afastou, deixando a promessa do que não me daria.
— Não, pequena… — sussurrou contra meus lábios, um sorriso cruel dançando neles. — Primeiro, você precisa aprender a obedecer.
— Alfa, você deveria beijar uma loba, então. — Retruquei, a irritação se misturando ao calor abrasador que percorria meu corpo. Minha voz saiu levemente trêmula, e odiei como ele conseguia me afetar tão facilmente.
Tentei me afastar, erguer-me dali, mas sua mão foi mais rápida, deslizando firme contra minha nuca e me mantendo presa, meio erguida, os lábios dele tão próximos dos meus que sua respiração quente roçava minha pele.
Toquei seu ombro em um reflexo, tentando empurrá-lo.
— Não sou submissa como elas.
Daimon rosnou baixo, e o som reverberou dentro de mim como um aviso.
— É o que te torna única.
Meu corpo congelou quando sua boca tomou a minha. Sem hesitação. Sem gentileza. Um beijo intenso, bruto, possessivo. Sua língua invadiu a minha boca, explorando cada canto, provocando, exigindo. Ele mordiscava, sugava, intercalava o ritmo apenas para me enlouquecer.

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