CAPÍTULO 116
Laura Strondda
Não consigo tirar da minha cabeça essa história de tentarem levar a minha mãe, tem algo a ver comigo e vou ficar maluca se não descobrir.
— Laura! — Tony me chamou, antes que eu entrasse no carro.
— Sim.
— Não durma tarde, hoje... aposto que não quer se atrasar no seu primeiro dia de trabalho! — franzi a sobrancelha.
— Sério? Posso trabalhar?
— Ah não ser que tenha algum compromisso interessante, ou queira arrumar algo em casa? — o danado me provocou.
— Eu já organizei aquela casa muito bem, Don! Vou tirar o tempo livre para investigar, essa história está muito estranha!
— Não. Descanse por hoje, Laura! — Tony lembrou.
— Amore mio, seu irmão já tomou providências, venha! Vamos descansar! — Alex me chamou de dentro do carro.
— Está bem! — abracei o Antony e entrei no carro.
Em casa aproveitei para ligar para a Katy, porém não me atendeu. Enviei mensagem e ela respondeu mais tarde:
“Estou bem, fique tranquila! Ainda bem que me ensinou algumas coisas, estou usando alguns conselhos!“ — fiquei tentando entender o que havia acontecido, agora sei como a minha família estava se sentindo quando casei e não dei notícias.
“Quais dos conselhos ela estaria usando? Defesa pessoal, ataque, ou os de sedução?“
No outro dia:
Meu coração estava ansioso, escolhi as minhas melhores armas e fui para o reduto com o Alex, que parecia tão satisfeito como eu.
— Pelo visto ouviu o meu conselho... está sorridente demais, Laura! — Antony comentou, e eu sorri ainda mais.
— Sim, agora vamos para o que interessa... vai me enviar a localização? Ou já enviou para o Alex? — perguntei para ter mesmo certeza se trabalhariamos juntos, mas então ouvi o meu celular tocar. — Só um minuto... — me ajeitei toda para pegar.
— Alô!
— Senhora Caruso... aqui é a madre Constância, estou desesperada! A nova noviça desapareceu durante a noite, fui olhar as imagens das câmeras e um homem a levou... — parei apavorada, olhando para o Alex, tapei o celular.
— Alguém raptou a Maria!
— Deve ser Salvatore, me pediu autorização! — olhei para o Antony que teve coragem de me dizer isso tranquilamente, incrédula.
— Não acredito! Ela só queria paz... queria ficar lá!
— Maninha olha só... — Antony se aproximou encostando no meu ombro. — Salvatore tem intenções com ela, foi visitar ontem e me pediu autorização para ajudar a mulher, fizemos alguns combinados, mas autorizei pensando na segurança dela. Se as nossas suspeitas estiverem corretas, ela seria a próxima vítima e tio Salvatore é ótimo para cuidar disso! — respirei novamente, e voltei a falar com a madre, brigaria depois com o Tony.
— Ah, deve ser Salvatore, aquele que a visitou ontem. Fique tranquila, madre. — Me fiz de que sabia.
— Não, senhora Caruso! Foi um moço bem jovem, não deve ter vinte anos, e com a outra câmera eu vi mais dois do lado de fora e de repente a imagem sumiu e eu não sei o que aconteceu.
— Eu vou resolver, fique tranquila.
Desliguei a ligação e Antony já estava ligando para Salvatore, colocou no viva-voz.
— Tio Salvatore, conseguiu buscar a Maria?
— Quando cheguei já haviam homens para levá-la. Esperei que a tirassem do convento, então atirei nas câmeras, os segui por um quilômetro. Era um lugar escuro, mirei de dentro do carro à distância, estavam em três, matei um dirigindo, acertei os pneus, e eles desceram.
— Mas conseguiu proteger a mulher?
— Sim, matei todos. Não quis arriscar a vida dela, e também estava muito nervosa.
— A Laura quer saber onde ela está.
— Na minha casa.
— Tio, veja se ela não quer voltar para a casa do Alex e da Laura!
— Ela não quer voltar para essa casa. Vou protegê-la aqui. — respirei fundo, assentindo, porquê ouvi a voz da Maria no fundo, dizendo exatamente isso, implorando para não sair de lá.
— Talvez ela sinta segurança com Salvatore! — Alex comentou.
Quando o Antony desligou, nos garantiu que ela estivesse bem, então fomos para a primeira missão oficial, juntos.
Nem preciso dizer que foi ótimo estar em ação novamente. Hoje parecia que estava tudo mais fácil, talvez seja porque não temos nenhuma pressão, com o meu pai averiguando e controlando tudo.
Fizemos o trabalho, enviamos a foto e então voltamos ao reduto. Estranhei vários homens sentados à mesa, Antony passava a mão no rosto e até o tio Hélio que estava recém aposentado, estava lá, furioso.
— O que aconteceu?
— Invadiram a minha casa, sobrinha! Acho que ninguém sabia que eu havia me aposentado recentemente e estava em casa. — tio Hélio explicou.
— E, está tudo bem? — questionei.
— Sim, meti bala na testa dos babacas sem esperar que terminassem de entrar, mas não imaginei o que o Don me falou agora, que provavelmente estavam atrás da sua tia Lari, pelo mesmo motivo que queriam a sua mãe e também você, há algo no rosto de vocês que esses maledettos querem, eu deveria ter torturado todos!
— Então, nem chegaram perto da tia Larissa? — perguntei, preocupada.
— Não. Mas, vamos precisar aumentar a equipe... Edoardo simplesmente desapareceu! — Tony contou, e isso estava começando a se tornar um jogo perigoso, mas ainda bem que eu gosto de jogar!
CAPÍTULO 117


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