CAPÍTULO 163
Peter Marino
— Está aí me olhando por muito tempo? — falei ao abrir os olhos e ver a Katy por cima de mim.
— Te acordei, Peter. Não te deixaria dormir nesse tapete, e quando percebi que estava num pesadelo, tive certeza que precisava acordá-lo. — respirei fundo, senti a mão dela no meu rosto.
— Infelizmente quando estou em paz, aquele maldito aparece nos meus sonhos, transformando-os em pesadelos.
— É por isso que vem para o tapete? Por causa dos pesadelos?
— Na verdade, depende... as vezes venho sem perceber, outras eu começo a lembrar das coisas e não me sinto digno de deitar ao seu lado, mas hoje, penso que rolei dormindo.
— Isso te causa alguma outra coisa.
— Fico irritado nesses dias. — não quis dizer a ela que na verdade, sinto muito mais que isso. E os desejos dentro de mim mudam, não quis dizer. Até porque as coisas estão mudando, tenho certeza que não conseguiria machucá-la, ser agressivo, mas... — Mas, também excitado!
Segurei na cintura da Katy de forma mais forte, ela desceu o corpo bem perto de mim, mas beijou o meu rosto.
— Vem pra cama, vamos voltar a dormir! — ela levantou e levantei com ela, sentando na beira da cama.
Katy estava com uma lingerie linda, ficou de costas pra mim, a agarrei.
— O que está procurando? Vou arrancar a lingerie, não precisa procurar mais nada! — brinquei enquanto beijava seu pescoço, mas ela me empurrou:
— Você está diferente, Peter. Seu olhar mudou, vi seu desespero durante o sono. — ela puxou o meu moletom para vestir, e eu já sabia o que significava, mas não queria, virei a Katy pra mim, joguei o moletom na cama.
— Preciso de você, Katy! Fica comigo? — a beijei com loucura, ergui seu corpo nos braços, a carregando no colo, mas meu lado escuro queria jogá-la na cama, e eu sabia.
Katy me correspondeu, mas de repente parou.
— Seu beijo mudou, está tentando me morder, me desce daqui, Peter!
— Podemos tentar de novo? — fui devagar, ela não me rejeitou, então a beijei.
Eu senti o meu corpo estranho, mas era mais forte do que eu. As coisas que revivi enquanto dormia, me fizeram querer reverter a situação, eu queria a minha mulher de volta, queria mostrar pra mim mesmo que conseguiria, que eram mentiras aquelas coisas que aconteceram, que ouvi da boca daquele desgraçado outra vez, enquanto dormia, mas não percebi, quando soltei o corpo da Katy sobre a cama.
— Já chega, Peter! — ela me empurrou novamente, passou por mim e pegou o moletom — Nesse estado não dá, você precisa descansar a cabeça, esquecer!
— Tem razão... — ela vestiu a roupa e pensei que sairia correndo de mim, mas pegou outro moletom e veio me vestir.
— Pronto, agora deita aqui comigo, relaxe! Vamos tentar dormir. — olhei pra fora, o dia já estava amanhecendo, eu não conseguiria dormir mais.
— Eu não posso, não consigo!

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