CAPÍTULO 78
Alexander Caruso
(Horas antes)
[Mensagem de texto recebida de Pablo Strondda]
— Se é o homem que imagino que seja, lembre-se das leis da Sicília e de toda a Roma, descubra como ajudar a sua esposa, confio em você!
Levantei angustiado, me tranquei naquele escritório e estudei tudo o que pude para entender o que o meu sogro dizia.
Quando a Laura me chamou, não acreditei que havia falhado, o pai dela saberia que não fui capaz de defendê-la, era vergonhoso.
Em casa procurei as regras referente a traição, delitos, punições... só esqueci de um detalhe...
As coisas aconteceram diferente do que eu havia imaginado, mas de qualquer forma, Don Antony estava prestes a revelar o castigo da Laura, quando meu sogro me cutucou.
Momento atual:
— Lembrou das regras? O que acontece com a mulher depois que se casa? — na mesma hora entendi do que ele falava, então assenti, como se eu soubesse desde o início, e ele piscou pra mim. Voltei à minha postura e fiquei mais tranquilo.
— Diga, Siciliano, que detalhe é esse?! — Don Antony gesticulou, então falei:
— Depois que a mulher se casa, é dever do marido se responsabilizar por ela, como também de punir se houver necessidade, e em casos como esse, acho que deveria ser eu a escolher como punir a minha esposa! E, eu já o fiz, o que não vem ao caso agora dizer como, chefe! — Antony deu um leve sorriso.
— Pensei que não diria isso nunca, capo! Mas, infelizmente, ainda assim, não poderei permitir que saia impune nesse momento, e talvez que ela atue com você no novo cargo. Conhecemos os riscos, e achamos que ela deveria trabalhar em cargo diferente do seu. E, para não ser injusto com demais acontecimentos na máfia, preciso manter pelo menos um dos castigos. Qual você escolhe? — a responsabilidade era grande, Laura me olhou assustada, eu não deixaria que machucassem ela, mas por outro lado, ela queria muito o cargo.
— Eu posso receber o brasão no lugar dela? — perguntei de repente, e ouve um grande alvoroço de todos comentando na sala, até o Don se dispersou por um momento, mas Laura negou.
— Eu não aceito, Alex! A punição é minha, arcarei com honra. Agora escolha, porque o Don o espera! — ela disse séria, era a vontade dela, achei melhor não contrariar.
— Está bem! Ela vai esperar os três meses, e então tentaremos novamente o cargo! Não quero que ninguém encoste nela! — olhei com a cara fechada para todos, puxando Laura para mais perto.
— Certo. Assim será, e que o incidente não volte a se repetir, pois ficaremos atentos! — Don falou, e vi que Pablo sorriu, olhando pra nós. No final ainda o maledetto venceu, Laura não vai trabalhar comigo, mas tudo bem... não será machucada, e não posso negar que me ajudou.
A reunião foi encerrada, abracei a Laura comigo.
— Quer ir pra casa? Ou vai falar com alguém aqui? — perguntei pra ela.
— Preciso ir embora... — falou baixo, olhando para os lados. Então virei novamente para o Don.
— Don? Você consegue enviar seus soldados para a minha casa? Levar a Anita até lá? — perguntei.
— Claro. Considere feito! — viramos as costas e saímos do local.
Ela estava séria, em silêncio. Olhei mais para baixo, e ela praticamente havia arrancado o curativo do meu braço, daquele tiro de raspão que levei, ainda bem que foi bem superficial.
Quando fui abrir a porta do carro, senti quando ela me prendeu encostado no veículo, e me deu leve soco no estômago, me pegando desprevenido.


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