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A Redenção do Ogro romance Capítulo 14

dois meses depois

Bernardo Thomson

Chego em casa depois de um dia cheio de reuniões no hospital. Estou chegando bem mais cedo do horário que chego, quero pegar Camila de surpresa! De vez em quando, gosto de fazer essas coisas, simplesmente para aprender um pouco mais sobre ela.

Esses dois meses têm sido muito bons. Estreitamos os nossos laços, ela conheceu meus irmãos e meus pais. Já até participei de uma festa, que procuramos dar com frequência em nossas casas. Os meninos estão encantados, e agora que Arthur prevaleceu ter uma submissa também, o grupo está completo. A menina parece ser boazinha, vamos ver quanto tempo vai durar dessa vez.

Agora eu e Camila tem sido bem legal... Não está sendo nenhuma satisfação ter aceitado, pela primeira vez, um contrato de seis meses. Com as outras quando chegava nesta fase de dois meses, eu já estava ansioso pensando numa nova submissa, porém com ela não. Não me canso de seu corpo, de sua disponibilidade, de seu humor e de sua inteligência e simpatia.

Pelo jeito o minha segurança também não. Bufo do jardim…

Encontro a porta da frente escancarada e um Daniel embasbacado olhando meu passarinho cantar e dançar, fazendo um cabo de vassoura como um microfone.

Ela faz isso constantemente. Segue o ditado de que: "quem canta seus machos espanta". E geralmente são músicas consideradas bregas, para aqueles que gostam de música clássica. Pra mim não... Eu tenho a alma do meu avô... Gosto de campo, de terra, de prazeres simples.

Já percebiam que eu sou um camaleão? Tem dias que eu sou caipira, tem dias que eu sou clássico e tem dias que eu sou esnobe. Vai depender muito do meu humor.

Voltando ao Daniel... Tenho esperado ele muito interessado na Camila, não que ela retribua isso. Ela apenas é educada com ele. Mais ele constantemente fica com o olhar perdido a observar.

Eu pus o meu chefe de segurança para protegê-la, porque ele é o melhor. Não para ficar observando minha submissa.

Coço a garganta, e ele sai do transe olhando para mim. Se assusta quando se dá conta da minha presença.

-Desculpe, não vi o Senhor chegar. Vim avisar a senhorita que chegou uma encomenda.

Olho para a sua mão e vejo uma caixa. Estendo a mão e ele me dá o pacote.

-Porque não pôs na mesa e saiu?

-Eu não queria assustar ela com a minha entrada brusca.

-Sei... -olho para ele e digo. - Você era minha melhor segurança Daniel. Quero que me explique, como eu consegui chegar na porta da minha casa, ficar parado cinco minutos atrás de você, e não perceber?

-Desculpe Senhor, isso não vai mais se repetir. Com licença.

Ele sai andando rápido saindo da varanda e eu fecho a porta.

Ela continua alheia a tudo que acontece, com os olhos fechados e fones de ouvido, dançando e cantando o que parece ser um forró.

- "Na cama, cê tem talento, cê manja dos movimentos. Tem de tudo só não tem sentimento."

Canta muito mau... Pqp!!!

Mais é a coisa mais fofa do mundo!

Eu começo a rir e ponho o pacote na mesa me aproximando, chegando por trás e segurando sua cintura.

Ela dá um grito.

-Ahhh que susto! Mestre... -ela me olha com a mão no coração, retira o fone. -Não vi o Senhor chegar…

-Percebi... O que está ouvindo? Uma daquelas músicas duvidosas?

-Não são músicas duvidosas... Elas me distraem…

Pego um dos fones da sua mão, e começo a ouvir.

Até que é assim. Seguro ela nos meus braços e começou a dançar no ritmo da música, ela sorri e entra na brincadeira. A bandida se esfregou no meu pau rebolando, encostando o corpo todo em mim.

-Que pena que eles falam de uma morena, poderia ser uma loira. Porque você também é um "bombonzin".

Ela gargalha.

-Posso usar uma castanha peruca, e uma pintura no corpo. Que tal?

Eu gargalho.

-Boa... Você estava varrendo a casa?

- Sim, eu derrubei farelo no chão. Tavando limpando. O mestre chegou cedo.

Devolva o fone e ela retire o outro botando em cima do balcão.

-Sim... Hoje tive apenas reuniões.

Vou até a caixa e começo a abrir. É o celular que mandei comprar para ela. Ele teve que passar pelas mãos do Barreto antes, para por o programa espião. É prático!

Não é só por falta de confiança. É um modo de descobrir o que ela não me conta. Não gosto de ficar no escuro. Demorou ficar pronto porque eu tive que convencer a ela que precisava de um aparelho novo. Já que o aparelho dela também era novo.

Abro a caixa e estendo o aparelho.

-Mestre...

-Sem discurso Camila. Esse aparelho é mil vezes melhor que o seu. Se não quiser como presente, considere como um empréstimo.

-Eu não entendo pra que eu vou precisar de um aparelho de última geração. Eu só uso o celular para me comunicar e ouvir minhas músicas.

-Porque eu quero. Esse é o motivo!

Ela suspira e diz:

-OK!

Pega o aparelho e se senta no sofá para mudar seu chip de um para o outro.

-Depois que você terminar, vamos nadar um pouco.

Viro as costas e começo a subir as escadas em direção ao quarto.

Agora sim, tenho controle total. Ainda preciso resolver essa do Daniel! Que porra é essa de ficar observando minha submissa?!

Inferno!

*********

Estamos na piscina, sem roupa nenhuma. Pra quê?

Não tem nenhum empregado, e os seguranças ficam na parte da frente da casa quando estou.

Capítulo 14 Daniel 1

Capítulo 14 Daniel 2

Capítulo 14 Daniel 3

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