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A Redenção do Ogro romance Capítulo 6

Camila Coelho

Vejo ele voltando com algemas de couro na mão. Nesta altura já estou totalmente despida.

Ele me olha sério, pega minhas duas mãos e as prende na algema de couro, puxando um gancho do teto e encaixando as algemas ali com o mosquetão.

Meus braços ficam para cima. Ele sai do meu campo de visão e volta com uma caixa de madeira com uns cinquenta centímetros de altura, ele põe ela no chão e me suspende em cima da caixa. Puxa a alavanca para cima de forma que meus braços travaram bem esticado e meu corpo retomou em cima da caixa…

-Você veio atrás da dor, Camila?

-Sim mestre…

-Você é viciado em dor?

Eu suspiro... Eu prometi responder a todas as perguntas que ele fez, por mais que seja difícil. Eu não tenho outra escolha…

-Sim mestre…

-Porque?

Quando ele faz as perguntas, eu não o vejo, porque ele não está no meu campo de visão, e eu não sei o que ele está fazendo…

-Porque eu preciso dela para aliviar a minha mente…

-E o que tem em sua mente que a deixa tão desequilibrada que precisa da dor física para aplacar?

A não... Bernardo... Você não vai arrancar isso de mim tão facilmente…

-Um passado muito cheio de merda…

Ele aparece no meu capô de visão e me olha sério. Com uma vara na mão... Daquelas fininhas, que causam uma ardência única…

Ele chega mais perto de mim e chupa meus seios... O mordendo as vezes e enfia algo dentro de mim melado... Provavelmente é um vibrador daqueles pequenos, porque ele não faz nem cosquinhas quando é enfiado…

Ele se afasta novamente, desculpe e me mostra um controle…

-Vamos começar a brincar? Esses serão meus instrumentos de hoje Camila... Alguma objeção?

Ele me mostra a vara e o controle do vibrador.

-Não mestre...

Como ele sabe que eu não gosto de surpresas? Quer dizer, eu nunca disse a ele isso... Só disse que não queria de escuro.

Como ele sabe que eu sinto mais seguramente quando sei o que vai acontecer?

Ele liga o vibrador e eu começo a sentir ele vibrar dentro de mim num ritmo treinado... Vibra, para, vibra, para, vibra, para…

Ele me envolve e me dá uma varada nas pernas. Sinto a ardência na hora e gemo. Ainda bem que eu não comi muito, apenas três colheradas, porque eu poderia passar mal. É um tipo de sessão que eu preciso…

Eu preciso de ardência para retornar o equilíbrio…

Eu preciso…

Sinto outra varada, dessa vez foi na barriga.

-Ahhh…

Ele aumenta o vibrador... Dessa vez ele está vibrando o tempo todo...

E eu começo a estremecer com um primeiro orgasmo se formando...

Ele dá uma varada na bunda, na hora que o orgasmo acontece, fazendo com que a sensação se prolongue por um tempo…

Ele me cerca de novo... Começa a tocar no sistema de som uma música que amo "Do I wanna Know" do Arctic Monkeys. Com esta música ele começa a balançar a vara ao meu redor... Como se tivesse dançando com a música. Ele fecha os olhos e se concentra na música e nos movimentos. Eu nunca vi uma coisa tão linda na minha vida…

Ele demonstra que se diverte com o jogo, de repente ele abre os olhos, ri e me dá uma varada nas pernas... Aumenta o vibrador e eu começo a sentir a pressão no baixo ventre novamente.

Ele continua dançando com a cara como se tivesse só no mundo dele... E as vezes me acerta com ela. Depois que a música termina e recomeça novamente.

Ele chega perto de mim e toca uma das marcas embaixo dos meus seios... Minha pele está suada e meu corpo estremece com o seu toque. Sem eu esperar ele empurra a caixa de madeira com o pé e eu fico pendurado.

Ele me olha com a cabeça de lado e se aproxima de mim lentamente, me pegando pela bunda e me fazendo eu me encaixar em seu colo, com minhas pernas na cintura. Ali ele começa a chupar meus seios e brincar com eles enquanto o vibrador continua seu trabalho dentro de mim…

-Está gostoso passarinho?

-Sim mestre…

-Vai ficar mais…

Ele continua a chupar meus seios com forças e eu sinto o orgasmo dominando todos os meus sentidos de novo…

Como amo essa sensação…

Eu estou embriagada, de seus beijos, de seus chupões e mordidas…

Ele retira o vibrador de dentro de mim e diz:

-Não canso as pernas da minha cintura...

Ele se afasta um pouco, pega a camisinha de dentro do bolso da calça e desce o fecho da calça ao mesmo tempo. Sua calça desce pelos quadris e ele rasgou a embalagem de camisinha com o entre mim olhando... Me arrumou em seu colo para que conseguisse colocar a camisinha e posicionou seu pau na minha entrada.

Empurrando tudo de uma vez...

Eu grito e ele rosna…

-Que delícia passarinho!

Ele segurou minha nuca pegando um monte de cabelo junto e pressionou meu rosto para que eu olhasse para ele.

Me beija com gosto enquanto ele faz um vai e vem lento, aumentando o ritmo lentamente.

Ele começa a aumentar o ritmo e eu sou só sensibilidade... Me entrego inteiramente naquele momento, que com certeza é um dos mais especiais que já vi...

Olho para ele e ele olha pra mim... De repente sua mão sai de minha nuca e vejo os meus braços cairrem ao redor de seus ombros... Ele sai de onde estamos sem parar de me beijar e deita na cama…

Aí ele aumenta o ritmo de verdade e eu vejo estrelas, passarinhos, brilhos, fogos de artificiais, borboletas... Sinto meu corpo se entregar a um orgasmo longo e me entrego as sensações... Dessa vez ele vem comigo, como se sentisse na mesma sintonia, e como sempre fizemos isso…

Ele caiu do meu lado com os atletas difícil e eu continuei jogando na cama de olhos fechados curtindo o que acabou acontecendo.

-Você não gosta do aftercare tem a ver com isso?

-Não... Eu nunca gostei...

Ele faz uma massagem gostosa nos meus pés e eu começo a relaxar novamente…

-Porque?

-Porque eu não acredito no carinho... principalmente numa relação bdsm. É falso, você não acha?

Ele enruga a testa e diz:

-Não acho... Encare como uma recompensa, minhas submissas se entregaram a mim e é uma entrega total, nada como eu retribuir a entrega. Quem não gosta de um cafuné, uma massagem nem que seja no pé... E gostoso vai…

-É gostoso desde que seja verdadeiro. Duas pessoas que morreram de se conhecer não tem como ser verdadeiro.

Eu puxo o meu pé, me encolhendo na banheira e ele levanta uma sobrancelha para mim…

-OK! Mas se você for minha submissa, vai precisar de cuidados posteriores. Até agora eu peguei leve com você... Sessões com submissas por contrato são muito mais intensas, mexem com o psicológico e o corpo.

Eu rio.

-Você não ouviu nada do que disse, né?

-Sobre o que ? -Ele puxa meu pé novamente, recomeçando a massagem.

-Eu não estou pronto para um contrato.

-Claro que está... Eu estou nesta vida a mais tempo que você... Sei que quando uma submissa é viciada em dor ela não consegue ficar muito tempo sem sessões. Você precisa delas ... Para reequilibrar sua mente. Infelizmente terapia não faz milagre, ela ajuda, mas não faz milagre…

Eu sei disso... Pra mim amor nenhuma novidade... O que me surpreende é ele saber disso…

-Você já teve alguma submissa viciada em dor?

Ele confirma com a cabeça.

-Sim...

-E o que aconteceu com ela?

-Deve está com outro dominador, provavelmente.

-Como sabia que na hora do jogo precisava me explicar o que ia fazer? Quer dizer, isso foi uma forma que eu aprendi a lidar com os traumas, e eu sei que não falei nada para você…

-É agora que te conto que mandei investigar a sua vida?

Eu dou um pulo na banheira, que vai água para todos os lados.

Quem é esse homem? E porque ele exigiu investigar a minha vida? Tiro meu pé de suas mãos e ameaço me levantar…

-Senta Camila... Eu ainda não disse que acabou...

Continua…

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